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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Navegar é preciso?

Por Rafael Carneiro Rocha

Navegar pela internet é uma atividade estimulante. Muitos de nós já passamos, quem sabe, uma dezena ou mais de horas, transitando entre janelas de bate-papo, redes sociais, e-mails, blogs e pesquisas de nossos temas preferidos. Naturalmente, muitos de nós também já nos perguntamos, com alguma dose de culpa, se não perdemos tempo com a internet.

Certa vez, eu cheguei a apresentar para um dos meus confessores o tempo desordenado que consumia na internet. O conselho do padre já era algo que eu tinha em meu coração. Meu tempo livre em casa poderia ser preenchido com outras coisas, como a leitura de um bom livro. De fato, no fim do ano passado, quando tomei a medida simples e drástica de excluir minha conta no orkut, meu tempo "ocioso" passou a ser melhor preenchido. Acho que nunca li tantos livros bons, como li neste ano.

Para corrigir nossas desordens, é preciso que tenhamos objetivos a cumprir. Primeiramente, devemos nos perguntar o que queremos com os recursos da internet. Quando eu me dei conta que a rede social do orkut se tornou algo que roubava o meu tempo com curiosidades desnecessárias, eu desfiz a minha conta.

Para quem cogita excluir redes sociais ou contas de msn, eu sugiro que planeje coisas para se fazer no tempo outrora destinado à internet, assim o pequeno período de "crise de abstinência" será mais suportável. Confesso que senti falta do orkut durante uma semana, mas hoje não existe a menor chance que eu volte a ter uma rede social.

Não sugiro que medidas como exclusões de contas em redes sociais ou em programas de bate-papo sejam as melhores saídas para os fissurados pela internet. Ter uma rede social e uma conta no msn podem ser coisas valiosas para se conhecer pessoas e estreitar laços de amizade. Mas é preciso perguntar o que queremos com a internet. A consciência mais clara de nossas ações impede os vícios.

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