A decla
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Não se trata de um “avanço” da Igreja, muito menos de uma mudança de pensamento, até porque o significado da sexualidade humana não muda. A Igreja sempre vai considerar a vida sexual a partir de sua beleza criativa e unitiva, como manifestação de amor entre homem e mulher unidos, numa só carne, pelo matrimônio. Fora da perspectiva matrimonial, a sexualidade não tem sentido, não tem beleza.
Quando o Papa afirma que o uso de preservativos entre pessoas promíscuas é um primeiro sinal de responsabilidade, ele não quer endossar a prática. Ele apenas compreende que o uso de preservativos pode ser, de alguma forma, moral.
Um roubo, por exemplo, é sempre imoral, mas imaginemos a seguinte situação. Uma quadrilha entra numa casa, rende os moradores, e inicia uma série de roubos
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Se assaltos a residências fossem costumes que boa parte da sociedade compreendesse como “válidos”, a Igreja, naturalmente, discordaria. Ainda que argumentassem que os roubos evitam que as pessoas tenham fome, a Igreja viria algo de muito errado nestes desvios. Ainda que os roubos fossem legalizados, a Igreja chocaria a sociedade com a sua firmeza contrária à prática.
Mas, ainda que tudo isso fosse socialmente aceito, se perguntassem ao Papa Bento XVI o que a Igreja pensa da conduta de ladrões que preservam relíquias de família, o Sumo Pontífice se utilizaria do argumento de que este cuidado específico dos criminosos deve ser tomado, como primeiro passo de responsabilidade.
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