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sábado, 31 de agosto de 2013

Delicadezas com Amigos e Anfitriões

A palavra "etiqueta" geralmente causa arrepios em gente como nós, que não somos do "high society", como canta a Elis. Porém, já perdi esse preconceito, pois normas básicas de etiqueta nada mais são do que facilitadores no convívio social, além de estabelecerem algumas diretrizes importantes, baseadas, é claro, na educação que devemos ter, dentro e fora do lar.

Quando estamos em uma reunião informal, mesmo que nos sintamos à vontade - prova da naturalidade com que os anfitriões recebem -, devemos nos prevenir de falar demais e muito alto, monopolizando, assim, a conversa. Também é desagradável provocar ou insistir em assuntos que podem criar celeuma, e tornar azedo o ambiente.

Se o grupo está concentrado em determinado lugar, como a sala de estar, aí devemos permanecer, sem nos destacarmos para mais longe, ainda que seja próximo, pois isso divide e atrapalha a conversa. Sempre podemos mudar de assento, se não está confortável, mas discretamente e sem reclamar ou gemer.

Nem pensar em criticar a comida ou a bebida: se não gostou, não repita. Coma outra coisa e elogie. Se é alérgico a quase tudo oferecido, tente achar algo que não lhe seja proibido, e isso vale para quem está de dieta. Contenha-se nas bebidas alcoólicas para não ficar alegrinho ou inconveniente. "lave a serpentina", como costumo dizer, isso é, intercale com uma bebida com cafeína e bastante água sempre, para neutralizar o efeito do álcool e hidratar.

É gentil levar alguma lembrança para a anfitriã, ou uma garrafa de vinho para o dono da casa. Se estiver lá alguém com quem não simpatize, cumprimente com um sorriso e se sente naturalmente, se puder, um pouco mais afastado, sem criar constrangimento. A conversa deve transcorrer tranquilamente, engula a antipatia.

Ao se despedir, agradeça gentilmente, sem intimidades, se não as têm, e, quando possível, retribua o convite. Mas não apele para a velha enganação carioca de "Te ligo esta semana para marcarmos!"  Sem promessas, esse papo já está velho e indelicado.

                                                              Maria Teresa Serman

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