 Quanto a mim, penso que aqueles que são atormentados no inferno o são pelos golpes  do amor. Pois não há coisa mais amarga e mais violenta que os tormentos do amor! Os que sentem que pecaram contra o amor carregam consigo uma condenação bem maior que as mais temidas punições. O sofrimento inscrito no coração pelo pecado contra o amor é mais dilacerante que qualquer outro tormento. Sto. Isaac, o sírio.
Quanto a mim, penso que aqueles que são atormentados no inferno o são pelos golpes  do amor. Pois não há coisa mais amarga e mais violenta que os tormentos do amor! Os que sentem que pecaram contra o amor carregam consigo uma condenação bem maior que as mais temidas punições. O sofrimento inscrito no coração pelo pecado contra o amor é mais dilacerante que qualquer outro tormento. Sto. Isaac, o sírio.Este comentário ao evangelho do dia calou tão profundamente em mim que resolvi meditar e escrever sobre ele. O santo citado acima, no texto completo, expressa sua opinião de que o tormento do inferno não é a falta do amor de Deus, que nunca nos tira o que concedeu, o Seu amor. Perdemos a graça, mas não o amor, que sempre nos deixa o caminho aberto para a volta ao Pai, para o arrependimento. Complementa o santo, dizendo que, para ele, o tormento dos infelizes é o remorso. Sábia conclusão! O remorso, a consciência culpada, e principalmente aquela que não quer reconhecer o erro, apesar de sofrer e fazer sofrer com seus efeitos; aquela alma que não admite o pecado, antes teima em atribuir a razão dele, ou o todo, a outrem; o infeliz ser que não consegue pedir perdão, ou aceitá-lo, ainda que este lhe seja dado pelo ofendido.
 Dizem alguns que não há inferno, que ele já acontece aqui na terra. Cristo referiu-se várias vezes, explicitamente, ao "fogo da geena". No episódio desse mesmo dia do comentário, o evangelho conta uma história sobre um rico e um pobre chagado. Este, após fome e privações, diretamente atribuídos ao senhor abastado, é levado ao seio de Abraão pelos anjos. Quando morre o rico, vai "para a morada dos mortos", onde sofre tormentos. Por outro lado, o inferno e o céu começam aqui, sim. Não só porque a nossa vida, transformada ou não pelo amor, é de nossa livre escolha e definirá como será nossa existência eterna, mas também porque o modo como agimos nos joga em um ou nos conduz ao outro. Mais do isso, pode influenciar decisivamente a vida dos que nos rodeiam, dos que amamos, e até daqueles que Deus põe no nosso caminho para que os levemos ao céu, por nosso exemplo.
Dizem alguns que não há inferno, que ele já acontece aqui na terra. Cristo referiu-se várias vezes, explicitamente, ao "fogo da geena". No episódio desse mesmo dia do comentário, o evangelho conta uma história sobre um rico e um pobre chagado. Este, após fome e privações, diretamente atribuídos ao senhor abastado, é levado ao seio de Abraão pelos anjos. Quando morre o rico, vai "para a morada dos mortos", onde sofre tormentos. Por outro lado, o inferno e o céu começam aqui, sim. Não só porque a nossa vida, transformada ou não pelo amor, é de nossa livre escolha e definirá como será nossa existência eterna, mas também porque o modo como agimos nos joga em um ou nos conduz ao outro. Mais do isso, pode influenciar decisivamente a vida dos que nos rodeiam, dos que amamos, e até daqueles que Deus põe no nosso caminho para que os levemos ao céu, por nosso exemplo.S. João, na sua carta, se dirige aos fiéis já em tom amoroso: "Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade." O verbo amar está muito presente, mas o verdadeiro amor, de serviço, doação e generosidade, não. As pessoas se "amam" e desamam com assustadora rapidez e aparentemente, bem aparentemente, sem sequelas. Não colocam o bem do outro em primeiro lugar, nem quando isso atinge diretamente a mais pessoas, como os filhos. São infiéis a votos que juraram cumprir, contudo consideram isso um "acidente de percurso", na sua tresloucada e egocêntrica busca pela felicidade, que acabam não encontrando nunca.
Então vamos nos rejubilar pelos que amam verdadeiramente, com fortaleza, paciência, benignidade, sacrifício alegre, no cotidiano e na rotina. Esses não aparecem na mídia, e, quando esta focaliza sua realidade, certamente é para depreciá-los, chamando-os debochadamente de "conservadores". Mal sabem esses pobres de espírito que isso é um elogio, pois felizes são os que conservam seu amor puro e forte; os que conservam a sua dignidade de filhos e filhas de Deus e respeitam-na nos semelhantes; aqueles que conservam seu coração livre de traição e vilania, enchendo-o diariamente de afeto e retificando quando falham; felizes são aqui na terra, mesmo que sofram muito, porque conservam na alma a graça do Amor, que conhecerão face a face na vida que não terá fim.
Maria Teresa Serman
 
 
















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