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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Elegância à mesa e fora dela 2 - Elegância no Convívio Social

Por Maria Teresa Serman

Li recentemente, em um site que costumo acessar por ser muito bom, um trecho, parte de um texto maior sobre educação, que reproduzo a seguir, e que servirá de tema para a "elegância" de hoje.

"A própria etimologia do termo (educação) enfatiza a necessidade que o ser humano tem da educação como parte essencial de seu aperfeiçoamento. Educar vem do latim “ducere”, que significa “guiar”.

O homem precisa ser guiado por outros para aperfeiçoar suas faculdades. Também provém de “educere”, que significa “extrair”.

Precisamente, a tarefa específica da educação é “extrair o melhor eu” da cada um, desenvolver todas as capacidades da pessoa. As duas facetas – guiar e desenvolver – constituem como que o fundamento da tarefa educativa."

Resume tudo que nos pode interessar sobre o próprio assunto central e neste de hoje. As pessoas não nascem educadas, são levadas a isso - guiadas, conduzidas. E o processo só é bem sucedido se amavelmente se extrai delas o que têm de melhor. O educador deve ser um ourives habilidoso para fazer refulgir a pedra preciosa que se oculta sob a
"canga impura", como disse o poeta Olavo Bilac.

Esse burilar do caráter precisa ser aprimorado ao longo da vida: ninguém pode parar de se educar, ou desistir, achando que é assim, e daí? No convívio social, nos lugares que frequentamos em geral, cedo se percebe se os pais foram bem sucedidos e quanto empenho colocaram em cumprir sua missão. Porque no adulto sociável está presente a criança que foi educada com amor e cuidado. É aquele ou aquela que sabe pedir licença; pedir por favor ou por gentileza; agradecer; se desculpar; não furar a fila; não empurrar ou usar de influência, pessoal ou de conhecido, para se dar bem. E cada um pode aperfeiçoar-se, analisando com valentia como está se comportando.

O ser social que não enxerga no próximo um obstáculo a ser vencido, física ou metaforicamente não é uma utopia, só um ideal exequível. As pessoas têm desenvolvido um perigoso espírito competitivo e nada civilizado de andar trombando propositalmente, num "bullying" constante pelas ruas e espaços, brandindo bolsas, sacolas e mochilas como assassinos em potencial. E usando as palavras e os gestos como armas letais também.

Como é bom conviver, ou mesmo ter a sorte de estar na mesma fila ou no mesmo ambiente, com humanos benevolentes e fraternos, que enxergam em você e nos demais os seus semelhantes! O ar fica mais leve e a vida mais agradável quando compreendemos o jeito dos outros, percebemos seu cansaço e procuramos melhorar o seu momento, nem que seja oferecendo-lhes um sorriso e uma ajuda. Não é difícil, mas é o supra sumo da elegância.

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