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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A eterna dupla

Por Maria Teresa Serman

A moda está multicolorida, estampada, étnica, maxi, hiperbólica. Contudo, a eterna dupla preto e branco é sempre atual, e serve para contrabalançar os exageros e "chanelizar" o visual. Essa é uma palavra nova, um neologismo que acabei de inventar, em homenagem a Coco Chanel, a genial criadora de inúmeros itens de que nos apropriamos despercebidamente, sem lhe prestar a devida reverência.

Chanel inventou o "pretinho básico" para o enterro de seu grande amor, Boy George, e todas as mulheres - e os homens, claro - lucramos com isso. Combinava este com pérolas e detalhes brancos, como a clássica camélia, ou sapatos pretos de ponteira branca - outro "flash back" em todas as vitrines, e dessas composições extraía o máximo de elegância e beleza para a mulher. Não criava nada grotesco, vulgar ou apelativo, valorizava o poder de sedução e encanto característico feminino, sem vendê-la como objeto de consumo.

É fácil, portanto prático, montar um esquema com as duas cores: a infalível camisa branca, ou camiseta, com saia longa preta, e adereços estilosos e chamativos, é a montagem perfeita para uma festa; um vestido estampado nos dois tons, com escarpin vermelho para quebrar a unidade, serve para todas as horas, dependendo  da maquiagem e acessórios; para quem quer "diminuir " em cima, o oposto, blusa preta, que pode ser de renda, outra tendência, e saia ou calça "off white", aquele branco que não é neve, fazem o jogo trabalho/diversão numa boa; enfim, o bom gosto e a criatividade indicam o caminho.

Gabrielle Chanel (Coco era apelido) nos ensinou a usar o batom vermelho, mais matte (fosco), colares de pérolas longos ou curtos ,  bolsas de matelassé, distinção, simplicidade e respeito por si mesma. Então, quando aproveitarmos suas ideias brilhantes, como o preto e branco, sejamos agradecidas - podemos fazer uma oração por ela - e principalmente confiantes em nosso próprio valor e importância.

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