A amizade com os filhos deve ser uma proposta para melhorar a relação entre pais e filhos, sem utilitarismo, sem instrumentalizá-la para fins particulares. Acompanhar o filho nas partidas de seu time deve servir para dar apoio, não para "projetarmos" em suas jogadas, ou para fazer dele uma estrela de futebol e ser admirado por todos, ou para desafogar nossas preocupações contra o árbitro.
Deve ser um "afeto desinteressado", e não usar esse interesse para que estude mais, ou para demonstrar nossas próprias habilidades. Entretanto, ainda que não instrumentalizemos esses momentos de ócio com nossos filhos, costumam ter algumas consequências positivas, aumenta o grau de confiança, permitem chegar à intimidade, cresce o afeto e a estima mútua, nos ajuda a ser bons amigos de nossos filhos.
Compartilhar interesses comuns nos obrigará a por em prática alguns bons hábitos educativos. Em primeiro lugar dedicar tempo aos filhos, praticando um mesmo esporte ou uma mesma atividade juntos. Se nos interessarmos por patinar ou fazer maquetes de barcos juntos, então teremos que ver o que é mais fácil para nos unir.
Entretanto, a solução não pode residir em pretender entrar em seu mundo de interesses, propriamente adolescente, para chegar a sua intimidade, pois nos sentiríamos ridículos e deslocados. Ir a um show de rock talvez não seja a melhor maneira de ganharmos sua confiança; às vezes, é mais conveniente convidar o adolescente ao nosso mundo, por exemplo, para jogar conosco essa partida de futebol que costumávamos disputar contra algum companheiro de trabalho, ou um mergulho na piscina.
Além disso, estaremos conseguindo um meio excelente para chegar a sua intimidade. Em uma manhã de natação bem aproveitada podem contar-se preocupações e alegrias, se pode conhecer mais o filho, que em um ano de "compartilhar" em casa.
Tirado de "Hacer Familia"
Nenhum comentário:
Postar um comentário