O famoso pórtico de Birkenau, várias vezes retratado pelo cinema em filmes
como "Lista de Schindler"
Cerca em Birkenau com barracões ao fundo
Com o passar do tempo e a lotação cada vez maior dos barracões, a função do campo de Birkenau era mesmo a de matar pessoas em grande escala. Tanto que muitos dos que desembarcavam dos trens ali dentro já iam direto para as câmaras de gás, com a desculpa de que seriam desinfectados após a longa e insalubre viagem até o campo. Havia um lugar para eles deixarem seus pertences, tirarem as roupas... Mas a verdade é que em apenas alguns minutos eles estariam mortos.
Um dos vagões de carga que chegavam superlotados de passageiros em Birkenau
Em Birkenau, foi construída uma câmara de gás gigantesca capaz de matar até 2.500 pessoas ao mesmo tempo. Essa máquina da morte trabalhou com força total entre 1943 e 1944. No mesmo prédio, havia vários incineradores nos crematórios, que foram destruídos pelos nazistas (usando mais de 20 mil dinamites) em novembro de 1944, antes de abandonarem o campo, na tentativa de eliminar as evidências de seus crimes. Hoje restam apenas os alicerces desse lugar macabro.
Reuínas de prédio em que funcionavam as câmeras de gás e os crematórios em Birkenau
Segundo a guia que nos acompanhou durante a visita ao complexo Auschwitz-Birkenau, para abafar os gritos desesperados das pessoas que ficavam confinadas nas câmaras de gás, os soldados tocavam durante todo o dia marchinhas alegres em um volume bem alto. Mas acredito muitos dos prisioneiros dos campos já conheciam o seu destino.
Homenagem da Alemanha aos mortos em Birkenau
No campo de Birkenau há também um memorial formado por várias pedras, onde homenagens são prestadas diariamente aos mortos.
Placa em homenagem aos mortos em Auschwitz-Birkenau
Considero que as condições de sobrevivência em Birkenau eram ainda mais cruéis do que em Auschwitz. Os barracões eram feitos em madeira e possuíam um vão de ventilação que devia tornar a temperatura do ambiente congelante no inverno. Em Auschwitz eles eram feito de tijolos e podiam ser totalmente fechados.
Dormitório em Birkenau que chegava a abrigar simultaneamente 400 pessoas
Os banheiros eram coletivos e insalubres e só podiam ser usados por alguns segundos duas vezes ao dia. E o acesso à comida e a medicamentos era quase inexistente.
Banheiro coletivo em Birkenau
Uma das alas do campo de Birkenau
Abaixo deixo mais algumas fotos desse lugar que marcou a nossa história de uma maneira muito trágica e que hoje é considerado um Patrimônio Mundial por sua importância histórica. E se você ainda não leu o relato sobre o campo de Auschwitz, clique aqui para acessá-lo.
Cerca em Birkenau com rosa em homenagem aos mortos
O pórtico de Birkenau e a cerca eletrificada
Uma imensidão que parece não ter fim
3 comentários:
A propósito destes 2 posts sobre campos Nazistas, estou lendo uma autobiografia(só 195 pgs e fotos de família) escrita por um Juiz Americano, que nasceu na Eslováquia em 1934, cresceu no gueto de Kielce, na Polônia. Mudou-se para os EEUU em 1951 e possui o Doutorado em direito internacional pela HARVARD LAW SCHOOL.
Foi Juiz na Corte Interamericana de Direitos Humanos, e foi Juiz na Corte Internacional de Justiça de Haia, recebendo o Gruber Prize for Justice em 2008, por defender os direitos humanos no mundo, especialmente na América Latina. Comprei-o na Livraria da Travessa, por apenas R$ 34,90. Já traduzido para porguguês. VALE A PENA LER!
Boa dica Patricia!
Esquecí o "detalhe" do TÍTULO DO LIVRO e o AUTOR!
"Uma Criança de Sorte" Thomas Buergenthal
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