Certa vez, eu assisti

O viver feliz que geralmente imaginamos é resultado de uma tensão que tentamos resolver entre aproveitar o dia ou construir o amanhã. É a tensão que existe quando nos perguntamos se os nossos cônjuges serão aquelas figuras festivas e sensuais ou se serão aquelas figuras comportadas e previsíveis – e isto vale tanto para os homens como para as mulheres. É também a tensão que existe quando nos perguntamos se vale a pena lutar por um emprego cansativo que gera um bom retorno financeiro ou se o ideal seria uma vida que permitisse mais tempo para estar entre pessoas queridas, viajar e festejar.
Fatalmente, fazemos escolhas. Penso ser um tanto mais sensato optar por seguranç

Muitas vezes são inquietações dolorosas, porque não raro temos a escolha entre a aventura ou a estabilidade como aquilo que trará o sentido principal de nossas vidas. Porém, por mais nobres que sejam, as ocupações de nossas vidas não podem ser a aspiração máxima de nossas almas . O tempo passa, todos morremos e as nossas ações, ainda que algumas das mais grandiosas, como trazer as Olimpíadas para o Brasil em 2016 ou descobrir a cura de uma doença, no plano da eternidade, estão fadadas ao pó e às cinzas.
Por mais que eu não concorde com os melancólicos, há algo de sincero quando lamentam algumas inevitabilidades. A cigarra
Ora, o sentido principal da vida é simplesmente amar. Radicalmente. Não pode haver sentido em questionar com amarguras as opções que tomamos em nossas vidas, porque todas elas nos trazem a possibilidade de amar.
Receber a existência é o presente amoroso de Deus. É um diamante bruto que temos de lapidar. Se pensarmos num sentido para a vida, o único que pode haver na inevitabilidade do tempo que se consome, é se levamos ou não a existência como uma criatividade de amor.
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