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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Viagem à China: curiosidades e contradições do outro lado do mundo. Parte 2: Shangai e as Aventuras

Por Elaine Sobral da Costa

Aventureiros, tomamos o metrô em Shangai. Além das letras chinesas, havia o nome das estações com letras familiares, como por exemplo, “xiaonanmen”. Estudei o mapa detalhadamente, contei as estações do hotel até o centro e bolei um código assim: as duas primeiras começam com a letra tal, depois vem uma com F e a seguir nossa que começa com X. E assim fomos muito bem a vários lugares, sem entender uma palavra de nada, mas vendo como é a vida real, porque temos certa ojeriza aos ônibus de excursão...

Na volta, entre a estação de metrô que escolhi e o nosso hotel havia um belíssimo viaduto, impossível de se atravessar! Vi, em um posto de gasolina, um senhor muito bem vestido, com cara de executivo abastecendo seu carro. Pensei, esse fala inglês com certeza! Fui com meu mapinha em punho perguntar... É claro que o sujeito não entendia uma palavra do que dizia, mas percebeu que estávamos perdidos e reconheceu em algum momento o nome do hotel... Então, abriu a porta do carro e fez sinal pra que entrássemos. Eu, carioca da gema, fiquei em pânico de pegar carona, que essas coisas por aqui são arriscadas demais. Mas meu marido disse: “ele não vai te assaltar nem estuprar que eu não deixo, entra aí!”. E o sujeito foi tentando puxar conversa em chinês... De novo o sexto sentido do maridão entendeu que o cara perguntava de onde éramos, e respondeu Brasil com todas as entonações que ele conhecia, mas o sujeito não entendeu. Aí, eu comecei a dizer coisas desconexas: “- samba, football, Pelé”. O sujeito localizou imediatamente o país: “Baxi”!!!! E começou a falar algo que se entremeava com o nome de vários jogadores de futebol brasileiríssimos. E nós aprendemos a dizer Brasil em chinês: Baxi. Enfim de volta ao hotel, sãos e salvos, jantamos ali por perto.

Diga-se de passagem, comemos sempre bem, não sei se demos sorte, ou se é sempre assim. Comidas muito diferentes é verdade. Na foto 5, temos uma carne de porco assada no bambu, tâmaras recheadas de arroz, uma boa cervejinha chinesa e um bule de chá (esse quase que vem queiras ou não acompanhando a comida). Parece que o hábito do chá, uma bebida quente durante a refeição, faz com que eles muitas vezes sirvam a cerveja ou até a coca-cola à temperatura ambiente, ou seja, quente! E haja mímica pra explicar que você queria uma gelada.

Na foto 6, um lindo restaurante chamado “Dynasty”. Um conselho: evite verduras cruas e frutas de casca fina. Porque em Shangai as verduras ficam em exposição diretamente no chão, isso mesmo, não rola nem um paninho entre a alface e a calçada da rua.

No comércio informal outra surpresa, você tem que negociar os preços, o valor pode diminuir um zero à direita. Eles usam a calculadora pra te propor um valor. Você faz cara de que não gostou, e eles te oferecem a calculadora pra pôr outro valor, e assim vai até convergir pra alguma coisa que você não sabe se é o justo preço. Pra mim impossível, mas meu marido se divertiu muitíssimo.

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