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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

EmContando – 6



Por Agnes G. Milley

Hoje vamos falar um pouco sobre fábulas.  Segundo a Grande Enciclopédia Larousse Cultural, fábula é um texto alegórico do qual se extrai uma lição de moral. ... Antes de ser um gênero literário, a fábula pertence à tradição oral de todos os povos. ... Na Grécia, embora se encontrem fábulas entre os poetas mais antigos, foi Esopo que passou à historia como criador do gênero.

Esopo viveu na Grécia há mais de 3000 anos atrás. Era escravo. Suas pequenas historias de animais contêm ensinamentos e mostram como proceder com inteligência. Seus animais falam, cometem erros,  são bons e maus, sábios e tolos, exatamente como os homens. 

As  fábulas de Esopo foram recontadas e readaptadas por seus continuadores, como Fedro em Roma, La Fontaine na França e vários outros. No Brasil foi Monteiro Lobato que reescreveu muitas  das fábulas para  a compreensão infantil. 

Vocês sabiam que Leonardo da Vinci além de pintor, escultor, arquiteto e cientista era também um contador de histórias  fantástico e   foi autor de muitas fábulas?  

Encontrei uma deliciosa adaptação rimada de uma das fábulas de Esopo que copiei há muito tempo para contar para  algum pequeno neto. Eu já a contei, agora faça você o mesmo e verá o resultado.

A formiguinha e a pomba
Certa vez, junto de um rio, trabalhava a formiguinha, fazendo esforço tremendo pra cortar uma folhinha.
“Ai, ai, como estou cansada, trabalhei o dia inteiro, cortando folhinhas verdes pra encher o meu celeiro.”
Mas, oh! Perdendo o equilíbrio a formiguinha coitada, foi cair dentro do rio, gritando desesperada:
“Socorro, Socorro!”
Felizmente, uma pombinha que de um galho tudo ouvia, teve pena da formiga, que na água se debatia.
“Oh! Coitada! A  correnteza na certa irá carregá-la, mas vou mandar-lhe um auxílio, talvez consiga salvá-la.”
E jogou-lhe uma folhinha, que dentro da água boiou e a formiga que era esperta, deste modo se salvou.
“Ufa! Que susto passei, se não fosse dona pombinha, eu teria me afogado e adeus uma formiguinha ... Obrigada amiga. Algum dia hei de pagar-lhe, é palavra de formiga.”  No entanto, chegou depressa, a hora da formiguinha cumprir sua promessa.
Pois vejam só que perigo, a pombinha descuidada, nem via que muito de perto ela estava sendo observada.
“Vejam, este caçador está  querendo agarrá-la. Mas chegou a minha vez de lutar para salvá-la. Vou dar-lhe uma ferroada, bem no pé, ora se vou!”
“Ai ...”, gritou o caçador de tão grande que foi a dor e a pombinha ouvindo o grito bateu asas e voou.
“Muito obrigada, formiguinha, desta vez devo-lhe eu a vida.”

Obs.: Crianças pequenas gostam muito de rimas e até bebês se acalmam ouvindo o ritmo de versos. Experimentem.
Ref.: FÁBULAS DE ESOPO  Edições de Ouro  -  Coleção Pingos de Ouro – Texto em português de Guilherme Figueiredo

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