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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Dia da Sogra com boa Educação

Por: Maria Teresa Serman

Hoje é o dia da Sogra e da Educação. Não por acaso, a meu ver, as duas podem (e devem) ser homenageadas conjuntamente. Vou explicar minha teoria, que na verdade é mais experiência prática de vida.

A educação, mesmo nas escolas, não pode se limitar a um processo que transmita ou conduza à informação. Nisto reside a sua essência fundamental: que compreendamos, professores, pais e alunos, que educar é instruir o caráter; ensinar, pelo exemplo em primeiro lugar, e também com palavras, o caminho do Bem, com maiúscula, sim, porque é acessível a todos e não se restringe ao bem individual, ao bem comum, ao bem estar. Abarca estes todos e os transcende.

E a sogra, onde entra? Não entra, para começar, pede licença. Não adentra o quarto, fica na sala. Não abre a geladeira, espera que lhe ofereçam. Não empurra sua experiência, por mais sábia que seja, aguarda que lhe perguntem. No máximo sugere ou comenta. Sutilmente. Deve ser como a definição paulina da caridade - não se irrita, não se perturba, tudo suporta. E ainda vou além de S. Paulo - armazena e transmite doses maciças de bom humor.

Parece que estou brincando? Pois não estou. Quanto ao "tudo suporta", não me refiro a uma atitude estóica, mas a encarar o que considera defeito na nora ou no genro como diversidade de hábitos educacionais. No excelente livro da editora Quadrante “A nora (ou a sogra) ideal”, o autor lembra à sogra que a nora não é sua filha, no sentido de que não foi a primeira que criou a segunda. Portanto, é natural que haja diferenças, que não se devem transformar em oposições irreconciliáveis.

Requisitos básicos de educação são importantes, tais como polidez, respeito, humildade, generosidade, benevolência. De ambas as partes, sem economizar. De modo especial, é preciso mais cuidado no relacionamento sogra/nora, porque nós, mulheres, gostamos de marcar território, afirmar nossa competência, principalmente como mães.

Dedico este texto a minha sogra e a minha nora. Elas representam lados opostos cronologicamente, mas harmonizados pela sabedoria que ambas demonstram ao desempenhar seus papéis familiares, e pelo carinho que me dedicam. Uma educou o homem que amo com extrema competência; a outra ama dedicadamente um dos homens que concebi por amor. Desta gosto de me sentir mãe; da outra sou meio filha.

Vivam (bem) a sogra e a nora!

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