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terça-feira, 17 de maio de 2011

O problema da união gay

Por Rafael Carneiro Rocha

Em aproximadamente 80 países, a prática homossexual é criminalizada. Apesar dos cristãos discordarem do homossexualismo, em nenhuma nação preponderantemente cristã, a intimidade sexual entre gays é passível de reclusão, multa ou pena de morte, como ocorre em algumas nações regidas pelo fundamentalismo islâmico. É bom que essas práticas, por mais que a condenemos, não sejam criminalizadas, porque o contrário demanda Estados violento e autoritários, que visam controle desordenado sobre a vida das pessoas.

Nesse sentido, existe uma diferença grave (e que pouca gente percebe) entre perseguir homossexuais e discordar de suas práticas. Não permitir a união civil entre dois gays não se caracteriza como ato violento ou persecutório, porém prendê-los, torturá-los ou executá-los por praticarem o homossexualismo, sim. Uma sociedade que não tolera o casamento gay não é necessariamente preconceituosa e abusiva, mas uma sociedade que apedreja e achincalha os gays, sim.

Parte dos homossexuais precisa compreender que quando dizemos não à ideia da união gay, não fazemos isso por maldade ou ignorância, mas pelo simples fato de que as sociedades são renovadas por uniões entre homens e mulheres. Da natureza que permite a união entre os dois sexos, é que são formados novos indivíduos que, por sua vez, precisam ser acolhidos pelos pais. O novo ser humano é, por natureza, completamente dependente daqueles que o geraram, tanto para comer, ter abrigo e condições de higiene, como para a sua formação civilizatória.

Obviamente, casais com problemas de fertilidade podem adotar crianças, mas ainda é um ato que conta com a complementaridade entre homem e mulher. E me desculpem as pessoas que se incomodarem com o que vou dizer, mas complementaridade só é possível entre homem e mulher que se amem integralmente. A saúde de uma casa depende também da harmonia reservada que existe no quarto do casal. O sexo, entre iguais, nunca será unitivo. É um tipo de relação que se encerra sempre no prazer subjetivo, solitário. Naturalmente, o hedonismo cansa e aborrece. Eu não imagino como, a longo prazo, dois indivíduos, fatigados por anos de relações não unitivas poderão ter saúde de alma e de corpo para administrar as imposições difíceis da educação da prole.

Não falo apenas dos homossexuais. Vejamos essas figuras públicas com reputação de hedonistas. Um conhecido jogador de futebol, talvez entediado por, quem sabe, centenas de relações com mulheres cobiçadas, foi buscar experiências novas de hedonismo com travestis baratos. O prazer pelo prazer sempre acaba mal e é por isso que quando pensamos no melhor modelo civilizatório para a renovação social, somente homem e mulher, capazes de se doarem e de se integrarem, são capazes de bem formar novos indivíduos.

Um comentário:

Patricia disse...

Muito bem colocadas as diferenças para se compreender o porquê de não haver possibilidade de se constituir um casal de iguais, especialmente com prole, já que é da própria NATUREZA HUMANA a constituição física e emocional , diferenciada entre HOMEM E MULHER para se alcançar a intimidade unitiva, impossível só no relacionamento físico entre pessoas do mesmo sexo.É uma questão de LÓGICA e não de "perseguição"!

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