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sábado, 10 de abril de 2010

Pequenos detalhes para uma grande educação

Texto de Maria Teresa Serman

Tudo que é importante em dimensões e qualidade baseia-se em pequenos itens. O próprio genoma humano, cuja importância todos conhecem, é infinitesimal no tamanho. Assim acontece com as virtudes e, principalmente, com o aprendizado delas, que se pode definir como educação.

Esta se inicia desde o berço, se os pais forem competentes. O bebê, adorável pequeno tirano, se não acostumado desde cedo a certos procedimentos, como dormir no berço e não no colo, a brincar um pouco sozinho com móbiles e bichinhos que lhe apresentamos, fica irascível e chorão, dominando todos que estão por perto.

Quando maiorzinho, já pode aprender a ter limites, a comer e dormir em horas certas, o que lhe trará segurança e conforto, extensíveis à família toda. Ao se tornar um menininho ou menininha, capaz de falar e entender, é preciso apresentá-lo às "palavrinhas mágicas" - por favor, obrigado (a), bom dia, até logo, e afins. Também é fundamental levá-lo (a) a aplicá-las no momento certo, pois nenhuma criança sabe por osmose que deve cumprimentar as pessoas ao chegar em um lugar, ou agradecer presentes e gentilezas. Tem que ensinar.
Gasta-se tempo e paciência, mas os resultados são prazerosos e eficazes para o resto da vida.

A gênese da formação de um ser humano está na sua infância e adolescência. Um adulto grosseiro, um jovem egocêntrico e antisocial, uma criança que mais parece um bichinho, todos esses são resultados diretos de falta de educação, literalmente. Os responsáveis por isso, os pais, são as primeiras vítimas da sua leniência. E, a reboque, a família, os amigos, os professores, a sociedade em geral.

Passamos a vida nos educando, lutando contra nossos defeitos, superficiais ou mais profundos. Contudo, nenhuma luta do adulto será profícua se não iniciada na mais tenra idade. É lamentável observar que muitos genitores parecem pensar que os filhos são extensão de si mesmos, e, como não gostam de ser contrariados ou criticados, não admitem, por puro orgulho, fazê-lo com os filhos. Muito pior se outros tentam, aí a reação é violenta. E o problema continua, podendo alcançar níveis preocupantes.

Preparar para a vida, torná-la mais fácil e agradável - ao contrário do que alguns pregam privar-se de certas coisas e atitudes nos deixa mais felizes, pois nos tornamos mais livres - é missão dos que trazem novos seres ao mundo, não para serem submissos a ele, mas para dominá-lo com amor e boa-vontade.

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