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domingo, 17 de março de 2013

Produtos Gourmet

A palavra Gourmet vem sido cada vez mais usada, às vezes por quem mal sabe seu significado. Vem do francês e está associada à "haute cuisine", alta cozinha, e designa um produto alimentar (incluindo bebidas). Um produto do tipo carrega em si mesmo uma referência à cultura do lugar ou país de origem, que pode ter começado a ser fabricado rusticamente, mas, com o tempo, foi aprimorado e passou a participar de um tipo de gastronomia mais sofisticada. O termo também é atribuído a uma pessoa com alto padrão de prática ou exigência culinária. Esses produtos são naturalmente mais caros, por sua produção limitada, design diferenciado da embalagem e podem também receber a especificação "Premium". Sua procura tem aumentado significativamente, pela divulgação e cultivo do espírito crítico, e também pelo maior poder aquisitivo da população.

Destacamos aqui somente alguns dos variados itens assim classificados:
- Flor de Sal: é assim chamada por ser a nata, metafórica e fisicamente do sal, pois recolhem-se os primeiros cristais formados pela evaporação da água do mar. Tem textura fina, sendo colhida manualmente e embalada logo após a coleta. Não deve ser levada ao fogo ou ao forno, serve para a finalização dos alimentos, podendo ser polvilhada levemente com a mão, para agregar um sabor especial, sem exagero, a saladas e alimentos pré-cozidos.  Para se ter uma ideia, são necessários 80 kg de sal marinho bruto para se extrair 1 kg dos cristais da Flor de Sal.   (Fonte: www.cimsal.com.br)
A Flor de Sal exalta com delicadeza o sabor da comida. Por isso é mais utilizada para a finalização de pratos, pulverizando-a antes de servir. Ela é colhida artesanalmente, com a ajuda de redes, em momento propício e é embalada diretamente depois da coleta. São necessários, aproximadamente, 80 kg de sal marinho bruto para produzir 1 kg dos caríssimos cristais de Flor de Sal.

É uma fonte natural de potássio, cálcio, cobre, zinco e magnésio.

- Alho Negro: "o alho negro tem sabor doce e frutado,  algo entre vinagre balsâmico, tamarindo e melaço de cana. Seu uso vai bem com pratos salgados e doces, e dizem que ele tem alto teor de antioxidantes. O processo de fermentação do alho surgiu no oriente, não se sabe ao certo se em casa de coreano ou japonês. O fato é que o ocidental  “disseminou” na alta gastronomia – leia-se o chef espanhol Ferran Adrià. A mágica do alho negro está no sabor, mas o visual é interessante: a casca é dourada e os dentes negros, como se tivesse sido assado na fogueira.  No Brasil, está mais restrito aos restaurantes e o comércio ainda não é grande. (...) No site da Embrapa e do Globo Rural há informações." blog.tribunadonorte.com.br/aoponto/apostila...alho-negro.../50062

 - Açafrão, açafrão-da-Índia ou Cúrcuma  " É tida como uma das mais caras ou a mais cara especiaria do mundo uma vez que, para se obter um quilo de açafrão seco, são processadas manualmente cerca de 150.000 flores, e é preciso cultivar uma área de aproximadamente 2000  m². Quando seca, a flor desprende de seus órgãos um pigmento amarelo e um óleo volátil, tradicionalmente usado como corante de tecidos." (Wikipédia) É parte integrante do tradicional tempero indiano caril, ou curry. Seu consumo intenso tornou a Índia o país com menor taxa da doença de Alzheimer,além de ter comprovada ação anti-inflamatória com propriedades anti-cancerígenas e proteção cardio-vascular. "Podemos dizer que um pouco de açafrão por dia, do médico nos alivia." Acompanha peixe ou carne, ou é utilizado no famoso arroz de açafrão.

- Azeite premium ou vintage: "um azeite nobre, obtido de uma variedade única de azeitona (monovarietal), e que proporcionam ao paladar sensações semelhantes a um bom vinho.(...) Assim como um vinho, cada azeite desta linha é elaborado a partir de uma safra especial, extraído de da primeira prensagem a frio e com apenas 0,2% de acidez máxima”. www.lojadoazeite.com.br .
Este tipo de azeite, devido à sua baixa acidez, não deve ser levado ao fogo, e em seu lugar podemos usar outro tipo com mais acidez. A diferença de preço entre o azeite extra-virgem comum e o premium não é tão elevada. Seu sabor apurado vale o gasto, pois confere um paladar marcante à comida que o recebe. 

                                                   Maria Teresa Serman

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