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domingo, 29 de maio de 2011

Dicas para alimentar sua criança

Por Maria Teresa Serman

Há crianças mais fáceis de alimentar; há as menos fáceis, que exigem mais criatividade e empenho; e há as quase impossíveis, que exigem overdose de TRUQUES. Não pretendemos com essa palavra instruir à chantagem e à enganação, mas a aproveitar espertamente sugestões que a própria nutrição recomenda. Aí vão algumas dicas que podem facilitar, sempre com o intuito de alimentar bem seus pequenos:

1) O leite materno é fundamental até pelo menos os primeiros seis meses de vida; depois deve ser gradualmente substituído por alimentos naturais, não industrializados ou enlatados. Claro que as papinhas de marca confiável são opções para viagens ou situações emergenciais. Porém, não abuse.

2) O prato da mamãe e do papai será a escola do filho. Como em todas as áreas da educação, o mais importante é o exemplo, de preferência desde o ventre materno. O feto comprovadamente se acostuma ao paladar do que a mãe ingere durante a gestação, o que lhe é transmitido pelo líquido amniótico.

3) A variedade e o colorido dos itens vão atrair a atenção da criança – não façam muitas sopas e papas; ensinem desde cedo o(a) pequeno(a) a sentir o sabor e a textura individualmente. E elogiem a comida, incentivando-o(a) provar. Nunca desestimulem, achando que não vai gostar.

4) Façam joguinhos, carinhas e desenhos com a comida, quando ficar difícil. Isso ajuda a transformar o comer em brincadeira. “Vamos comer o nariz do boneco!”, que pode ser uma rodela de tomatinho, e assim por diante. Assim dá para introduzir cereais e legumes que podem não ser bem aceitos em separado.

5) Evitem o máximo que puderem refrigerantes, frituras, biscoitos (a não ser alguns próprios para os menores), balas e chocolates. Em seu lugar, ofereçam gelatinas coloridas com suco e pedaços de frutas, iogurtes e sorvetes naturais. É preferível ensinar a comer alimentos mais saudáveis, pois aqueles eles provarão inevitavelmente mais tarde, quando já estiverem educados e nutridos. A sobremesa deve ser oferecida como prêmio, não como substituto a uma refeição.

6) Sejam criativos, mas firmes, sem ceder a chantagens, pirraças e gritos. Vale premiar de vez em quando, sem fazer disso um hábito, para que a criança perceba que deve se alimentar bem para seu próprio benefício. Eles sentem desde muito cedo a importância que damos à sua alimentação e usam isso como eméritos chantageadores. Se não quiserem comer o que está no prato, não ofereçam biscoito, sobremesa ou algo de que ele gosta mais, pois, desse modo, tornar-se- ão reféns dos adoráveis tiranos.

Como podem perceber, endereçamos este texto não só aos pais - não cabe somente à mãe alimentar os filhos literalmente, mas tudo deve ser compartilhado, e o discurso deve ser único. Os avós, tios e babás também devem fazer parte desse “clube da boa alimentação”. Não vale contrariar o que os pais recomendam, pelas costas, para facilitar sua vida e bancar o bonzinho. Seria um péssimo exemplo e um malefício ao ser inocente, mas esperto. Ele vai perceber logo e entregar o jogo para os pais.

7) Não permitam que a criança faça as refeições na frente da TV ou do computador. Os menores devem ficar sentados na cadeirinha, nem no colo, o que não é confortável nem saudável, e muito menos soltos, pois a refeição passaria a ser uma corrida de obstáculos para quem o alimenta. Horário e ordem são obrigatórios para criar hábitos pertinentes e duradouros. Isso também não deve ser uma ditadura nos fins de semana. As exceções podem acontecer para o bem da família como um todo, desde que não se tornem regras de desordem. É complicado liberar demais, pois depois será difícil reacostumar no esquema diário.

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