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sábado, 30 de junho de 2012

Vamos ao passeio divertido e barato!

Nas férias, e aí vem umas se aproximando, precisamos fazer malabarismos para distrair as crianças e jovens, sem quebrar o orçamento. Isso vale para uma família classe média, que vive equilibrando suas finanças com o salário do mês.

Lembro com carinho da minha infância , quando meu pai, um telegrafista (quem já ouviu falar desta profissão?), podia proporcionar à família uma viagem a uma estação de águas minerais, por 21 dias, sem ficar encalacrado e ainda podíamos fazer um pequeno enxoval para esse passeio, o que minha mãe providenciava com seu jeitinho para as costuras e sua habilidade em buscar boas ofertas.

 Nos nossos dias, as coisas mudaram muito,e o salário encolheu a tal ponto que já fica difícil, a cada ano, encontrar lugares para viajar com a família que sejam em conta, bonitos e agradáveis ao mesmo tempo. E viajar nas férias não é um luxo, é uma necessidade que a mente tem de arejar em novos ambientes, vendo coisas novas e vivendo novas situações.

Para nos adaptarmos aos novos tempos de carestia, vamos precisar de muitas habilidades no garimpo de diversões que sejam econômicas e divertidas. Quem mora no Rio de Janeiro tem muito com que se distrair sem grandes gastos, como um passeio à Quinta da Boa Vista – antiga residência da família imperial, hoje um grande parque com lugares agradáveis para fazer um piquenique, tendo o palácio se transformado em museu, que,apesar de mal cuidado, ainda dá pra divertir, vendo meteoritos, cultura indígena brasileira, fósseis variados e algumas múmias bem simpáticas. A entrada do museu é barata e criança pequena não paga.

Das enormes janelas, podemos ver um jardim interno que agrada aos olhos e nos faz recriar cenas do tempo do império, com crianças correndo e suas amas assistindo.

E, se vamos com o intuito de divertir a todos, precisamos dar vida às pequenas histórias de cada peça vista e ali guardada há tanto tempo. Podemos brincar de jornalistas e dar a cada um a tarefa de descobrir algo diferente em cada sala por onde passar. Por exemplo, está escrito no alto de uma das salas com peças indígenas, uma frase linda do Padre Antônio Vieira, pouco visível para quem não levanta os olhos e gosta de captar detalhes. Mas, para um jornalista, nada disso passa despercebido e com a brincadeira, todos vão se divertindo e adquirindo cultura.

Depois é só chegar em casa e cada um preparar sua “notícia” para contar na conversa após o jantar.
Para quem mora em outras localidades, procure algo do gênero e aproveite a ideia da brincadeira cultural!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Hoje o assunto é limpeza doméstica!

Por Fernanda de Moura Berard

Estava pensando em alguma dica prática que eu poderia dividir aqui no blog. Aí me lembrei de uma aquisição que fiz, há cerca de um ano, e que me ajudou muito a ganhar tempo na rotina familiar.

Certa vez, fui a uma casa muito grande e bem arrumada e perguntei para minha amiga como ela conseguia dar conta de deixá-la tão limpa. Ela me respondeu que usava o “mop”.

Saí pesquisando o que era isso e reparei que, em vários lugares grandes e públicos, a limpeza é feita com esses equipamentos: comecei a enxergar “mop” em tudo! Eu os via sendo usado nas rodoviárias, nos supermercados, shopping centers. Achei o máximo!

Na internet e no youtube descobri que, além dos profissionais, existem vários modelos destinados ao uso doméstico, de várias marcas e materiais.  Cada tipo tem uma finalidade e é destinado a um tipo de piso ou etapa da limpeza.

Existem os mops esfregão, úmido e seco. Eu experimentei alguns modelos em minha casa, mas o que mais me ajuda a ganhar tempo e me traz ótimos resultados é o mop úmido do tipo esfregão, de tiras de tecido amarelo com balde. Ele lava, limpa, torce e seca todos os tipos de pisos e eu não fico mais torcendo pano de chão.

Realmente, com essa “mãozinha” eu ganhei muito mais tempo para fazer outras coisas. Também ganhei outras “ajudinhas”, pois ele é tão fácil de usar que até meus filhos e marido se animam em partir para uma limpeza mais pesada com o novo brinquedinho da família!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Confissões de uma mãe de família numerosa

Ouvi de uma mãe de muitos filhos que, atualmente, ela sofre as consequências da educação que deu a seus filhos.

Como eram muitos, sempre exigiu muito deles, temendo os comentários de parentes e  amigos, fazendo a ligação entre o fato de serem muitos e por isso não serem bem cuidados por ela.  Assim sendo, mantinha um rigor constante, buscando que cada um fosse tratado como único e fossem o mais perfeitos possível .

Hoje, ela conta que seus filhos exigem dela uma posição de mãe perfeita e, a qualquer vacilo, eles reclamam e apontam seus erros. Com certeza essa mãe nem precisa fazer seu exame de consciência, eles já o fazem por ela.

Quando casamos muito jovens e temos nossos filhos, ainda não carregamos uma bagagem suficiente de dados para sabermos dosar melhor a educação que damos à garotada, sejam três, quatro, ou até um filho. Desse modo, podemos agir com boas intenções, porém sem nenhum embasamento pedagógico.

 Quando temos mais de três filhos pequenos, todos ao redor nos olham com muito mais atenção, procurando cada defeito para aumentá-lo com uma lente poderosíssima e nos provar por A+ B que ter filhos é uma imprudência:  colocar os “pobrezinhos” no mundo e não ter condições de educá-los como deve é, no mínimo, coisa de pobre, senão de irresponsáveis criminosos! Então, uma mãe, pouco preparada (quem se prepara ou faz cursos de educação de filhos?) acaba lutando para mostrar a todos que é, sim, capaz de criar e educar quantos filhos Deus lhe permitir ter. E aí começa um desgaste desnecessário. Só temos que mostrar a Deus e a mais ninguém o quanto estamos buscando fazer o melhor.

No caso dessa amiga, seus filhos pequenos eram tratados com rigor, amor e brincadeiras. Porém a cobrança sempre foi para o ISO 9000 – controle de qualidade ideal. Agora, seus filhos exigem isso dela – a perfeição impossível.

 Ouvi de um sacerdote excelente, estes dias, que só temos duas pessoas perfeitas: Em primeiro lugar a que nunca nasceu, e a segunda, que já morreu. Isto é: não existe O perfeito – precisamos nos contentar e aceitar as limitações dos outros, claro que buscando sempre sermos melhores.

A amiga confessa que hoje paga o justo valor de ter feito o máximo para que cada filho tivesse suas orelhas bem lavadas, os 100 dedos de unhas bem cortados semanalmente, que cada um entendesse seu olhar penetrante, sem que falasse uma só palavra e soubessem que era hora de parar tal brincadeira ou tal deslize numa festa. E cada punição para aprender a pontualidade, a obediência, a ordem, e por aí em diante, todas as virtudes necessárias para serem os melhores. Seus filhos a amam muito e ao pai também, que sempre foi mais candura do que exigência, mas colaborou com a mãe, em tudo. Porém, aprenderam também a exigir, exigir-se e exigir dos outros. A terem olhos de águia com os defeitos e falhas alheias. Acho que, para alguns, faltou aprender a dosar justiça com caridade, para serem de fato perfeitos.

Vamos aproveitar essas dicas dessa amiga e pôr toda a nossa atenção na dosagem das virtudes que ensinamos. Em tudo, uma grande dose de justiça, carinho e amor. Assim não haverá erro.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Campanha "diga não ao seu filho"

Por Cristina Maranhão

Recebi e logo compartilhei a campanha "diga não ao seu filho quando necessário, a humanidade agradece". Depois de ter compartilhado , só então  pensei no assunto. Algumas questões me vieram ao pensamento: será que ninguém mais diz não aos filhos? Ou será que dizemos tantas vezes, que as crianças nem ouvem mais? Os pais têm medo de dizer não?

Dizer não é mais difícil do que dizer sim?

O certo é que, se há uma campanha na internet, o pobre "não" deve estar mesmo no ostracismo.

Não sou psicóloga, nem pedagoga, mas, como tenho quatro filhos, acho que posso falar um pouco sobre a questão e, afirmar logo de cara que se o não caiu em desuso não foi por culpa minha.

Quando meus filhos eram pequenos, ainda não havia babá eletrônica, muito menos câmeras de computador ligadas para que a mamãe, de onde quer que estivesse neste mundo, enxergasse seu filho. Havia as babás, mas estas não as tive por outros motivos. Mas o que tem isso a ver com o pobre não? Simples. Meus filhos se acostumaram a ouvir não desde muito cedo: se estavam no bercinho e algo os incomodava, como a qualquer bebê, começavam a chorar. A mamãe poderia estar por perto, mas precisava também estar lavando as fraldas (sim, lavávamos fraldas naquele tempo) lá no tanque, ou preparando uma comida, ou simplesmente tomando um banho,ou sei mais lá o quê. Nesse caso, o bebê  tinha que ouvir o não da mamãe que se traduzia em não acudir imediatamente.

 Conto isso porque muito me assusta o medo que as mães têm de que algo terrível aconteça, caso os filhos sejam contrariados, ainda que por alguns segundos. Quero deixar claro que acho toda essa tecnologia muito boa, muito boa mesmo, desde que seja para ajudar e não para atrapalhar. Porém, não é o que tenho visto. Nas casas onde o bebê dorme na companhia da sua babá campainha, qualquer som emitido é seguido de um salto e uma corrida pra o quarto, e logo volta a mãe com uma cara aliviada de "ainda bem que não foi nada". Mas o que poderia ser? Um arroto? Um punzinho? Ainda que seja fome ou uma dorzinha, o bebê pode esperar, deve aprender a esperar. As primeiras formas de dizer não...

Termino aqui. Volto depois e continuo a falar do "não".  É a minha contribuição para que ele não suma do nosso vocabulário.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O ovo redimido

Por Maria Teresa Serman

Os pesquisadores e médicos, principalmente estes últimos, que me desculpem, mas nos deixam bastante confusos e inseguros diante da alternância de proibições e prescrições de certos alimentos nos tempos recentes. Um dos destaques dessa oscilação é o ovo. Pobrezinho, foi acusado de inimigo nº1 do colesterol e quase banido dos cardápios. Os cardiologistas o maldiziam e ameaçavam com o inferno do infarte aos que ousavam comê-lo com mais frequência. E, de repente, eis que está reabilitado!

Tal ressurreição se deve à recente descoberta de uma substância presente logo na sua parte mais execrada, a gema. Trata-se da LECITINA, um emulsificante natural de gordura que, pasmem, inibe a absorção de gordura pelo intestino. Justamente o oposto do que se pregava! E mais o que sempre se soube: a amarelinha é repleta de nutrientes, como minerais(entre eles o ferro), proteínas, vitaminas A, D, e as do complexo B. Oferece ainda a COLINA, essencial para o cérebro e a memória, e a dupla LUTEÍNA e ZEAXANTINA, que auxilia na prevenção da catarata.

A clara contém uma substância denominada albumina, da qual os atletas e esportivas gostam muito, pois contribui para saúde da musculatura e dá sensação de saciedade. Então, vamos comer ovo todo dia! Não, também não é assim, pois a gema continua sendo fonte de colesterol. No máximo três vezes por semana é o ideal, e ainda observando a dieta, pois se ela já é repleta de carne, leite e outros alimentos gordurosos, deve-se diminuir a frequência dele.

Quanto às formas de prepará-lo, é melhor que seja cozido, mexido ou pochê, que são maneiras de preservar os nutrientes ao mesmo tempo em que eliminam micro-organismos. Para fritá-lo, tente usar uma frigideira antiaderente, e, em vez do óleo, ponha um tiquinho de água. Se não conseguir, economize o óleo para não aumentar o seu potencial de gordura. E na contabilidade semanal, inclua os alimentos que levam ovo também, como bolos, tortas, panquecas e outros. Bom apetite! 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 145)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos. Podem fazer suas perguntas nos comentários.

1 - A.M.S diz: Dra eu já escrevi aqui faz algum tempo, sobre meu filho não ser mais pontual com os estudos. Tive uma conversa franca com ele e resultou nele se abrindo e falando do descontentamento com a faculdade. Agora, bem no meio do curso ele resolveu que vai mudar de curso, não quer mais o que está fazendo. Não seria melhor terminar esse primeiro? O que me sugere desta vez?

 RESP: Cara Sra. A.M.S.Obrigada pela boa notícia quanto a seu filho e penso que ele merece uma chance de trocar seu curso, desde que esteja seguro de que não irá ficar pulando deste para outro e outro... Novamente uma conversa franca, sincera e serena, vale a pena!    
 Quem sabe ele conversaria com  um bom profissional atuante na área que hoje ele estuda (não sei qual...) para descobrir caminhos? Muitas vezes o inicio de um Curso é meio sem graça e a visão de profissional que goste do que faz, nos ajuda a enxergar melhor.                                
 Pode ser que ele deseje também fazer alguns testes com um bom psicólogo para avaliar a área a que deve se dedicar antes da mudança embora os testes não definam aquilo que dará certo- são mais um leque de possibilidades para que ele se encontre. Na verdade, seu diálogo com ele foi produtivo e abriu um bom canal de comunicação!   Faça mais esta tentativa e boa sorte para todos! Atenciosamente, Mannoun

2 – M. L. diz: Dra o que me diz de minha filha de 16 anos estar namorando e saindo com um rapaz de 20 anos? Como devo orientá-la? Eu e o pai estamos em pé de guerra por causa disso, ele acha que não devíamos deixá-la namorar, mas como impedir?

RESP: Cara Sra M.L. bom seria se ela aceitasse esperar até a idade em que os pais julguem que irão permitir que namore. Já conversaram com ela? Foi dito com serenidade o que pensam e por quê? Como vai nos estudos?  Já explicaram que um namoro pode atrapalhar no convívio necessário com amigos, próprio de sua idade?
Saia com seu marido para um lanche, cinema, teatro, jantar e num ambiente fora de casa, conversem com tranquilidade onde a senhora poderá expor seu ponto de vista quanto a permitir o namoro, porque eles certamente o farão às escondidas, “apadrinhados” por terceiros.
 Mesmo que ambos discordem de que ela namore tão cedo, quem sabe concordariam (sob condições),  caso já tenham tido esta conversa e ela insista. Expliquem sua posição, suas condições de que ajude em casa, ir bem nos estudos, não deixar de acompanhar a família nas atividades comuns, não deixar o convívio com as amizades ,etc.
E, sobretudo, não brigue nem discuta com seu marido - é importantíssimo que estejam cada vez mais unidos, especialmente quando os filhos crescem! Um filho não pode ser causa de desavenças- todos serão prejudicados!
Conversem, tenham calma e paciência, porque muitas vezes acontece que uma vez que os filhos percebam que os pais não incentivam um namoro mas aceitam, eles se desinteressam e dão preferência a estar em grupo,especialmente quando há bons amigos!
Veja outras respostas sobre namoro no blog.  Boa sorte e fico às suas ordens, Mannoun

domingo, 24 de junho de 2012

Meu cérebro - Algumas ideias

Caríssimos amigos e amigas,

Não se assustem com minha pergunta, mas já ocorreu a algum ou alguma de vocês comparar seu próprio cérebro com algo diferente do que ele de fato é ? Não gosto de ocupar muito o meu tempo pensando nisso, mas há dias em que o meu( cérebro )  parece com um aquário, onde   ideias,   pensamentos  e um grande cabedal de informações deslizam  mansamente como peixinhos em águas transparentes. Em outros dias, entretanto, minha cabeça parece um sótão cheio de baús a serem abertos e arrumados. Ainda há ocasiões em que pensamentos e ideias pululam  como pipocas ao fogo.

Hoje estou às voltas com um depósito, isto é, um estoque de uma loja MIX que vende produtos dos mais variados. O estoquista precisa ser muito competente para manter tudo organizado  de tal forma que sempre haja lugar para novas mercadorias que chegam à loja o tempo todo. Ele, o estoquista, precisa retirar das prateleiras e colocar na vitrine  e nos balcões tudo aquilo que ele acha que vai  ter melhor saída, ou o que já está perto de perder o prazo de validade.  Bem, amigas e amigos é o que vou tentar fazer agora.

•    Vocês sabiam que o Sindicato dos professores do Município do Rio de Janeiro – Sinpro-Rio mantém cursos e diversas atividades culturais, passeios e excursões abertos a todas as pessoas? Clique em www.sinpro-rio.org.br.  A programação é muito rica.

•    As férias de julho estão próximas. Que tal levar as crianças para conhecer as fortalezas do Rio e de Niterói? Eu conheço três no Rio e dois em Niterói, mas  são nove ao todo. As visitas são guiadas, aprende-se muito mergulhando em nosso passado e as paisagens da Baía de Guanabara  tiram o fôlego, mesmo o nosso que temos o privilégio de viver tão perto dela.

•    Comprei uma sacola retornável no Supermercado Extra. Ela é macia, gostosa e trás a imagem de um pequeno PANDA . O panda diz com os bracinhos abertos: “Já fui PET”. Ele não quer dizer que foi bichinho de estimação, mas garrafa pet. Parte da renda obtida com a venda das sacolas é destinada à Casa Hope, entidade sem fins lucrativos que presta assistência a crianças carentes portadoras de câncer. Hoje, a Casa Hope é considerada a  mais completa instituição de apoio ao tratamento do câncer infantil no Brasil, oferecendo moradia, nutrição, vestuário, medicamentos e assistência odontológica e psicológica, além de apoio pedagógico, oficinas, cursos, assistência jurídica  e serviço social.

Bem, as pesquisas sobre esses assuntos eu deixo para vocês. Vou estar ausente por  cinco dias. Vou feliz por ter conseguido um pouco de espaço nas minhas prateleiras e poder acolher novas ideias e informações. Até a volta.
                                                                                      Agnes G. Milley

sábado, 23 de junho de 2012

Adivinhas Populares - Para a diversão da criançada

Colaboração de Agnes G. Milley
1.O que é, o que é,
Voa, voa, não tem asa
Leva a vida a assobiar
Sopra, sopra, não tem boca
Tem pé e vive no ar?

2. O que é, o que é,
Está no meio do começo
Está no começo do meio
Estando em ambos assim
Está na ponta do fim?

3. O que é, o que é,
Uma árvore bem frondosa
Doze galhos, simplesmente
Cada galho trinta frutas
Com vinte e quatro sementes?

4. O que é, o que é,
Quanto mais cresce menos se vê
Quanto mais se tira maior fica
Sempre se quebra quando se fala
Quanto mais se perde mais se tem?

5. O que é, o que é
Vive em cima da mesa
Costuma matar a fome
Compra-se para comer
Ninguém mastiga nem come?

6. O que é, o que é,
 Tem lombo de porco
Tem orelha de porco
Tem costela de porco
Mesmo assim não é porco?

7. O que é, o que é,
Entre os vivos, vive morto
Conta histórias sendo mudo
Nunca estudou na escola
Mas sabe um pouco de tudo?
                                                                  Respostas: 1.vento 2.letra m 3. ano,mês,dias,
8. O que é, o que é,                                                    horas 4.escuridão,buraco,segredo              
Quando parte uma                                                     ou silêncio, sono 5.prato 6.feijoada
Parte outra                                                                  7.livro 8.pernas
Quando chega uma                              Fonte: Meu Livro de Folclore
Chega outra?                                                      Ricardo Azevedo -  Ed. Ática 1998

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Para contar as crianças - As Seis Estátuas

Enviado por Agnes Gabriella Milley - de Karin E. Stasch, inspirado num conto do Japão

    Há muito, muito tempo, viviam um velho e sua velhinha numa cabana no bosque.  Eram muito pobres e estava chegando o inverno.

    Disse a velhinha ao velho:

    “Como seria bom se pudéssemos comprar um pouco de  açúcar para fazer uns doces de batata doce e festejar São João como lhe é devido!”

    Foi então ao seu baú e pegou uns fios de lã que ainda tinha e tricotou sete pequenos cachecóis e disse ao velho:
 “Vá até a aldeia e venda estes cachecóis, e com o dinheiro compre um pouco de açúcar!”

O velhinho foi, e como estava muito frio, pegou um dos cachecóis e enrolou em volta do próprio pescoço. Chegando à aldeia, bateu de porta em porta, mas ninguém precisava ou queria comprar os cachecóis.
Um pouco triste começou a voltar para casa, quando reparou numa capela ao lado do caminho. Em frente à capela havia seis estátuas representando pequenos anjos que pareciam crianças brincando na relva. Como estavam nus, o velhinho ficou com pena deles. O inverno estava apenas começando, pensou, iriam passar muito frio durante o próximo mês! Decidido, tirou os cachecóis da sua bolsa e colocou um em cada um deles. Depois foi dar uma espiada dentro da capela, onde viu uma estátua de São João, bem protegida do vento.
Contente com a sua boa ação, chegou  cantarolando em casa. A velhinha primeiro ficou decepcionada ao ver a bolsa vazia, mas depois sorriu quando ele contou o que havia feito.
 “Imagine como devem estar felizes! E nós podemos comer a batata doce assim mesmo. São João há de compreender que não nos foi possível preparar mais coisas para a festa dele!

De noite ouviram ruídos estranhos na porta da frente a ambos se levantaram para abrir a porta. Pois que surpresa foi ver uma tigela cheia do mais lindo açúcar cristal que brilhava como a geada no sol da manhã! Ao levantarem os olhos viram o próprio santo, muito sorridente, acompanhado por seis anjinhos com cachecóis coloridos em volta do pescoço!

Com aquele açúcar a velhinha ainda fez muita coisa gostosa. Pena que foi há tanto tempo, senão poderíamos ir visitá-los lá na floresta, na época de São João!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ser pai de aço inox

Minha sogra tinha o costume de dizer que era de aço inox, pois estava sempre firme para enfrentar as lidas diárias. Lembrei-me disso para falar sobre os pais e também as mães de hoje, do quanto precisam ser fortes e inquebrantáveis para resistir aos apelos dos filhos, não se deixarem levar pela pressão externa ("todo mundo tem") e interna (se fazerem de vítimas, baterem portas, gritos, copiosas lágrimas, caras emburradas e modos bruscos - dos filhos, é claro), e acabarem cedendo em coisas vitais.

Eles geram vínculos estreitos com seus pais desde muito pequeninos. Esse vínculo é garantia para que a mãe possa alimentá-los e os dois criarem-nos. Mas, conforme vão crescendo, eles vão construindo outras ligações, com vários tipos de pessoas, o que pode levá-los a se separarem  de nós.

Já foi provado que o contato corporal e o bem-estar imediato são muito mais importantes que a alimentação, para unir o recém-nascido a sua mãe. Nos humanos, o contato físico imediatamente após o nascimento costuma influir nessa relação de forma substancial.  Assim sendo, os pais devem, desde o início, manter esses laços bem firmes com seus filhos, para que no futuro sejamos o ponto de apoio, onde eles encontrarão as verdades da vida e nos terão como os amigos mais sinceros.

Voltando ao tema de sermos de aço inox, essa expressão não pode ser interpretada literalmente, nos tornando rígidos e distantes; ela apenas serve para  mostrar o quanto precisamos ter a firmeza e a “liga” de um aço, sem a frieza do metal e sua dureza.

Um pai moderno precisa ser firme, resistir à tentação de ceder aos filhos em tudo, para não se tornar um escravo deles. E, ao mesmo tempo, ser amoroso, para cercá-los de atenção e dos carinhos necessários, mesmo depois de longas horas de trabalho e preocupações. Precisa saber chegar ao coração de seu filho, para transformá-lo em uma pessoa de bem. Nesse momento , então, é fundamental ser de aço inox.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Papos com os filhos

É muito fácil dizer, conforme vamos envelhecendo, que as crianças de hoje estão piores, mais mal educadas e por aí a fora. Esse preconceito normalmente faz parte da falta de paciência dos mais velhos com os jovens. E por isso aqueles não querem nem ouvir estes.

É impressionante como as crianças e jovens aprendem mais bobagens diariamente, além do aprendizado escolar. A volta do colégio é, para mim, um constante aprendizado da cultura vigente entre eles. E também um momento de conversa franca entre mãe e filha, quando posso aprender e ensinar, além de uma troca de carinho com aquele filho individualmente.

Os filhos nos mantém sempre atualizados e jovens, e, ao mesmo tempo ainda podemos ensinar-lhes muitas coisas antigas que nunca perderão a validade, como serem educados e terem valores e virtudes., A garotada está perdendo cada vez mais cedo a ingenuidade própria da infância, pois se pode observar que as conversas entre eles são regadas de malícia e sexualidade, o que mais veem na TV e na internet, e, como estão na idade dos hormônios em ebulição, captam sem sentir todo esse apelo visual dos meios de comunicação.

Portanto, não percamos as oportunidades para pequenas conversas, intimidades trocadas, e isso deve acontecer sempre na hora em que o assunto está fresquinho nas suas cabeças, logo. Na saída do colégio, do balé, da natação, do judô, do inglês, é que precisamos ter  paciência e  boa vontade para ouvi-los no momento certo.

Ter um momento para cada filho é fundamental, para que se sintam únicos, irrepetíveis e importantes no contexto familiar. Mesmo que seja uma vez por mês, para complementar as conversas do dia a dia, quando ouvimos tudo o que acontece com eles e temos poucas oportunidades para assentar as ideias e dar uma boa resposta educativa e amiga.

Como estamos aproveitando os momentos no trânsito com os nossos filhos?

terça-feira, 19 de junho de 2012

Um filme para assistir com a garotada (1) – férias

Assisti na TV , num canal Telecine, o filme “ Os pinguins do papai”. Achei interessante, leve, bobinho, mas engraçado, e com um bom fundo moral que pude ver bem no final.

O pai, separado da mãe, com dois filhos, era o verdadeiro desligado da família, só pensando em lucros no trabalho. E assim o filme começa a se desenrolar, até que ele recebe um pinguim de presente de seu recente falecido pai... Bem, não vou contar a história, mas vale a pena assistir junto com a garotada e aproveitar as boas transformações que vão acontecendo nesse pai, para comentar e enfatizar o valor da família.

O filme é com Jim Carrey no papel principal, e consegue ser uma boa diversão, sem besteirol. O ator dá mostras de maturidade, e, talvez por isso, não esteja mais tão metido a engraçadinho e careteiro. Não faz mais o monte de caras e bocas que costumava fazer, representando o papel com profundidade. E os pinguins representam maravilhosamente! Poderiam ganhar o  Oscar de atores principais.

Tom Popper (Jim Carrey) é um especialista em comprar imóveis antigos, para que sejam demolidos de forma que sua empresa possa construir modernos edifícios. Paralelamente, Popper recebe a notícia de que seu pai, um aventureiro que rodou o mundo cujo contato quase sempre foi através do rádio, faleceu na Antártida. No testamento ele deixa para o filho um pinguim, entregue em uma caixa refrigerada. Sem saber o que fazer, Popper resolve ficar com ele após perceber a afeição que seus filhos nutrem pelo animal.

Elenco principal:
Jim Carrey  -Personagem: Tom Popper
Carla Gugino -  Personagem: Amanda (ex - esposa)
Madeline Carroll -  Personagem: Janie Popper
Angela Lansbury  -Personagem: Mrs. Van Gundy

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 144)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos. Podem fazer suas perguntas nos comentários.

1 – M. da C. diz: Dra minha filha já passou da adolescência, pois já tem 25 anos, mas seu comportamento continua com jeito de quem não saiu dessa fase. O humor varia muito, às vezes age como criança querendo porque querendo alguma coisa e não a deixa satisfeita e de bom humor. Já está formada e trabalhando, mas a vida pessoal é o caos. Só tenho ela de filha e fico preocupada com o amanhã dela, com esse gênio.O que devo fazer para ajudá-la a melhorar? Somos do PR, caso queira indicar algum tratamento.

RESP: Cara Sra M.da C.
 A senhora vive em função de sua filha? Como passa seus dias? Talvez esteja tão dedicada a ela que isto não caia bem para ambas...
Ela tem tarefas em casa? Faz alguma esporte? Tem amizades? E a senhora? Seria muito bom a senhora sair um pouco, quem sabe fazer umas viagens, estar mais com suas amigas, fazer algum trabalho voluntário, ficar um pouco longe dela e não centrar sua vida nesta filha...
Para ela uma psicoterapia para melhorar seu humor seria indicado, mas independente do tratamento,uma mudança nos hábitos da família seria muito bom para ambas! Por vezes o excesso de atenção deixa as pessoas mais egoístas e fechadas em si mesmas, especialmente os filhos únicos...
Procure mudar um pouco, não faça por ela o que ela perfeitamente é capaz de fazer e vejamos se os resultados são positivos.
Busque a senhora uma ajuda profissional aí mais próxima  - uma boa Psicóloga em quem confie pode ajudá-la muito a descobrir caminhos no relacionamento em casa!
Fico às suas ordens, Mannoun

domingo, 17 de junho de 2012

Aprendendo com os outros – o brinquedo e o aprendizado


Colaboração de Agnes Gabriella Miley
Lev Semenovich Vigotsky nasceu em 1896 em Orsha, cidade que atualmente situa-se em Belarus, tendo desenvolvido estudos interessantes e profundos sobre a aprendizagem. Infelizmente, suas obras só recentemente puderam ser analisadas, e mostram a genialidade de um pesquisador que faleceu tuberculoso em 1934, com apenas 38 anos. Para esse cientista, um indiscutível meio de aprendizagem é o brinquedo, sobretudo as brincadeiras do tipo “faz de conta”, como o brincar de casinha, ônibus, escolinha ou cavalgar em um cabo de vassoura. Vigotsky exemplifica: “quando se pede a uma criança de dois anos que repita sentença ‘ Tânia está de pé’  quando Tânia está sentada à sua frente, ela mudará a frase para ‘Tânia está sentada’, não sendo capaz de operacionalizar um significado com uma informação perceptual. Mas, ao brincar de faz de conta, a criança penetra na espacialidade imaginária e a situação definida pelo significado da brincadeira é facilmente apreendida”. Ao brincar, por exemplo, cavalgando um cabo de vassoura, se relaciona com o significado em questão (a ideia do cavalo) e não com o objeto que tem em mãos.
 O brinquedo, assim, provê uma situação de transição entre a ação da criança com objetos concretos e sua ação sobre seus significados, comportando-se, desse modo, de forma mais avançada que a habitual para sua faixa etária.  Pág. 39/40 (A construção do afeto ).
Com relação a brinquedos, Celso Antunes diz, na pág. 130 do mesmo livro: (...) Outra regra simples, mas de inquestionável importância, é não presentear a toda a hora com  brinquedos adquiridos em lojas. Invente seus brinquedos e lembre-se de que o melhor cavalo que uma criança pode ganhar será sempre o cabo de vassoura colorido pelo entusiasmo dos pais. Guarde para o aniversário e as grandes datas festivas os presentes mais elaborados, para que os filhos valorizem a simplicidade e aprendam a não confundir carinho e amizade com objetos materiais.

sábado, 16 de junho de 2012

Rocambole Salgado

Receita feita pelas meninas do Clube Aquarela - Rio de Janeiro. Uma delícia que agrada aos pequenos e aos grandes.

Ingredientes:
- 30g de fermento em pó
- 1 copo (requeijão) de leite morno
- 2 ovos
- 1 colher de sopa de açúcar
- sal a gosto
- 1/2 copo de óleo
- 1 colher de sopa de margarina
- 300g (ou mais) de farinha

Preparo:
- Bater por 5 min. tudo.
- Jogar na bacia e misturar farinha, sovando muito para a massa ficar mais macia
- Descansar por 1 hora
- Abrir com rolo e rechear com queijo e presunto (ou outra coisa)
- Envolver, passar gema e orégano e deixar no forno por 30 min.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Conselhos para uma vida mais longa e melhor. (Sem Insônia e Stress)

Por  Agnes G. MilleyGostaria de partilhar com vocês uma experiência saudável.

Há alguns anos atrás, eu sofria de uma insônia incorrigível.  Foram muitas as tentativas para minimizar os efeitos devastadores da privação do sono. Meu médico, então, sugeriu que procurasse um neurologista. Obedeci prontamente e depois de uma estimulante conversa com o Dr. Sérgio S. Gemembauer, saí de seu consultório  não com uma relação de exames complicados a fazer, mas com uma lista de Bons Conselhos na memória. Chegando a casa, passei tudo que ouvi para o papel. Fiz cópias e distribuí os entre meus amigos. Agora tenho a oportunidade dá-los de presente para vocês.  Aqui vão eles:

•    Ter uma alimentação frugal.
•    Não beber água às refeições.
•    Beber 2 litros de água para hidratar o corpo.
•    Não beber mate, guaraná, chá preto, café, e nenhum refrigerante. São todos estimulantes.
•    Não comer chocolate.
•    Comer alimentos com pouca gordura e condimentos leves.
•    Tomar leite morno e banho morno antes de dormir.
•    Comer frutas calmantes:  maracujá, maçã, uva ....
•    Não fumar.
•    Beber pouco, ou melhor, não beber.
•    Ter atividades diversificadas, sem muita rotina.
•    Fazer exercícios físicos regularmente.
•    Não ver filmes de horror ou muito violentos.
•    Fazer sempre o prioritário e o possível. Não se preocupar com o que não é possível de se fazer.
•    Manter contato com a Natureza.
•    Ser alegre, ter amigos.

Fazer tudo para não deixar a adrenalina subir. Ela destrói as células. Além da alimentação inadequada e do fumo, o medo, a ansiedade, a raiva, o ódio fazem a adrenalina subir.

Devemos amar. A paz, a alegria, a tranquilidade, o amor produzem em nosso organismo  substâncias contrárias à adrenalina que combatem a dor, a doença. Tornamo-nos menos vulneráveis, mais protegidos e, portanto,mais saudáveis e mais felizes.

As más notícias, aliás, toda informação negativa deixa sua marca, mesmo que pareça a nós mesmos que não damos importância e que não nos faz mal algum. Ao longo dos anos essas gotas de veneno vão se acumulando e não deixam de se manifestar de alguma forma.

•    O repouso é necessário.
•    Cuidado com as coisas “naturais”. Veneno de cobra também é natural.
•    Nenhum remédio cura. Todos são paliativos. Até mesmo os antibióticos. Eles matam a germe, mas se as condições não mudam, outro germe vem e ataca de novo.
•    Os vírus sempre existiram. A humanidade é que está com o sistema imunológico baixo.
•    Muitas doenças podem ser curadas sem remédios, com mudança de hábitos.

Vivemos em um mundo estressante, em um país estressante, em uma cidade muito estressante. Se não podemos mudar as coisas, devemos mudar a nós,  com hábitos de vida saudáveis. 

Atualmente, conselhos como esses nos são dados com maior frequência,  mesmo através de programas de TV , jornais e revistas.  A maioria de nós sabe o que lhe faz mal, mas temos coragem e perseverança para seguir esses bons conselhos?

Aos poucos minha insônia foi me deixando. Hoje tenho apenas episódios esporádicos, quase sempre causados por altos níveis de adrenalina.  Conheço minha inimiga, tenho os meios para combatê-la, mas tenho também a consciência de que quando ela me derrota é ela que tem razão.

Estamos a poucos dias do Rio + 20. Paro, penso e me pergunto: de quantas maneiras podemos contribuir para a saúde do Planeta Terra cuidando da nossa  saúde e a de nossas famílias?  Podemos contribuir? Creio que sim.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

É bom saber – parar de chorar

Colaboração de Agnes Daniella Miley

ESTÍMULOS QUE DEVEM ESTAR PRESENTES DESDE O NASCIMENTO ATÉ O SEGUNDO MÊS:
Os estímulos são essenciais e quase sempre promovidos, mesmo quando os pais não percebem que assim estão procedendo. Ao oferecer um chocalho, está se aguçando a visão da criança, bem como estimulando a inteligência espacial. Ao conversar com ela, ao que tudo indica, desperta-se sua sensibilidade linguística, assim como uma música suave representa ferramenta para a audição e a inteligência musical.

Quando a criança não para de chorar experimente outros estímulos:
  • Segure a criança, deitando-a sobre o seu estomago ou peito para que ela ouça seus batimentos cardíacos e sinta a sua respiração. A criança lembra-se do tempo em que, no ventre materno ouvia e sentia esses sinais a toda hora.
  •  Sempre  que possível,  procure uma cadeira de balanço confortável. Sente-se com a criança no colo. Deixe-a ouvir as batidas do coração de adulto, embale-a. Fique assim com ela em um ambiente sereno, numa postura confortável.
  • Se estiver chateada ou irritada, peça a alguém para segurá-la. Sua inteligência interpessoal costuma reagir ao humor de quem está bem próximo delas.
  • Caso não seja um dia muito quente, envolva-a em uma manta aconchegante. Algumas crianças sentem-se mais seguras quando voltam ao ligeiro aperto  do ventre materno.
  • Não tenha receio de acalmá-la com uma chupeta. Sugar é uma necessidade biológica e intuitiva desde os primeiros dias de vida, e esse ato ocasiona prazer, tranquilidade e alegria.
  • Nunca se esqueça da temperatura ambiente. Faça-a sentir-se aquecida ou fresquinha. Mais fácil que mudar a temperatura da criança é mudar a  temperatura do quarto.
  • Cante sempre e jamais deixe de conversar serenamente com a criança. Providencie um som  contínuo ou rítmico que simule o compasso cardíaco.
  • Se o tempo estiver bom, tire a criança de casa, levando-a  para passear no carrinho ou no assento de segurança do carro. Ao que tudo indica, as crianças também gostam de passear em um Shopping Center, desde que não muito barulhento.
  • A criança é muito sensível ao cheiro da mãe. Portanto, se pedir a alguém que tome conta dela, empreste a essa pessoa um roupão ou um suéter já usado pó você.
Mais sobre estímulos:
““... os neurobiologistas defendem que cada uma das inteligências humanas possui sua “janela” e que os estímulos são sempre mais proveitosos quando promovidos no período em que essas “janelas” estão escancaradas. Considerando que essas janelas das inteligências vão se abrindo aos poucos e sem pressa, não há necessidade de que os pais acumulem tentativas de fazer com que as crianças aprendam tudo de uma só vez.
Nunca pense em estímulos como meio de apressar o desenvolvimento de uma criança. Estímulos são como alimentos e precisam ser dosados adequadamente. Jamais confunda a velocidade do desenvolvimento com a inteligência. “A rapidez apresentada no andar, sentar, ficar de pé ou correr é produto de heranças genéticas muitas vezes distantes e influência do meio ambiente, não podendo ser usada como elemento identificador de maior ou menor inteligência...”
TUDO ISSO E MUITO MAIS VOCÊ ENCONTRA EM: A CONSTRUÇÃO DO AFETO DO PROFESSOR Celso Antunes,  Augustus Editora, 1999

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A importância da Saudade


“Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor..
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito! ..”
 (poema Saudades -  de Cecília Meireles) 

Pensando na saudade, como nos fala Cecília Meireles, vejo que o tempo nos traz boas recordações da vida e nos deixa esquecer as tristes e difíceis, ou pelo menos abranda a sua intensidade. A saudade tão falada por nós, brasileiros, e sentida até nos cheiros, no tato, na memória de todos os momentos vividos.

Uma mãe e um pai de família, com o passar do tempo, sentirão saudades das noites mal dormidas, do choro das crianças pequenas e até das fraldas sujas, trocadas. Coisas que na ocasião foram pesadas, cansativas e difíceis, tornam-se boas lembranças e vistas com saudade!

A saudade dos cheiros de nossos pais, do perfume do talco da vovó, da comidinha gostosa dos finais de semana na casa da avó... Tantas coisas pra sentir saudade e para lembrar com carinho.

Esses dias aqui em casa fiz gelatina, como sempre faço, mas servi de sobremesa junto com um bolo simples. Logo vieram os comentários dos mais velhos: “ lembrei da casa da vovó Marina”! “Todo domingo tinha bolo e ela servia com gelatina e adorávamos” , assim os maiores contavam para os menores que não tiveram a mesma oportunidade de conviver com a avó, que se foi muito cedo para nosso gosto. E, mesmo sem conhecer, ficaram com saudade dessas lembranças que não viveram, mas que gostariam de ter compartilhado. As recordações nos fazem sentir um gostinho de presença do ente querido que se foi, das gracinhas dos filhos pequenos, do primeiro beijo do marido ou da mulher.

Quanto maior for a nossa luta diária, maiores serão as nossas saudades e as nossas sensações de reviver, quando repetimos ao acaso uma cena ou um aspecto do que já vivemos. E será sempre muito gostoso ter lembranças, sentir a falta das coisas boas pelas quais já passamos. Vai nos dar vida, ânimo para novas aventuras e para continuar vivendo intensamente.


terça-feira, 12 de junho de 2012

Ninharias acumuladas pesam toneladas


Por Maria Teresa Serman

As pequenas coisas do cotidiano podem ser motivo de santificação e aprimoramento do caráter, tendo incomensurável valor diante de Deus. Por isso, não podemos desperdiçar as oportunidades que gotejam sem parar no vaso de oferendas de amor que desejamos oferecer ao Pai e aos irmãos a cada momento, dia após dia.

Contudo, também há o outro lado. Coisas que parecem insignificantes tendem a pesar e desgastar, se não percebemos seu acúmulo pela constante repetição. A rotina das contrariedades, implicâncias, picuinhas, pirraças, é sempre a assassina do amor, não a simples repetição de atos comuns. Se precisamos variar a roupagem destes, devemos com urgência examinar-nos e extirpar aqueles.

Na família, acontece entre pais e filhos, e atrapalha a comunicação e o relacionamento amoroso necessários para a felicidade no lar. Quando entre o casal, pode ser insidioso e fatal, só percebido à beira do abismo ou já despencados nele abaixo. NINGUÉM está imune a essa ameaça. E ela aumenta com o tempo, quando já estamos acomodados, quando o ninho está vazio dos filhos, quando um ou os dois se aposentam. No evangelho, o Senhor recomenda: "Vigiai e orai..." E eu peço licença para acrescentar, no caso dos matrimônios: Vigiai, orai muito e deixai de ser chata(o) e se achar o centro do seu mundinho..

Não sei se já repararam, mas é comum ver, nos shoppings ou nas ruas, esposas de meia idade ou mais ralhando e fazendo cara feia pros maridos, e eles com o olhar perdido, pois já se desligaram para sobreviver com média sanidade por mais uns anos. Também existem os adoráveis consortes que reclamam de tudo que a sua "sem sorte" faz, gasta, prepara, pensa, respira. Isso quando ainda estão ali somente, e  não ali e "acolá", não sei se me entendem.

É um tal de "Não aguento mais o fulano, está velho e insuportável, lento e calado!"; "Como consegui ficar tantos anos ao lado desta jararaca?!"; "Preciso sair de casa pra não ouvir a voz dele me chamando a toda hora!"; "Graças a Deus hoje tem pelada e chope, tenho desculpa pra voltar quando ela já estiver dormindo!". Ao mesmo tempo, podemos nos emocionar com casais de cabeça branquinha, de braços dados, apoiando-se um no outro, usufruindo do resto do tempo que passarão juntos antes da eternidade. Ontem mesmo, na missa, observei um senhor delicadamente suportando o peso da esposa que cochilava no seu ombro. Acontece muito com essas pessoas adormecerem com sermões ou cantos mais suaves.

Então, qual é o segredo? Os casos são únicos e individuais, cada par tem sua história de amor. Mas considero invariável uma coisa: os que mantêm o amor sob seu doce comando, digamos assim, não se detêm em mesquinharias, dilatam o coração,  procurando a felicidade do outro e aproveitando os melhores momentos juntos. Não precisa ser uma grande viagem, frequentar restaurantes luxuosos, assistir a peças aclamadas semanalmente. É sem dúvida muito legal, mas não é garantia. E muitas vezes abafa as palavras que o coração do(a) amado(a) tenta desesperadamente dizer, sem ser escutado. São gritos de carinho, pedidos de socorro e atenção, luz vermelha acendendo direto. E podemos ser pegos de surpresa, muito cuidado, quando o outro já desistiu de tentar.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 143)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos. Podem fazer suas perguntas nos comentários.

1 – L. diz: Dra a partir de que idade podemos ter um diagnóstico seguro de um psiquiatra, sobre ser bipolar ou esquizofrênico? Tenho um rapaz de 15 anos que estamos tratando com médico especialista e ele nos diz que nesta idade não dá pra saber se o que ele tem é uma dessas doenças, por causa da idade do meu filho.
 
RESP: Cara Sra L.
 Toda a área de Psiquiatria é bastante delicada e realmente estes diagnósticos são difíceis, mesmo para um especialista.
Como a Adolescência é uma fase da vida em que as mudanças na esfera psico - social- espiritual são tão ricas quanto as mudanças físicas, fica ainda mais difícil detectar o que será transitório e o que realmente vai se definir como doença. Procurem neste tempo de tratamento e de expectativas, viver uma vida em família rica de carinho, oferecer uns aos outros muita serenidade, paz, alegria, um ambiente saudável, boa alimentação. Não deixem de procurar sair, abrir sua casa aos amigos, frequentar também as casas de famílias amigas. Não se fechem nem se sintam diferentes, coisa que pode acontecer nas famílias onde alguém faz tratamento psiquiátrico. Afinal, não escolhemos nossos padecimentos  e Deus concede sabedoria aos médicos para buscarem aliviar o sofrer uns dos outros- somos todos seres humanos! 
Confiem em Deus e leiam as respostas da semana anterior, ok?
Fico às ordens, Mannoun


2 – A. diz:Tenho 3 filhos, sendo que um adolescente de 14 anos, um de 8 anos e agora um bebê de 2 meses. Estou ficando louca com os três, sem saber como me dividir pra dar atenção aos maiores e ao bebê ao mesmo tempo. O adolescente anda muito rebelde e grosseiro comigo e com o pai. Como posso melhorar a atenção para cada um?

 RESP: Caro (a ) A..
Por favor acalme-se e procure reencontrar sua serenidade para desfrutar das gracinhas do bebê que descobre a vida de um jeito, do Adolescente que a descobre de outra forma e do que tem 08 anos e que está num momento mais suave..
.Vocês solicitam ajuda dos filhos nas atividades do dia a dia? Eles tem tarefas em casa?         Vejam, as idades deles permitem que sejam solicitados na organização da rotina da casa. Todos podem ajudar em tudo, dependendo da  distribuição de atividades que serão compatíveis com o gosto e as idades  de cada qual. Um exemplo :    Um pequeno plano diário com horários de estudo em casa, refeições e lazer. Incluido no plano, o  mais velho já pode fazer as compras ( as primeiras vezes acompanhado e orientado )  e arrumá-las em casa nos lugares designados pelos pais. O de 08 anos, também com seu plano de estudos, brincadeiras, horário de refeições, pode ajudar com o bebê na hora do banho, nas refeições, nas arrumações e na atenção ao pequenino. As reclamações virão, acharão uma chatice o neném, mas os filhos gostam de se sentir importantes ajudando e participando intensamente da vida familiar. O que precisamos é motivá-los, estimulando e elogiando quando fazem bem suas tarefas  Assim a mãe fica um pouco menos sobrecarregada e pode dar atenção necessária a cada um, sem esquecer-se de si própria, sem reclamar e se sentir vítima, mas feliz por ter uma família tão linda!                                                     
  As crianças crescem tão depressa e depois já ficarão interessantes pelo intervalo de idades-  a casa não  ficará triste e muito silenciosa como escutamos  vários pais comentarem ...       Animem- se com os presentes que são seus filhos e que Deus os abençoe ! Atenciosamente, Mannoun

domingo, 10 de junho de 2012

Lí por aí - Dica do Rio de Janeiro - Feira do Rio Antigo

Por Márcia Regina Oliveira

Do Blog Viajando por aí
Um ótimo programa para quem vem ao Rio em férias - ou para os próprios cariocas, como eu - é visitar a Feira do Rio Antigo, que acontece todo primeiro sábado de cada mês na Rua do Lavradio e imediações. A feira dura o dia inteiro e reúne barracas com artesanatos e lojas de antiguidades que nos permitem fazer uma viagem no tempo.

Apesar de ser carioca e de sempre ter morado no Rio de Janeiro, nunca tinha tido a oportunidade de ir até lá. Por sorte, hoje, que é o primeiro sábado de junho, me lembrei a tempo e dei um pulo até a feira no início da tarde. Muita gente teve a mesma ideia que eu, por isso a Rua do Lavradio estava bem cheia. Mas isso de maneira alguma tirou o charme e o clima bem carioca do evento, que ainda foi agraciado por um lindo dia com direito a céu de brigadeiro e a lua cheia no fim da tarde.

Pessoalmente, gostei mais de entrar nas lojas de antiguidades e apreciar os móveis e objetos expostos por elas nas ruas do que ficar olhando e comprando nas barraquinhas de artesanato. Mas, se você não é fã de velharias, fique tranquilo, porque a feira tem atrações para todos os gostos: show de chorinho, restaurantes e bares com comida típica brasileira em vários outros pontos e música lounge em uma rua próxima para a galerinha mais jovem e descolada. Ela me lembrou bastante a feira de San Telmo, em Buenos Aires.

Voltei para casa com gostinho de quero mais e pretendo voltar na próxima edição da Feira do Rio Antigo, sendo que quero chegar mais cedo - na parte da manhã - para ver as novidades e pegar as ruas mais vazias.

Seguem  algumas fotos que tirei no local. Espero que curtam e que façam esse programa gostoso e gratuito quando tiverem oportunidade!