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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sofrer no paraíso

Por Maria Teresa Serman

Reconheço que o título assusta, parece pessimismo total. Posso, porém, explicar meu argumento nele contido? Vocês verão que tenho, pelo menos, uma certa razão, e sei que muitas, muitas mães, concordarão comigo.

Não vou nem me referir aos incômodos, transtornos e desconforto de uma gravidez - NORMAL, HEIN?! , para não assustar as futuras mães. Não é nada demais tudo que experimentamos nesses meses especiais, vale, SEMPRE E MUITO MAIS, a pena. Quero analisar a densidade, profundidade e alcance da maternidade como experiência espiritual, de ser auxiliar de Deus, porque Ele assim o quis, no seu plano criador e salvífico. Os pais, homens, também o são, claro, mas a ligação atávica entre uma mulher e seu(s) filho(s) é inigualável, e irrepetível a cada um que geramos.

Vivemos suspensas na felicidade; na saúde física, emocional e espiritual dos nossos filhos; nos seus acertos e erros; nos seus caminhos, retos ou obscuros; no seu ir e vir diário; no seu bem-estar na terra e, para as que creem, na sua salvação eterna. Só resta, de novo às que acreditam e se sustentam pela fé, oferecê-los sempre ao Deus que nos deu como dádiva essas criaturas, para que as guarde a todo instante, por intercessão da Sua própria Mãe, a única que pode, realmente, pacificar um coração materno, por ser quem é e por ter passado santamente pela experiência da Cruz.

Desculpem se exagerei nos adjetivos, em número e grau, mas achei necessário para atingir o clima que o título antecipou. E vou ousar mais ainda, confessando que concordo com uma frase que se tornou clássica sobre a maternidade: "Ser mãe é sofrer no paraíso." Cá pra nós, e não é verdade? Parodiando um verso da canção popular, "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é", cada mãe o sabe melhor do que todos.Por isso tudo nos alegremos na maternidade de corpo e/ou de alma que Deus nos concedeu, como um legado especial de confiança a cada uma de nós, mulheres.

Por isso tudo nos alegremos na maternidade de corpo e/ou de alma que Deus nos concedeu, como um legado especial de confiança a cada uma de nós, mulheres.

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