Por Maria Teresa Serman
Li recentemente, em um site que costumo acessar por ser muito bom, um trecho, parte de um texto maior sobre educação, que reproduzo a seguir, e que servirá de tema para a "elegância" de hoje.
"A própria etimologia do termo (educação) enfatiza a necessidade que o ser humano tem da educação como parte essencial de seu aperfeiçoamento. Educar vem do latim “ducere”, que significa “guiar”.
O homem precisa ser guiado por outros para aperfeiçoar suas faculdades. Também provém de “educere”, que significa “extrair”.
Precisamente, a tarefa específica da educação é “extrair o melhor eu” da cada um, desenvolver todas as capacidades da pessoa. As duas facetas – guiar e desenvolver – constituem como que o fundamento da tarefa educativa."
Resume tudo que nos pode interessar sobre o próprio assunto central e neste de hoje. As pessoas não nascem educadas, são levadas a isso - guiadas, conduzidas. E o processo só é bem sucedido se amavelmente se extrai delas o que têm de melhor. O educador deve ser um ourives habilidoso para fazer refulgir a pedra preciosa que se oculta sob a
"canga impura", como disse o poeta Olavo Bilac.
Esse burilar do caráter precisa ser aprimorado ao longo da vida: ninguém pode parar de se educar, ou desistir, achando que é assim, e daí? No convívio social, nos lugares que frequentamos em geral, cedo se percebe se os pais foram bem sucedidos e quanto empenho colocaram em cumprir sua missão. Porque no adulto sociável está presente a criança que foi educada com amor e cuidado. É aquele ou aquela que sabe pedir licença; pedir por favor ou por gentileza; agradecer; se desculpar; não furar a fila; não empurrar ou usar de influência, pessoal ou de conhecido, para se dar bem. E cada um pode aperfeiçoar-se, analisando com valentia como está se comportando.
O ser social que não enxerga no próximo um obstáculo a ser vencido, física ou metaforicamente não é uma utopia, só um ideal exequível. As pessoas têm desenvolvido um perigoso espírito competitivo e nada civilizado de andar trombando propositalmente, num "bullying" constante pelas ruas e espaços, brandindo bolsas, sacolas e mochilas como assassinos em potencial. E usando as palavras e os gestos como armas letais também.
Como é bom conviver, ou mesmo ter a sorte de estar na mesma fila ou no mesmo ambiente, com humanos benevolentes e fraternos, que enxergam em você e nos demais os seus semelhantes! O ar fica mais leve e a vida mais agradável quando compreendemos o jeito dos outros, percebemos seu cansaço e procuramos melhorar o seu momento, nem que seja oferecendo-lhes um sorriso e uma ajuda. Não é difícil, mas é o supra sumo da elegância.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
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