Mais uma vez venho despertar a curiosidade sã de vocês para um livro do qual extraí o texto a seguir. Porém, agora vou dar todos os dados. O autor: Miguel-Ángel Martí Garcia. A editora: DIEL, portuguesa. O livro faz parte de um Círculo de Leitura, não sei se está à venda em livrarias. Quem quiser, nos peça o “mapa da mina”, que teremos prazer em mostrar.
O livro trata do que diz o título, e dá algumas dicas preciosas para alcançar essa benção que é a serenidade, irmã da paz e da paciência. Na verdade, uma “irmã” leva a outra. “ A serenidade deve ser conquistada, não nos é dada de bandeja”, alerta o autor. E propõe alguns passos, dos quais – alguns, não todos – fiz um apanhado.
Atitudes para conquistar serenidade:
1- Aceitar o que não se pode mudar: podemos melhorar em muitos aspectos, e ajudar os que convivem conosco a que consigam também. Contudo, é preciso aceitar em si mesmo, e principalmente nos demais, o que não se pode mudar, por vários condicionamentos, marcadamente os biológicos. Citando a obra: “ A procura indiscriminada do perfeccionismo pode colocar-nos fora da realidade e prejudicar-nos. (...) Temos sempre que contar com algumas limitações nossas e dos outros. Por isso, não tem sentido estar constantemente a referi-las à procura de soluções que não existem.”
2- Viver na realidade: este é outro princípio de sabedoria, “porque com frequência nos enganam falsos idealismos querendo conseguir o inacessível. Assim como em relação às pessoas devemos ser otimistas, mas coerentes com o que podemos alcançar, quanto aos fatos e situações da vida, devemos ser objetivos, para não cair em devaneios infindáveis e irrealizáveis. Ambição de progredir é uma coisa; bem diferente é ilusão.
3- Buscar o conhecimento próprio: este “permite-nos medir as nossas forças, saber até onde podemos chegar e conhecer o limite que nos é permitido ultrapassar.(...) Assim, há que contar com esta limitação e atuar em conseqüência, sem perder a serenidade(...). A complexidade do ser humano multiplica-se quando entra em relação com os outros.” Se nos conhecermos bem, saberemos respeitar nossos limites e os do próximo. É como diz S. Josemaria Escrivá, no ponto 10, do seu livro CAMINHO: Não repreendas quando sentes a indignação pela falta cometida. - Espera pelo dia seguinte, ou mais tempo ainda. - E depois, tranqüilo e com a intenção purificada, não deixes de repreender.Conseguirás mais com uma palavra afetuosa do que com três horas de briga. Modera o teu gênio.
4- Saber esquecer: “A nossa higiene mental precisa do esquecimento para se livrar de recordações que nos causam sofrimento. Querer perpetuar no tempo o que foi – talvez- causa de reação infeliz ou um comentário inoportuno é dar demasiada importância a coisas sem valor real e ou desconhecer a fragilidade humana(...).
5- Ser pacífico: “Quem fomenta em si próprio pensamentos de paz encontra paz.” É verdade, a pessoa colhe o que planta, como já adverte o dito popular: “Quem semeia ventos colhe tempestades.” Aquele que já começa com espírito belicoso uma conversa ou uma argumentação certamente conseguirá se indispor o outro, ainda que esta não fosse a intenção inicial dele(do outro).
6- Deixar o porvir no futuro: Precisamos saborear o momento – “Carpe diem”, como diz a máxima latina, “Aproveite o dia” -, não com uma visão hedonista, de extrair somente prazer de tudo, aproveitar a vida egoisticamente; porém, com esperteza, ocupando-nos de nossas atribuições, não pré-ocupando-nos com coisas que nem chegam a acontecer. Poupar é recomendável; ser avaro, não. Viver o momento que Deus nos dá em plenitude.
7- Saber esperar, ser paciente:”Muitas coisas não dependem de nós e, por muito que nos empenhemos, só o tempo tem a última palavra. Saber esperar é uma prova de maturidade, por isso as crianças têm tão pouca paciência. Confundem o desejar com o obter.(...). Todos somos importantes: então não se explicam certas atitudes prepotentes e avassaladoras, que em defesa dns supostos direitos acabam por maltratar os outros. De novo, voltamos ao livro Caminho, no ponto 8: Serenidade. - Por que te zangas, se zangando-te ofendes a Deus, incomodas os outros, passas tu mesmo um mau bocado... e, por fim, tens de acalmar-te?
8- Cultivar o bom humor: em primeiro lugar “reconhecer quando estamos de mau-humor e procurar recursos que anulem os seus efeitos nefastos. Ter, então especial prudência ao falar e atuar.” É desconsideração despejar nos outros o amargor das nossas frustrações, por mais graves que estas sejam.
9-Conversar com Deus, meditar na Sua presença e tentar mantê-la ao longo do dia. Sua assistência nos levará por um caminho seguro e nos protegerá das tentações que arremetem contra a nossa paz de espírito. O mesmo santo se refere a essa proteção, em outro livro, SULCO, no ponto 659: Se tivesses presença de Deus, quantas atuações “irremediáveis” remediarias!
Para mais dessas admiráveis dicas, leiam o livro!
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