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terça-feira, 3 de maio de 2011

O que os pais podem fazer em relação ao bullying?

Por Rafael Carneiro Rocha

Hoje, existe uma preocupação social em relação ao "Bullying", aqueles atos de intimidação física ou psicológica que crianças e adolescentes sofrem na escola dos colegas de personalidade mais agressiva. Os pais devem ficar atentos se os filhos são agressores ou agredidos.

Se a criança apresentar algum receio de ir para a escola, sintomas de ansiedade ou machucados mal explicados, é preciso investigar. Nesse sentido, para evitar que as crianças sofram exageradamente com as provocações que estarão sujeitas, cabe à família fortalecer-lhes a auto-estima. Crianças precisam se sentir muito bem amadas desde a tenra infância.

Do mesmo modo, se os pais repararem que, de casa, pode sair um "valentão" ou "provocador", é preciso corrigir essa falha no seu devido tempo. Uma família responsável, afetuosa e que se comunica bem entre os seus, dificilmente formará um pequeno agressor. É provável que em muitos casos, os pequenos agressores repitam, do seu modo, comportamentos presenciados no próprio lar. Se os cônjuges são sarcásticos e agressivos entre si e com a prole, os filhos podem encarar isso com "naturalidade" e agir assim nos seus ambientes de convivência.

Em maior ou menor grau, quase todo mundo já fez ou já sofreu chacotas. Fisicamente, eu não tinha nada que pudessem me aborrecer e, além disso, eu tirava boas notas, portanto, não era chamado de "burro", "orelhudo" ou coisa do tipo. Porém, eu sempre fui ruim em esportes coletivos. Então, pegavam no meu pé, porque eu não sabia jogar futebol e quase sempre tinha de aguentar a gozação de ser o "último a ser escolhido". Mas da minha experiência de colégio, o que eu percebia é que todos os colegas sofriam chacota por causa de alguma peculiaridade. Se o sujeito era bom no futebol, tirava notas altas e era boa pinta, certamente era fanho.

A vida é cheia de dificuldades, e as crianças precisam aprender, de forma muito delicada e suave, como ter resistência e bom humor diante das pequenas provocações. Uma chacota leve é desagradável, mas pode fortalecer o indivíduo. Socialmente, o que não se pode tolerar de forma alguma são as agressões verbais e físicas que causam angústias e qualquer tipo de lesão corporal. Fiquemos atentos!

2 comentários:

Anônimo disse...

Rafael,concordo que algumas brincadeiras podem ser consideradas apenas de mau gosto e ser superadas mais facilmente por alguns jovens.

Entretanto,"bullying escolar" leva também a outro tipo de destorção de comportamento social mais agressivo, a guisa de "divertimento" como acontece no TROTE NOS CALOUROS. Quando não querem participar,já se tornam vítimas da falta de respeito ao DIREITO CONSTITUCIONAL DO OUTRO à LIBERDADE DE IR E VIR... tremendamente IMORAL E INJUSTO! Ninguém deveria ser FORÇADO a sair descalço, todo pintado a cores COMO PALHAÇO DE CIRCO, com o cabelo cheio de talco, pedindo ESMOLAS pra que os "veteranos" possam se encher de cerveja à custo da HUMILHAÇÃO DE NOVOS ALUNOS NAS FACULDADES. Temos visto até ao extremo, casos de jovens morrendo, ou quase, como consequência de COMA ALCOÓLICO INFLINGIDO A GUISA DE "BRINCADEIRA"!

Esses pequenos GRANDES acontecimentos TRAUMÁTICOS na vida dos jovens em formação podem ser comparados ao "ovo da serpente" que se fala até em filmes, como não deixou de haver na época Pré-Nazismo. De "chacota em chacota" grande parte da humanidade paga por essa falta de ESPÍRITO CRISTÃO QUE DEGENERA EM MATANÇAS E PRIVAÇÃO DO DIREITO INALIENÁVEL DE SE VIVER UMA VIDA DIGNA E HONRADA.

Pena que não haja um movimento SÉRIO na SOCIEDADE, pra acabar com esse tipo de agressão camuflada, como é o TROTE NOS CALOUROS, que de "brincadeira" não tem nada. Os que acham divertido, que aluguem um salão de festas nos seus prédios, ou armem tendas nos seus jardins pra "brincar de troglodita" sem perturbarem a PAZ DE PESSOAS que têm conteúdo e desejo de colaborar no entrosamento com seus colegas, de forma CIVILIZADA. Já cansei de tanto ver moças finas CHORANDO DE VERGONHA NA RUA, por estarem todas desarrumadas, descalças, sujas a contra-gosto. É uma lamentável perda de tempo e energia, essa forma de chamar a atenção dos veteranos que querem APARECER como IMPORTANTES, PODEROSOS! Desculpem os que não concordam, mas há outras formas mais ÚTEIS de marcar PASSAGENS DE VIDA, tal como o incentivo à DOAÇÃO DE SANGUE(NÃO OBRIGATORIEDADE!)

Rafael Carneiro disse...

Gostei do seu comentário. O "bullying" se estende até as universidades. Não há exagero algum quando você percebe o caráter autoritário dos trotes. Penso que isso é reflexo de uma grande imaturidade civilizatória. Crianças que passaram anos compreendendo dos mais velhos que a função da universidade se resume a produzir status profissional dificilmente chegarão nessas instituições preparados para o enriquecimento do espírito, que é a mais nobre função da universidade, tal como foi concebida e criada pela Igreja, no medievo.

Eu penso que o ensino técnico e profissionalizante seria muito melhor para acolher essa mentalidade da era capitalista. Os jovens que chegam às escolas técnicas, por exemplo, já tem um foco profissional a curto prazo. Depois, um pouquinho mais calejados pelas demandas da vida adulta, aí sim eles poderiam entrar na universidade. Muito do mais valoroso saber universitário vem de uma curiosidade saudável de espírito, por si só pouco afeita a resultados imediatos.

Eu quero dizer, sem medo de ser elitista, que universidade precisa ser coisa para poucos. Precisa ser para aqueles que querem, antes do status social, enriquecimento de espírito para servir a sociedade, sem metas rígidas e objetivo desesperado de enriquecimento.

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