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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Para viver um grande amor – 6 - "Casal S e P"

Aproveitamos o título do poema tão conhecido para fazer uma homenagem a grandes e profundos amores, que vêm sendo testados em anos de convivência. São amores que originaram famílias, alicerçadas pelo compromisso renovado de continuar juntos, apesar dos "perigos desta vida". A paixão não acabou, se tornou forte e agregou filhos, parentes e amigos. Ver o que deu certo para muitos pode suscitar novas idéias para revigorar os laços do casal e da família.
Vejam a nossa sexta entrevista:

O casal não será identificado pelos nomes, para evitar uma exposição maior.

Casal S e P responde:

1) Como você conheceu sua esposa (seu marido)? Demorou muito para começarem a namorar?
Nossos avós moravam na mesma rua. Nossos pais conviveram na juventude. Meu pai chegou a namorar a mãe do meu marido.

Ele sempre foi muito amigo de meus primos. Freqüentávamos as mesmas casas e íamos para a mesma praia, em Angra dos Reis, nas férias. Um dia comecei a reparar naquele rapaz bem-humorado, prestativo, inteligente, que gostava de ler, recitava Fernando Pessoa. Quando meus tios nos convidaram para passar o réveillon num clube na Barra da Tijuca, aceitei e ele também. Nessa noite voltamos de mãos dadas.

Para completar, ele era um estudante aplicado na faculdade, sabia jogar xadrez, era especialista em robalos e lagostas na caça submarina.

O toque decisivo foi ele abrir a porta do carro para mim, quando ia me buscar em casa. O que faz até hoje.
2) Quando se casaram e como foram os primeiros tempos de casamento?
Casamos em 1973, depois de cinco anos de namoro. Eu estava na faculdade e ele começando a residência em Pediatria; nossos pais nos ajudaram.

Quando tivemos a primeira filha, ele dava muitos plantões e trabalhava em vários empregos. Mas, quando estava em casa, me ajudava, acalmava as ansiedades de mãe de primeira viagem, me incentivando a amamentar, quando eu achava que tinha pouco leite.

3) Como você se definiria como esposa - suas qualidades e no que você pretende melhorar?
Atuo como secretária e contadora; procuro estar presente na hora em que meu marido sai pela manhã e quando volta, à tarde. Nesses momentos, especialmente, ele gosta de conversar.

Tenho que caprichar mais na parte culinária, e levar com bom humor sua obsessão por qualquer esporte. Se inventarem campeonato de bolinha de gude, certamente ele vai se interessar e torcer por um dos times.

4) O que vocês fazem para alimentar e melhorar o relacionamento nestes anos de matrimônio?
Já fizemos um curso para casais, alguns anos atrás; focado na educação dos filhos. Foi muito bom ter uma atividade em comum.

Sempre procuramos ter um dia na semana para nós. Ultimamente relaxamos um pouco. Viajamos, quando possível. Bastam três ou quatro dias longe de casa para afastar preocupações e nos sentirmos ainda mais unidos. Ele é um ótimo companheiro!
5) Dizer os anos de casados.
Somos casados há 36 anos, 9 meses, 3 semanas e 4 dias.

"É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto, o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos, a idéia de recompensa e de glória." - Autora: Cecília Meireles

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