A moda está multicolorida,
estampada, étnica, maxi, hiperbólica. Contudo, a eterna dupla preto e branco é
sempre atual, e serve para contrabalançar os exageros e "chanelizar"
o visual. Essa é uma palavra nova, um neologismo que acabei de inventar, em
homenagem a Coco Chanel, a genial criadora de inúmeros itens de que nos
apropriamos despercebidamente, sem lhe prestar a devida reverência.
Chanel inventou o "pretinho
básico" para o enterro de seu grande amor, Boy George, e todas as mulheres
- e os homens, claro - lucramos com isso. Combinava este com pérolas e detalhes
brancos, como a clássica camélia, ou sapatos pretos de ponteira branca - outro
"flash back" em todas as vitrines, e dessas composições extraía o
máximo de elegância e beleza para a mulher. Não criava nada grotesco, vulgar ou
apelativo, valorizava o poder de sedução e encanto característico feminino, sem
vendê-la como objeto de consumo.
É fácil, portanto prático, montar
um esquema com as duas cores: a infalível camisa branca, ou camiseta, com saia
longa preta, e adereços estilosos e chamativos, é a montagem perfeita para uma
festa; um vestido estampado nos dois tons, com escarpin vermelho para quebrar a
unidade, serve para todas as horas, dependendo da maquiagem e acessórios;
para quem quer "diminuir " em cima, o oposto, blusa preta, que pode
ser de renda, outra tendência, e saia ou calça "off white", aquele
branco que não é neve, fazem o jogo trabalho/diversão numa boa; enfim, o bom
gosto e a criatividade indicam o caminho.
Gabrielle Chanel (Coco era
apelido) nos ensinou a usar o batom vermelho, mais matte (fosco), colares de
pérolas longos ou curtos , bolsas de matelassé, distinção, simplicidade e
respeito por si mesma. Então, quando aproveitarmos suas ideias brilhantes, como
o preto e branco, sejamos agradecidas - podemos fazer uma oração por ela - e
principalmente confiantes em nosso próprio valor e importância.
Nenhum comentário:
Postar um comentário