Não é o título de um poema ou coisa parecido. Ele se refere a uma área dos olhos que, bem explorada na maquiagem, rende um "olhão" e tanto! Quando relembramos os ícone da moda nos anos 60, já podemos perceber essa importância. Do côncavo esfumado de Audrey Hepburn ao nitidamente marcado, com ênfase na sombra branca em toda a pálpebra móvel, da modelo Twiggy, ele já era referência.
Ele pode ser definido como a parte afundada do olho, que delimita a pálpebra móvel da fixa, e não existe nos olhos orientais, mais projetados. Acompanha o globo ocular, podendo ser marcado por inteiro ou apenas do meio à extremidade, para amendoar o olhar.
Nos desfiles de nomes atuais, como Michael Kors e Marc Jacobs, esse lugarzinho especial ficou na berlinda, de modos diferentes. No primeiro, foi marcado com linhas azuis e verdes, conferindo jovialidade aos rostos das manequins - lembrem-se que anunciam o verão lá; o segundo preferiu o esfumado da ponta a ponta, mas sem usar cílios postiços, o que deu mais leveza ao resultado.
Gosto de fazer o côncavo como aprendi de uma maquiadora da Lâncome: faça três pequenos traços seguidos com lápis macio, subindo de uma linha que começa justamente acima da parte externa do olho (se quiser, a partir de um traço de lápis ou delineador que alongue de rente ao olho para fora). Depois esfume com pincel chanfrado, aquele tortinho, e finalize com sombra, sem esquecer de aplicar a sombra iluminadora antes, junto às sobrancelhas e no canto interno das pálpebras.
Dependo da hora e do gosto, esfume mais ou menos, com sombra cinza, marrom, berinjela ou preta. Não se esqueça de sacudir levemente o pincel antes de aplicar, para não sujar embaixo no rosto. Quanto mais forte a maquiagem do olho, mais suave deve ser a da boca e faces. Mas cuidado para não empalidecer demais e ficar que nem aquela da família Addams.
Maria Teresa Serman
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