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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Sou peça de museu?

Pronto! Declaradamente posso ser arquivada e posta num museu: a última das filhas, a caçula não precisa mais de mim. Já pode ir e vir sozinha, a pé, de ônibus ou metro. Por mais que eu relutasse este momento chegou, não da mais pra negar essa evidência, ela cresceu e já pode seguir sozinha.

Não é verdade que uma mãe fique obsoleta porque seus filhos cresceram e já caminham com seus próprios pés. Nos mães vamos ser sempre necessárias para nossos filhos, o nosso trabalho pode diminuir muito, mas os nossos cuidados, carinhos e preocupações não vão terminar nunca.

Eu comecei a pensar em curtir essa calmaria de não ter que sair cedinho toda manhã para levar filhos nas escolas, passei a imaginar o que fazer de novo para ocupar o tempo, sem que todos percebam essa sobre de tempo, pois logo arrumarão tarefas para mim.

Com certeza o mais velho chegará com suas ideias mirabolantes: “mãe que tal fazer um curso de Design Gráfico”, ou “você poderia entrar para faculdade de gastronomia” ou “que tal viajar para o México, Cancun?"

Outra logo dirá: “mãe você agora poderia me levar e buscar na faculdade, esta sem o que fazer mesmo". Depois virá um e pedirá o carro emprestado, porque ficará sem uso na garagem. Terei aquela que dirá: "agora aproveite o tempo e cuide-se”, "quem sabe começa a fazer umas caminhadas?”.

Cada um a seu modo mostrará sua preocupação de eu não ficar sem uma função, e deixará claro que preciso me mexer e a função de mãe não termina nunca.

Precisamos lembrar de que este é o momento de aumentar o carinho com o marido, buscar atividades conjuntas para aumentar a união com o casal. Quanta coisa boa podemos fazer quando nos sobra tempo e quando nos sentimos desnecessárias. Basta olhar a volta de nós, com olhos de servir que logo as ideias vão borbulhar.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O que você mais deseja?

Por Carol Balan

Outro dia estava pensando sobre isso, qual é a coisa que eu mais quero. Essa é uma pergunta muito difícil, porque é uma opção só. O gênio, oferece três pedidos a quem esfrega a lâmpada, já deixa todos em dúvida e são três opções! Pensar em uma só se torna quase uma odisseia!

Por isso, comecei a divagar, pensando em qual seria a coisa mais importante que eu poderia desejar. O que primeiro veio à minha mente foi ver os filhos crescerem. Apesar de ser algo meio que depressivo (ninguém quer ver o tempo passar!), não vejo felicidade maior do que ver que os filhos cresceram e se tornaram pessoas de bom caráter e felizes! Estou longe disso ainda, mas imagino que deve ser uma felicidade muito grande. Ainda assim, não é o que o mais desejo, apesar de ser algo que luto diariamente para conquistar.
Passei a pensar em coisas mais materiais: uma casa. A casa ideal para mim precisa ser espaçosa, clara, um jardim bonito. Um lugar onde caibam meus sonhos, onde minha família seja muito feliz. Apesar de ser algo que eu deseje muito, não acho que seja o que mais desejo no mundo.

E fui passando pelos mais variados itens até que percebi que o que é mais importante e que nos leva a conseguir tudo o mais é a sabedoria. A sabedoria é algo que conquistamos (assim como os demais itens!) mas que conquistamos todos os dias, através do convívio com as pessoas, das nossas leituras, lições de vida. Tanto Aristóteles como a senhorinha na fila da padaria podem nos fornecer um pouco mais de sabedoria. Não podemos dizer: “hoje me tornarei mais sábio”, porque a sabedoria vem aos poucos, tanto quando a buscamos, quando nem pensamos que poderemos adquiri-la. É algo que nunca teremos em sua totalidade, mas a cada dia podemos conquistar um pouco mais.

E você, qual é a coisa mais importante que você deseja?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Meu segredo: Como fazer bolo – parte 2


No texto anterior passei alguns dos meus segredos para fazer um bolo bem fácil e que fica muito fofo e gostoso. Agora vou falar sobre como mudar os sabores e conseguir, com a mesma receita, preparar vários bolos diferentes!

Para isso, precisamos prestar atenção aos ingredientes. A base do bolo é: ovo, farinha, açúcar, fermento, um líquido e uma gordura. Os quatro primeiros ingredientes não mudamos (pode-se colocar açúcar mascavo ou farinha integral, mas melhor não mudar o ingrediente em si). Porém, ao mudar o líquido e a gordura e também acrescentar mais algum ingrediente, garantimos uma variedade muito grande de opções de sabores. Para substituir o leite você pode usar suco, iogurte, leite de coco. Se usar leite de coco, não precisa acrescentar gordura. Se não tiver manteiga, pode colocar creme de leite ou óleo de coco.

Como estamos falando de bolo, não existe uma medida exata porque não precisa dar ponto. Se passar um pouco a mais de farinha ou de líquido, o bolo provavelmente vai dar certo do mesmo jeito (a menos que você coloque o dobro de algum ingrediente, o que pode, sim, fazer a massa desandar!).

Para mudar o sabor, pode acrescentar: chocolate em pó, chocolate granulado, coco ralado, raspas de limão.


A ordem para esses ingredientes é  a mesma dos outros que estão substituindo. Por exemplo, se usar suco de laranja no lugar do leite, coloque intercalando com a farinha (nesse caso, a manteiga precisa estar em temperatura ambiente). Os ingredientes extras (chocolate, raspas de limão) são colocados logo após a farinha intercalada com o líquido e antes do fermento.

Alguns exemplos de substituições:

Bolo de laranja: substitua o leite por suco de laranja. Pode substituir a manteiga por óleo (coloque duas colheres de óleo de girassol, por exemplo) ou deixar a manteiga em temperatura ambiente antes de usar.

Bolo de chocolate: acrescente meia xícara de chocolate em pó (prefiro os que tem mais cacau em lugar dos achocolatados, mas se só tiver achocolatado, também dá certo!). Coloque logo após a farinha e o leite e antes do fermento.

Bolo mármore: termine a massa branca e despeje pouco mais da metade na assadeira e reserve o restante. Misture ¼ de xícara de chocolate em pó à massa que ficou reservada, despeje por cima da massa branca e passe levemente um garfo para misturar um pouco as duas massas.

Bolo de coco: substitua o leite e a manteiga por leite de coco (uma garrafinha substitui uma xícara de leite). Antes de colocar o fermento, coloque um pacote pequeno de coco ralado e misture.

Bolo formigueiro: após colocar o leite e a manteiga, coloque meia xícara de chocolate granulado e meio pacote de coco ralado. Também pode substituir o leite e a manteiga por leite de coco.

Bolo de abacaxi: unte a assadeira, coloque uma camada fina de açúcar (o açúcar mais gostoso para isso é o demerara, mas pode utilizar o que tiver em casa) e espalhe fatias de abacaxi no fundo da assadeira. Faça a massa branca simples, coloque na assadeira e leve para assar.

Bolo com frutas: faça a massa base, coloque pedaços de frutas ou frutas desidratadas ou frutas secas. Exemplos: morangos picados, banana em rodelas, passas, nozes, amêndoas. Antes de colocar na massa, coloque as frutas em uma vasilha e misture um pouco de farinha, para que elas não desçam todas para o fundo da assadeira.
Também gosto bastante é untar a assadeira inteira (prefiro a de furo no meio para isso) com manteiga e colocar uma camada de açúcar demerara. Uso aquela massa base para bolo e, depois de pronto, fica uma camada crocante em volta do bolo todo.

Outra cobertura bem simples: açúcar de confeiteiro (se não tiver, usa o refinado, mas não fica tão bonito) e limão ou laranja. É só misturar 1 xícara de açúcar para ¼ de xícara de suco de limão ou laranja. Vá acrescentando o suco aos poucos e mexendo para sentir a consistência. Depois é só colocar por cima do bolo e deixar escorrer sem se preocupar muito com o formato! A cobertura fica bem sequinha, tem sabor forte (especialmente a de limão) e combina bem com bolo neutro.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Como superar certas adversidades da vida.

Por Viviane Canello

Todos temos muitas histórias e memórias. Umas boas outras nem tanto. Como lidar com elas?  Depende? Encolher-me? Esquecer e seguir, como se não houvesse nada?

Essas são indagações que nos fazemos, sempre que temos grandes dificuldades na vida. E a partir delas vamos deixar nossas vidas melhores ou piores do que estão.

Cada um de nós precisa pensar que “sou eu que tenho que lutar contra o que não me faz bem”. Uma decepção amorosa, o luto de um ente querido muito próximo, ou uma enfermidade, ou até mesmo uma grande falta de dinheiro, Cada um sabe bem onde aperta seu calo.

Ter espiritualidade, ser religioso é fantástico e nos fundamenta, nos conduz ao sentido de nossa existência.Mas, além disso precisamos lutar. Lutar contra nossos medos, nossos problemas e nossas dificuldades. Fomos criados para o bem, e por isso essa decisão é importante: buscar sempre a paz interior.

Devemos nos desafiar, ou melhor, nos encontrarmos como pessoas que somos para lidarmos com as adversidades da vida. Fazer um bom exame de consciência e ver por onde começar, por que pontos lutar para sair desse redemoinho de problemas ou de tristezas.

Se algo de muito terrível me atingiu e também a minha família, preciso reorganizar os pensamentos primeiro. O que significa parar para planejar: como será deste ponto em diante,  e o que realmente preciso para ser uma pessoa feliz e realizada,  e com pequenos pontos bem determinados, ir reerguendo minha vida. Assim,  por consequência, fazendo  os meus felizes também.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Gentileza ao servir um doente

Quando estamos adoentados acabamos ficando mais sensíveis e um pouco enjoados. Pela dor que não passa, pelo mal estar em si.  Isso nos faz pensar em minimizar o sofrimento dos nossos ente queridos, e fazer pequenos mimos para alegrá-los e deixá-los mais confortáveis. Principalmente dentro da família quando temos alguém adoecido, precisando dos nossos cuidados.

Um detalhe importante é cuidar mais das refeições do nosso doentinho, não é porque esta enfermo que comerá um almoço sem cor, sem cheiro e sem sabor.

Vamos pensar com carinho desde a comida até a forma como iremos servi-la.  Seguem algumas ideias:

1 - usar todos os temperos culinários que sejam permitidos , porque darão mais sabor a dieta do paciente.

2- arrumar a comida em forminhas e virar no prato formando um conjunto mais harmonioso.

3- servir numa bandeja com uma toalhinha bordada, e guardanapo de papel com dobraduras diferentes.

4- comprar canudinhos coloridos e assim poder ir variando a cada dia.

5 -  colocar uma jarrinha com flor enfeitando a bandeja.

6 - fazer sobremesas em potes individuais, porque ficam mais arrumadinhas e animam o dodói a comer tudo.

7 - gelatinas coloridas quase sempre são permitidas nas dietas. Usem e abusem dela, variando com frutas picadinhas por cima.

8 - sucos podem ser enfeitados com cubinhos congelados de frutas diferentes.

9 - fazer picolés de frutas. Feitos em casa não terão conservantes e serão uma ótima opção de sobremesa para o doente que estiver com enjoos.

10 - aproveitar  as refeições e sentar ao lado do acamado, fazendo uma leitura ou entabular uma conversa sobre coisas amenas e alegres.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Almoço de domingo: Frango na panela e macarronada

Por Carol Balan

Uma vez fizemos uma festa junina aqui em casa, só para a família. No meio da conversa, começamos a falar sobre pratos típicos e eu disse que cachorro quente, com certeza, não deveria ser prato típico de festa junina (ainda que esteja sempre presente e todos amem!). Perguntei então para os meus avós, que moraram em sítio quando pequenos, o que era servido nas festas na roça, principalmente nos casamentos, porque festa junina sempre tem um casamento! Meu avô me deu a resposta mais inesperada: ele disse que era muito comum servirem macarronada e frango! Eu, com toda certeza, não serviria macarronada e frango em um casamento; porém, para o almoço de domingo, acho que é uma combinação perfeita!

Essa receita de frango minha mãe faz desde que eu era pequena e é ótima para acompanhar macarronada ou polenta.


Frango na panela

1 frango inteiro cortado à passarinho
1 cebola grande
5 dentes de alho
Azeite ou óleo
Pimenta, cheiro verde, sal

Em uma panela grande, aqueça o azeite ou óleo, coloque metade da cebola picada, espere começar a ficar transparente e acrescente o alho também picadinho; deixe dourar. Coloque o frango e os temperos e misture bem, vá mexendo de vez quando, para que doure por completo. Enquanto isso, corte em rodelas finas a outra metade da cebola. Quando o frango estiver grudando no fundo da panela, coloque a cebola em rodelas, mexa bem e coloque meio copo de água, tampe e deixe cozinhar por 5 minutos para pegar bem o sabor. Se ainda tiver água, destampe a panela e deixe secar, para que forme um caldo grosso.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Caça ao tesouro


Esses dias, buscando os filhos no colégio, conversei com outra mãe sobre o “raciocínio lógico” das nossas crianças. Falávamos que nem sempre é fácil “decodificar” o que eles querem dizer – e que acreditam ser tão óbvio – e embarcar na imaginação fantástica – e fertilíssima! – que possuem! Mas, sem dúvida alguma, tentar descobrir o “enigma” e desvendar o “mistério” é uma diversão sem igual – que só os fortes entendem! Entrar e viajar no mundo mágico deles não tem preço, mas requer empenho! É como uma caça ao tesouro: a recompensa vale o caminho percorrido. Também, não deixa de ser um desafio pessoal para as mães, pois acaba sendo uma prova do quanto conhecemos os nossos filhos e estamos – de fato – presentes na vida deles.

O papo descontraído me fez lembrar de diversas situações do tipo, vividas com os meus meninos. Entre elas, uma do André – que recebeu muitos elogios da pedagoga da escola, pela associação que fez –, meu filho mais velho, que conto a seguir.

Ele tinha cerca de 2 anos e meio, e gostava muito de assistir ao desenho da Disney, “Branca de Neve e os sete anões”, especialmente a parte que os homenzinhos cantam a música “Eu vou”. O André estava começando a desenrolar a fala e, mesmo sem conseguir pronunciar corretamente as palavras, tentava nomear todos os anõezinhos. O seu preferido era o Atchim, que ele dizia “Apím”. Apím também era o som que ele fazia quando fingia que estava espirrando, só para nos ouvir dizer “saúde”. E, claro, ele também dizia o mesmo quando espirrávamos, mas da sua maneira: “úde”! Nessa mesma época, ele também ficou fã do “Toy Story” e, mais ainda, do xerife Woody, um dos principais personagens do longa.

Certo dia, na hora do “cineminha” da tarde, perguntei-lhe o que gostaria de assistir. “Apím”, respondeu prontamente! Fiz o que – acreditava – que ele havia pedido e coloquei o DVD da “Branca de Neve e os sete anões”. Imediatamente, o André reclamou e enfatizou: “Eu qué o Apím”! Foi quando a “caça ao tesouro” começou! Eu estava certa que “Apím” era o anão Atchim e que, portanto, o desenho escolhido seria aquele que eu tinha selecionado. Mas não! E ele continuava insistindo que queria o tal de “Apím”! Pensei e repensei, pedi para ele repetir várias vezes o nome do filme, para me certificar se havia entendido direito. E, sim, ele realmente queria o “Apím”! Mas, afinal de contas, o quê ou quem era esse “Apím”?!

Quando a situação já estava ficando tensa, de repente, senti que estava avistando o “tesouro” e desvendando o mistério! Como num passe de mágica, consegui entrar na imaginação do meu pequeno e fazer o seu “raciocínio lógico”! O que ele queria parecia bastante claro, agora. Não falei nada, conectei o notebook na TV e coloquei “Toy Story” (que havia baixado da internet, pois não tínhamos o DVD). Então, achei o tesouro: um lindo sorriso de satisfação! E pronto! Caso encerrado!
O quê? Vai dizer que ainda não conseguiu entender?! Pois vou refazer o caminho e tentar explicar o que era tão “óbvio” na cabecinha dele. Acompanha aí o raciocínio.

Para o André, “Woody” (o xerife do “Toy Story”) e “úde” (saúde) –, são a mesma coisa, pois tem a pronúncia muito parecida. Como “úde” é, digamos, a resposta que damos para quem espirra, logo – para o André – o primeiro e principal nome do Woody é “Apím” (que seria atchim, um espirro). Ou seja, de acordo com o meu filho, o nome do xerife seria: Atchim Woody. E, na sua pronúncia, “Apím Úde”!

Entendeu agora? Estava na cara, né?! (Risos).

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Quando eu digo que não, mas no fundo eu deveria dizer sim.

*Por Viviane Canello

Certa vez, devido a uma perda muito grande na minha vida, que me tirou totalmente o chão de baixo de meus pés, tive uma reação inesperada,  melhor dizendo, fiquei em estado de choque.

Pois bem, após um trauma, uma decepção muito grande, o luto, isso é possível acontecer.  Neste momento começamos a nos perguntar: “meu Deus e agora?” Mas se estamos em choque, muitas vezes não aceitamos o acontecido, ou não assimilamos. Ficamos, por assim dizer, fora da realidade, vivendo um pesadelo constante. No meu caso o luto me deixou deste modo, perdi totalmente as expectativas sobre mim; só vivia numa melancolia, numa tristeza sem fim.

Podemos nos perguntar: luto tem prazo de validade determinado? Tempo de duração?  - Não, jamais, cada um tem o seu tempo. Pode durar um ou dois anos, como pode durar cinco, dez anos, como pode durar para sempre. Depende de cada um e de suas expectativas de vida, tanto para si quanto para quem vive ao nosso redor e dependem de nós e das nossas reações, para poder seguir a vida.


Como então faremos? Vamos passar a vida se lamentando? - Não, mas vamos descobrir, assim espero, num determinado momento,  que precisamos de ajuda, para sair desta situação que tanto nos prejudica e nos maltrata.

Mais uma vez entra a percepção de que eu não resolvo tudo sozinho, preciso de ajuda. Aonde vou encontrá-la? - Aconselho em 100% dos casos um bom psicólogo.  Porque ele estudou para isso, e está preparado para nos orientar, nos ajudar a encontrarmos soluções, com eles desabafamos e falamos do que nos angustia. Parece até que aquilo que dimensionávamos com irredutível, se dissolve.

É claro que serei eu a resolver o meu problema, a sair da inércia que fiquei. Mas, quem me auxilia e orienta, é o profissional que escolhemos com cuidado, que tenha estudado muito bem o assunto, para então poder nos ajudar. Devemos nos dar esta chance, buscar qualidade de vida. Vale a muito pena procurar essa ajuda, que sem dúvida alguma fará    toda a diferença para sejamos mais felizes e realizados em busca de nossos objetivos.

*  Viviane Canello Strapasson - Católica, mãe de um lindo menino, viúva, formação em pedagogia, servidora pública por um tempo, micro empresária, dona de casa.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Meu segredo: Como fazer bolo

Por Carol Balan

Não gosto quando ouço alguém dizer que não sabe fazer bolo!! Na verdade não me conformo com isso: acredito que toda pessoa possa ser capaz de fazer bolo, sim!! Vou compartilhar alguns dos meus macetes para fazer um bolo bem fofinho, bem rápido, bem simples e, o mais importante, bem gostoso!!

Apesar de sempre procurar novas receitas de bolo, essa massa básica de pão de ló é a minha preferida, e muito simples de fazer; aquela receita que sei de cabeça e que faço sempre que preciso que o bolo que fique pronto rápido.

O que você precisa - Ingredientes: ovo, açúcar, leite, manteiga, farinha, fermento. Utensílios: batedeira, fouet (o batedor de bolo), assadeira untada (coloque um pouco de óleo ou manteiga  no fundo da assadeira e espalhe com papel toalha ou pincel, coloque um pouco de farinha e espalhe bem), copos e colheres de medidas, peneira (se quiser peneirar a farinha).

As medidas dos ingredientes são muito simples: 4 : 2 : 1, ou seja: quatro ovos para duas xícaras de farinha e duas de açúcar para um copo de leite, uma colher de manteiga (pode caprichar na manteiga) e uma colher de fermento. Com essas medidas é possível decorar a receita muito rápido! Assim você já ganha um bom tempo no preparo!

Para fazer o bolo  é muito fácil: coloque na batedeira os quatro ovos inteiros (nada de separar claras em neve para esse bolo, estamos com pressa!!) e as duas xícaras de açúcar (se não quiser pesar na consciência, pode diminuir um pouco e colocar uma xícara e meia, eu faço isso às vezes!). Bata na velocidade alta. Enquanto a batedeira trabalha, vá adiantando os demais passos: separe todos os ingredientes (ou faça isso antes de começar, para não faltar nada!), unte a assadeira, coloque o leite para esquentar. Aqui tem mais uma dica: coloque a manteiga (ou margarina) junto com o leite. O leite não pode ficar muito quente, você pode colocar o dedo, para testar se já está morno ou, assim que a manteiga começar a derreter, você pode apagar o fogo que até o momento de usar, a manteiga terá derretido completamente e o leite estará em temperatura adequada para usar.

Desligue a batedeira quando o ovo e o açúcar dobrarem de tamanho, formando uma massa fofa e clarinha, se achar que ainda não cresceu bastante, pode deixar bater mais um pouco. Quanto mais bater, mais a massa fica aerada.

Terminada essa etapa, a batedeira não será mais utilizada, a partir daqui, só vamos bater o bolo usando o fuet. Pode ser uma colher de pau ou uma espátula, mas o fouet é bem melhor: com ele conseguimos misturar os ingredientes com muito mais facilidade, o que deixa o bolo mais fofo.

Na segunda etapa, vamos acrescentar, intercalando, a farinha e o leite com a manteiga. Se quiser peneirar a farinha o resultado é ainda melhor. Coloque um tanto de farinha, um tanto de leite e misture delicadamente. Não tem muita medida para isso, você vai colocar a farinha e o leite e misturar, faça isso em duas ou três vezes. Quando estiver bem misturado, a massa ainda deve ter mantido aquela textura de quando terminou de bater os ovos. A última etapa é acrescentar o fermento e a dica aqui é mexer o mínimo possível, bem devagar, só para misturar à massa. O ideal é misturar apenas algumas vezes, quanto menos mexer, melhor.

Coloque o bolo na assadeira e leve ao forno médio por aproximadamente 30 a 40 minutos. Não abra o forno durante o tempo de assar. Para saber se o bolo está pronto, espete um palito de dente, se sair limpo, pode apagar o fogo. Eu prefiro deixar esfriar no forno, com a porta semi aberta, para não correr risco de tomar corrente de ar e o bolo baixar.

Nunca fez bolo ou não acerta? Tenta esse e vem me contar como ficou! Se não der certo, não desista a primeira, tenho certeza que você também vai conseguir um bolo fofo e delicioso!

No próximo texto, vou dar dicas para mudar o sabor do bolo.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Quarenta tons de Cinzas

 

Todo ano, na quarta-feira após o Carnaval, os Católicos vivem a chamada “Quarta-feira de Cinzas”, na qual, se maiores de idade e sem impedimento médico, fazem jejum e abstinência de carne. Diversas vezes já tive que explicar aos amigos e parentes, estando em casa de praia (tínhamos ido para o Carnaval e íamos estender o feriado até domingo), o porque dessa prática.

A quarta-feira de Cinzas marca o início da Quaresma – 40 dias - tempo litúrgico de reflexão, penitência e conversão para os católicos, em que nos lembramos da nossa condição de mortais (“lembra-te que és pó…e ao pó voltarás”) e nos voltamos para as coisas espirituais, reforçando a ascese, a disciplina, nos abstendo de prazeres supérfluos e podando nossos defeitos, tentando viver as virtudes…

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Porque é que o barro e a cinza se orgulham, pergunta o Sábio (Eccli 10, 8). Todos os homens, diz ainda, são apenas terra e cinza (17, 31). Os povos, depois de um rápido brilho, são como um amontoado de cinza depois do incêndio, diz Isaías (33, 12).

A nossa vida desaparecerá como se extingue uma faúlha, diz o Sábio, e o nosso corpo cairá feito em cinzas (Sab 2, 3).

Abraão dizia: «Ousarei falar a Deus, eu que não sou senão cinza e pó?» (Gen 18, 27).

Já no Antigo Testamento os homens cobriam se de cinzas para exprimir sua dor e humilhação, como se pode ler no livro de Jó. Nos primeiros séculos da Igreja os penitentes públicos apresentavam-se nesse dia ao bispo ou penitenciário: pediam perdão revestidos de um saco, e como sinal de sua contrição cobriam a cabeça de cinzas. Mas como todos os homens são pecadores, diz santo Agostinho, essa cerimônia estendeu-se a todos os fiéis, para lhes recordar o preceito da penitência. Não havia exceção alguma: pontífices, bispos, sacerdotes, reis, almas inocentes, todos se submetiam a essa humilhante expressão de arrependimento. (Adaptado de Quarta-Feira de Cinzas, em Meditações para todos os dias do ano. Pe. Luís Bronchain CSSR, Petrópolis, Editora Vozes, 1949 - 2ª edição em português, pag. 132-134)

Nesse período de renovação interior, o cristão dispõe de instrumentos úteis para combater o mal, as paixões negativas e os vícios (cf. Mt 6, 1-6.16-18): as obras de caridade (a esmola), a oração e a penitência (o jejum) – três práticas fundamentais valorizadas também pela tradição hebraica, porque contribuem para purificar o homem aos olhos de Deus.

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A cerimônia das cinzas, através do sinal material das cinzas na fronte, me recorda a minha mortalidade, minha fragilidade.

Na quaresma, buscamos intensificar as práticas piedosas (como a Via Sacra, por exemplo), e as obras de caridade. É “turbinar” a vida espiritual para um novo recomeço, com a Páscoa. Deus é bom e nos dá uma nova oportunidade de conversão. Busquemo-Lo enquanto Ele se deixa encontrar (Is 55, 6-7).

A mortificação, busca deliberada do sacrifício e da privação, é um meio e não um fim em si mesma. O que visamos é o fruto espiritual e de conversão que ela traz. Jesus jejuou por quarenta dias no deserto, antes de enfrentar o demônio, e nos ensinou a usar a mortificação como grande arma para combater o mal. Infelizmente, nossa sociedade, que aceita bem o masoquismo (veja-se a grande popularidade do livro e filme “Cinquenta Tons de Cinza”), se escandaliza com a mortificação. Difícil de entender!  Experimente dizer que vai jejuar na quarta-feira de cinzas, ou que vai se desligar das redes sociais por quarenta dias, ou qualquer outra penitência… nossa, acham um absurdo… !! Mas ser cristão é isso, nadar contra a corrente, buscando agradar a Deus e não aos homens.

Importante lembrar, contudo, que a quaresma não é tempo de tristeza, pois, livre de seus males e paixões desordenadas, a alma fica mais leve e feliz. E também, é Jesus mesmo quem diz:

“Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto. Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.” (Mt 6, 16-18)

Uma boa e frutuosa quaresma para nós, para que, mortificando o espírito, ressuscitemos novas criaturas na Páscoa!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Uma boa dica para assistir - "Jogo da Imitação".

Por Patricia Carol Dywer

Hoje assisti ao filme que mais me interessava que foi o "Jogo da Imitação". Adorei!

É tirado de um livro sobre a biografia de Alan Turing, matemático inglês que ajudou os aliados a ganharem a II Guerra Mundial. Concorre a oito prêmios no Oscar: melhor filme, direção, ator (Benedict Cumberbatch), atriz coadjuvante (Keira Knightley), roteiro adaptado, montagem, trilha sonora e desenho de produção.

Após estudar em Cambridge e Princeton, o matemático e prodígio Alan Turing foi chamado para, junto de um grupo de criptógrafos, decifrar um código nazista durante a II GM. Ao chegar à instalação militar secreta Blentchley Park,Turing, rapaz tão tímido quanto arrogante, foi rechaçado pelos colegas. Essa experiência ele já tivera no colégio, pois desde cedo pensava "diferente" dos outros. Sua prepotência aliada à inteligência foi decisiva para que seus chefes o colocassem na posição de líder. Para não perder sua melhor cooperadora no plano secreto, já que ela achava necessário voltar para casa e tentar arranjar um marido, como era desejo de seus pais, ele num ímpeto pediu-a em casamento.

O roteiro, contudo, passa de raspão pela intimidade do biografado para dar ênfase ao seu trabalho, considerado precursor da ciência da computação. Levado em clima de tensão dramática, o filme prende a atenção pelo inesperado desenrolar da história. Na vida real, sua descoberta, decifrar o ENIGMA para os aliados poderem antecipar a vitória na Guerra, ficou escondido pelos governos envolvidos no projeto secretíssimo, até a morte do gênio Turing, aos 42 anos, por suicídio. Então a rainha da Inglaterra deu-lhe uma medalha pela sua participação nessa vitória dos aliados contra Hitler, e revogou a pecha que recaíra sobre ele, devido à sua homossexualidade, que na época da guerra, era considerado "crime hediondo" na Inglaterra.

É indicado para maiores de 12 anos, mas acredito que nessa idade ainda possa ser um pouco sério demais, embora historicamente, seja interessante.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Harmonia nas visitas

Por Camila Lavôr

Quando se tem filhos, visitar alguém traz preocupações que não se encerram na arrumação da bolsa das crianças, com fraldas, lanches e brinquedos; não basta, ademais, estarem todos limpos e cheirosos no carro, a caminho do destino. A casa para qual a família está indo é um ambiente novo e cheio de atrativos para os pequenos, que veem nesta empreitada uma oportunidade de explorar um território desconhecido. Por isso, o cuidado e a atenção têm de ser redobrados, a fim de que acidentes não ocorram e você e seu filhote não se tornem visitas indesejadas.

Tenho a impressão de que, no caso de sermos visitantes recorrentes, é natural que relaxemos e façamos, assim, da casa que nos recebe uma extensão da nossa, deixando os filhos mais à vontade e propensos a badernas. 

Uma coisa que sempre me chamou a atenção, mesmo antes de eu ter filhos, eram as reclamações de avós com relação à bagunça que os netos faziam ao visitá-los; muitas vezes, tratava-se de verdadeiros lamentos, ocasionados pela chegada do final de semana e pelo inevitável encontro com os pequerruchos. Isso ficou gravado em minha memória, e agora que tenho filhos é também uma real preocupação.

Moro relativamente longe dos meus pais, e quando vamos visitá-los costumamos pernoitar e retornar no dia seguinte. Por se tratar de visita um tanto quanto demorada, sempre tive o cuidado de deixar a casa deles da mesma maneira que a encontrei.

Essa é uma tarefa árdua, já que para eles – os avós – os netos têm passe livre para fazer o que bem entenderem, restando a mim e ao pai impor limites às brincadeiras e arrumar o que for bagunçado. Ao mesmo tempo, apesar da permissividade, seria crueldade deixar aos avós a tarefa de arrumar o que está fora do lugar – a eles cabe apenas a deseducação! A minha dica, portanto, é simples e refere-se precisamente à arrumação: assim que o mais velho, que é o rei da bagunça, termina uma brincadeira, eu o convido para me ajudar a recolher os brinquedos e guardá-los nos seus lugares, fazendo disso uma nova brincadeira. Ele também gosta de ajudar quando estou tirando marcas de mão suja, leite e comida dos móveis, e então lhe dou um pedaço de papel e tudo vira diversão. É claro que nem sempre consigo convencer um menininho tão novo a arrumar tanta coisa, mas, mesmo que ele não se junte a mim, a organização não costuma demorar.

Esta foi a técnica que encontrei para não tornar a volta para casa um transtorno para os pais e um alívio para os avós!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

COSTELA NO BAFO - um bom prato

Por Carol Balan

Se você tem uma churrasqueira de assar no bafo, não pode deixar de preparar essa receita maravilhosa! Pesquisei na internet, conversei com meu açougueiro e aprendi os truques para fazer essa delícia!

Peça ao açougueiro uma peça de costela com uma boa camada de carne. Coloque-a em uma folha de papel celofane própria para churrasco e cubra com sal grosso.



Embrulhe a costela, tome cuidado para ficar bem fechado para que o caldo da carne não fique vazando conforme assa.

Coloque a costela embrulhada no papel celofane sobre uma folha de papel alumínio e embrulhe novamente. Coloque assim na churrasqueira.


O ideal é assar entre 6 e 8 horas, eu prefiro deixar 8 horas ou mais. O segredo é assar com fogo bem fraco. No espaço para carvão, coloque uns 3 ou 4 pedaços pequenos de carvão e acenda o fogo. A cada 30 a 60 minutos coloque mais um pedaço de carvão, mantendo o fogo sempre baixo. Se for servir no almoço, a costela deve ser colocada para assar entre 3 e 4 da manhã. Se for para o jantar, coloque para assar por volta das 11 horas. Para saber se a carne já está pronta é só espetar um garfo de churrasco, se sair com facilidade, a carne já está pronta.

Para acompanhar: mandioca cozida, salada de folhas, vinagrete

sábado, 14 de fevereiro de 2015

A experiência de ter dois netos

Por  Olga Lavor

Quando soube da segunda gravidez da minha filha, surgiu aquela expectativa de como seria quando da chegada do segundo neto. O que nós, avós, sentiríamos, já que amamos tanto o primogênito? Amaríamos o segundo com igual intensidade? Muitos talvez respondessem de pronto, que "é lógico que sim”, mas a lógica não é tão clara. De fato, estamos muito preocupados com os sentimentos e com o bem-estar do primeiro neto, com o impacto da chegada do novo bebê sobre ele, que pouco entende da realidade à sua volta, e com o impacto da falta da mãe, que estará às voltas com o recém-nascido.

Passados alguns dias, porém, tudo vira rotina. Logo você começa a ajudar a filha com o novo membro da família – às vezes ajudando a colocá-lo para dormir, às vezes tentando aliviar algum desconforto; por vezes, até mesmo fica com o bebezinho para que a mãe possa descansar. Nestes breves momentos, o amor vai aflorando, aflorando e, quando vamos ver, já estamos amando e achando o novo netinho a coisa mais fofa do mundo!

Vejo, também, como é importante a ajuda das avós com o filho mais velho, possibilitando que a mãe fique totalmente livre para cuidar desse pequenino que requer muitos cuidados – de modo especial porque o irmão maior vai estar muito curioso com a presença do caçula, e, portanto não podemos vacilar na vigília, a fim de evitar qualquer afago mais bruto.

Como regra de convivência, busco não violar a autoridade dos pais e guardar minhas opiniões quando estas não forem solicitadas, evitando possíveis atritos (principalmente porque, neste período, os hormônios da filha estão ainda alterados. Isso, cumulado com o cansaço extremo e as noites mal dormidas, pode ser uma bomba relógio).

Fico muito feliz em poder dar mais uma vez este apoio para a minha filha. Além de ser uma oportunidade de participar de sua vida e ajudá-la, é também um momento em que testemunhamos a partilha e a renúncia – renúncia, sim!, pois temos de aprender a dividir nosso tempo e abdicar de muitas coisas do cotidiano. O importante, no fim, é todos estarem bem, fazendo a sua parte e compreendendo os limites da intromissão, sempre em respeito à liberdade do outro.

Meus netos são lindos e me alegra muito vê-los crescendo na Graça de Deus!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Aprendendo a lição


Se tem uma coisa que aprendi com os meus filhos, foi a ter muito – muito mesmo – cuidado e cautela com o que dizemos e fazemos. Um dia, tudo pode ser usado contra nós! Mas foi preciso muitos “micos” e “saias justas” para aprender a lição. Pior é saber que é quase impossível conseguirmos evitar situações constrangedoras, quando temos crianças. Afinal, ser mãe é – também – passar vergonha e viver momentos embaraçosos!

Tenho vários exemplos pessoais para contar, daria até um livro de comédia (ou de piada). Mas, como o espaço não permite, escolhi uma – das muitas – do André, o nosso primogênito.

Felipe, meu esposo, sempre teve o costume “carinhoso” de chamar as irmãs de “cabeção”. É num tom de brincadeira e descontração, portanto, ninguém se chateia com isso. No início do namoro, estranhei bastante essa forma de tratamento entre eles, mas, com o tempo, acabei me acostumando. Mesmo assim, ele nunca me chamou dessa maneira. Ou, pelo menos, não durante o namoro. No entanto, depois de um tempo de casados, quando já éramos pais – do André –, essa palavrinha nada delicada começou a ficar comum entre a gente. Também, com um tom leve, descontraído e brincalhão.
Como era de se esperar, quando o André aprendeu a falar, logo pegou o costume. Soava bem engraçado, embora eu sempre pensasse (ou soubesse!) que, cedo ou tarde, isso acabaria nos metendo em “confusão”. O que, de fato, aconteceu!

Eu estava no início da gestação do Pedro, o nosso segundo filho. Felipe, André – que tinha menos de três anos – e eu aguardávamos para fazer o primeiro ultrassom, em uma clínica de imagem. Sentada bem em frente a nós, na recepção, havia uma discreta e simpática senhora, acompanhando um senhor bastante idoso. Logo, ela e o André se entrosaram. Vez ou outra ia até ela, que lhe mostrava uma revista, sorria e conversava baixinho com ele. Estava tudo indo muito bem, até o André resolver elogiar a bondosa senhora! E, entre tantos adjetivos que ele conhecia, adivinhem qual escolheu? Sim! “Cabeção”!

Meu lindo e inocente filho caminhou até nós, virou-se para a nova amiga, apontando em sua direção, e soltou, em alto e bom som: “Mamãe, ela é cabeção”!

Fiquei tão envergonhada, que não soube como reagir. Acabei fingindo que não havia entendido, o que foi péssimo! Isso porque ele repetiu – mais de uma vez –, ainda mais explicado. Se antes existia uma mínima chance de ela não ter compreendido, agora essa possibilidade se dissipara!  Graças a Deus que o meu marido estava presente e tomou a iniciativa de – tentar – remediar a situação. E o coitadinho do André teve que se desculpar, mesmo sem ter feito nada de errado. Afinal, para ele, “cabeção” não tinha uma conotação ruim, já que os próprios pais se tratavam assim, entre sorrisos e beijos.

Depois de tudo, naquele mesmo dia, explicamos que “cabeção” era uma palavrinha nossa, e de mais ninguém, e só poderíamos usá-la em casa. Ele compreendeu e obedeceu. Com o tempo, todos nós acabamos perdendo o costume!

Por ora, aprendemos a lição! Desde então, pensamos duas – mil – vezes antes de escolhermos e colocarmos apelidos uns nos outros!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Ensinando os filhos sobre finanças

Por Carol Balan

Hoje estava lendo um texto do consultor financeiro Gustavo Cerbasi; gosto bastante dos seus textos e livros, e da maneira como ele ensina a lidar com o dinheiro. Nesse artigo ele dá algumas dicas para ensinar os filhos como fazer isso.

Ele afirma que a idade ideal para começar a falar com os filhos sobre dinheiro é por volta dos 3 a 4 anos. Na verdade, nessa idade não iremos ensinar finanças para eles, mas vamos começar a passar a noção de guardar dinheiro. O melhor método para isso é o cofrinho. O engraçado nessa fase é que eles viram verdadeiros caçadores de tesouros: saem procurando moedas pela casa, nas carteiras, para guardar no cofrinho!

Para a mesada ou semanada, ele recomenda que se comece a partir dos 6 ou 7 anos. Aqui em casa o mais velho acaba de completar 7 anos e acredito que esse é o momento ideal para começarmos a dar mesada para ele. Nessa idade eles não ainda não têm ideia do valor real do dinheiro, então acho interessante que comecem a ter seu próprio dinheiro para tentar comprar as coisas e ir percebendo o que cabe naquele valor e o que não cabe.

Outra dica que achei muito importante é cumprir sempre as regras. Ele diz que, muitas vezes, por falta de tempo, de paciência ou só para querer agradar, os pais acabam cedendo e deixando de impor limites. Por isso, é muito importante não gastar além das possibilidades, apenas para agradar os filhos, mas sempre devemos mostrar que, se algo foi combinado, precisa ser cumprido. Permitindo assim que eles comecem a perceber que existem regras para o gasto e que elas precisam ser cumpridas sempre.

Além disso, ele fala que o exemplo dos pais também conta muito. Não adianta tentar ensinar os filhos como cuidar das finanças se nós mesmos não fazemos isso. Controlar os gastos, dar valor para coisas que não tenham valor financeiro, fazer compras conscientes são algumas das maneiras de mostrar aos filhos que o dinheiro tem seu valor, mas que sempre precisamos manter o controle sobre ele.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Pilates para Iniciantes… como eu!

 Quem acompanha o blog de repente já sabe que eu estou levando a sério minhas resoluções de ano-novo, como pode ser visto nestes posts:

Dentro da minha nova proposta de vida #maissaúdeem2015 , procurei o médico para verificar a quantas anda minha saúde e discutir que exercícios deveria fazer. Até então, tudo bem com o coração e o sangue, mas os joelhos… o sobrepeso levou ao desgaste das cartilagens, a uma artrose… eu sempre brinco com o marido que a trilha sonora da minha vida é a música do Rappa: “Se os meus joelhos não doessem mais…” (Pescador de Ilusões)

Fico triste porque isso limita o tipo de exercícios que posso fazer. Só posso fazer os exercícios de baixo impacto. O clínico, então, sugeriu o Pilates. Eu confesso que achava que era uma coisa assim meio alternativa, meio yoga, meio hippie, e achei que não era a minha praia. Mas lembrei que minha mãe havia mencionado ter feito Pilates, no ano passado, e que estava chateada de ter que parar (nem lembro o porquê). Como minha mãe também não é lá muito alternativa, resolvi pesquisar mais e dar uma chance ao Pilates.

Lembrei da linda da Thai Costa, minha amiga virtual – precisamos corrigir isso, hein – que é fisioterapeuta e podia me dar uma luz. Ela super recomendou o Pilates, e até indicou o Studio Fisioarte Pilates.

Bom, fui lá, fiz aula experimental e a-do-rei! Já me matriculei e estou fazendo aulas três vezes na semana! Numa dessas aulas eu perguntei à Priscila, minha professora, sobre a origem do método Pilates, e ela me contou a história do Joseph Pilates, achei um barato! Eu adoro história de superação, pessoas que em vez de ficarem reclamando da vida, começam a mudar a vida!

O Joseph Pilates era alemão, e um menino de saúde frágil, pois tinha asma, raquitismo e febre reumática. O bichinho sofria bullying na mão dos valentões! Encarnavam nele, o chamavam de “Pôncio Pilatos, assassino de Cristo”, sem contar as maldades que faziam com o bichinho! Ele ganhou um livro de anatomia de um médico amigo da família e estudou a fundo! Mais tarde, praticou yoga, meditação, artes marciais (para auto-defesa, certamente), e unindo o que aprendeu com essas práticas e o seu conhecimento de anatomia, desenvolveu o seu método, que logo caiu nas graças de dançarinos de ballet e atores, pela consciência corporal que desperta.

Viveu até os 83 anos, e viveria até mais, se não tivesse falecido após inalar muita fumaça, tentando salvar seu studio de um incêndio. Olha aí uma foto que mostra Pilates aos 57 anos e aos 82 anos:

joseph-pilates-aos-57-e-aos-82

A primeira coisa que a gente aprende quando começa a “pilatear” é que não basta simplesmente repetir os movimentos. Tem que coordenar a respiração, o movimento, concentrar-se em fazer o movimento prescrito da forma correta, ou seja, respiração, corpo, mente, tudo conectado - para que o resultado seja o esperado.

Os aparelhos usam molas, e não pesos. Não há muitas séries nem muitas repetições. Não há pressa, o movimento é executado com ritmo e concentração. O Pilates pode ser praticado por pessoas com limitações físicas como a minha, por gestantes, idosos, por quem tem problemas de coluna, como hérnia de disco… todo mundo pode se beneficiar – até porque o trabalho é individualizado, adaptado às necessidades e lmitações de cada um.

Uma coisa que eu li foi que é muito importante manter um horário fixo para a prática dos exercícios, para não influenciar na resposta da temperatura corporal ou no gasto energético, além de que a pontualidade é uma forma de evitar tensões, ansiedade ou estresse externo – por exemplo, em época de alterações pessoais e/ou profissionais.

Eu estou fazendo Pilates às segundas, quartas e sextas, sempre pela manhã. Estou gostando bastante! Aos poucos, minha mobilidade e agilidade vão melhorando perceptivelmente. Meus colegas de pilates em geral são mais velhos que eu – e muitos também têm um histórico, seja de problemas de coluna, artrite, artrose… e todos me relatam melhora significativa depois que iniciaram o pilates! Dizem que conseguem realizar movimentos e tarefas que não conseguiam antes, que não sentem mais dores, que perderam peso… eu vou chegar lá também!  Olha eu aí:

pilateseu

Agora que você já sabe um pouquinho sobre o Pilates, procura um studio perto de você e vamos pilatear! Não tem contraindicação! Depois me diz o que achou, aí nos comentários!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Gravando ideias


Produtividade é uma das palavras do momento nesse mundo corrido que vivemos. Vira e mexe eu me pego lendo um artigo ou outro sobre “Como ser mais produtivo” ou “X dicas de produtividade”. Algumas dicas são bem fáceis de aplicar no dia a dia. Todas envolvem disciplina. Mas tem uma delas que eu aprendi com uma vilã de desenho, que foi reforçada por alguém que já utiliza a técnica: a Liana, idealizadora deste blog. Vou explicar.

Eu era adolescente quando passava o desenho 101 Dálmatas na TV aberta. E constantemente via a vilã, Cruella De Vil, puxar um gravador e dizer “Só pra não esquecer...” e continuava dizendo o que não podia esquecer de fazer. Como na cena abaixo:


No meu dia a dia, ao fazer as tarefas de casa, muitas vezes tenho ideias que considero geniais para a minha realidade. Antes eu perdia muitos desses insights porque não lembrava exatamente como eu havia pensado naquele momento em que a lâmpada ascende na nossa cabeça. Até que um dia, durante um papo, a Liana me contou que costuma gravar as coisas para não esquecer. Juntando a conversa com a lembrança do desenho, passei a utilizar o gravador para arquivar aquilo que estou pensando no momento. Vários dos textos que já escrevi profissionalmente e também aqui no blog, gravei a ideia primeiro até poder sentar e escrever.

Papel e caneta sempre à mão ajudam muito também. Até porque o exercício de escrever fixa o aprendizado na memória. Mas a gente que tem filho pequeno e vive com as duas mãos ocupadas, nem sempre consegue escrever. O gravador no celular ajuda e muito!

Já vi também alguns cantores famosos, como Roberto Carlos, dizerem que utilizam o gravador para guardar uma letra ou melodia de música naquele momento em que ela surge. Assim, o momento de inspiração não vai embora. E nós, donas de casa, temos vários momentos de inspiração que também não podem ser perdidos.

Por isso, fica a dica: comece a utilizar este serviço a seu favor e não perca mais o momento inspiração!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Uma rede social de livros

Por Pedro Paulo de Magalhães Oliveira Jr.

O consumo de livros, seja em formato eletrônico, seja em papel é algo muito baixo no Brasil. Nos EUA são publicados por ano cerca de 330.000 livros enquanto que no Brasil este número não ultrapassa muito 20.000 novos títulos. No Brasil são raras as bibliotecas públicas em que se pode obter novos lançamentos literários, coisa que é extremamente acessível mesmo nas menores cidades norte americanas.

Diante deste cenário é justo perguntar, quantos livros você leu ano passado? O que você pretende ler agora?

Para ajudar a manter esta contabilidade e descobrir novos autores e coisas interessantes para ler há uma rede social chamada GoodReads (http://goodreads.com), nesta rede você se inscreve com sua conta do Facebook ou Twitter e pode começar a anotar os livros que você leu, dar notas, escrever pequenas resenhas que ajudem outros leitores e a você mesmo.

Existe uma interessante funcionalidade que é acompanhar o que seus amigos estão lendo e o que comentam dos livros que leram, também é possível indicar livros uns para os outros e comparar os gostos literários de duas pessoas. Saber quais são seus autores mais lidos, fazer listas por assuntos, enfim, inúmeras possibilidades numa rede social onde não se discute quem dormiu com quem no Big Brother Brasil, mas literatura, história, arte, tecnologia e cultura.

O Goodreads é excelente também para achar citações, e não poderia terminar sem uma do grande escritor da língua portuguesa  “A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem.” —Nelson Rodrigues.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Pastel de angu – um ótimo petisco para receber amigos

Na última viagem que fizemos a Minas pude saborear esse quitute delicioso, o pastel de angu. Crocante e não deixa nada a desejar aos outros pastéis de massa de farinha de trigo. Gostamos tanto que peguei a receita com uma boa mineira solícita.

Para a Massa:
  • 1 litro de água
  • ½ quilo de fubá
  • 2 colheres (sopa) de óleo de girassol
  • 1 colher (café) de sal
  • 1 ovo
  • ½ copo (americano) de polvilho azedo

Para o Recheio:
  • 2 colheres (sopa) de óleo
  • ½ quilo de carne moída
  • ½  pimentão vermelho picado
  • 2 dentes de alho socados
  • 1 cebola picadinha
  • 1 tomate picadinho sem pele e sem sementes
  • ½ xícara (chá) de salsa picada
  • sal a gosto

Modo de preparo

Para o recheio, refogue pela ordem todos os ingredientes e reserve.

Para a massa, coloque em uma panela a água, o sal e o óleo. Assim que estiver fervendo vá acrescentando o fubá, sempre mexendo rapidamente com uma colher para não embolar. Deixe cozinhar um pouco e, ao tirar do fogo, vire a massa sobre uma pedra. Em seguida, acrescente o polvilho e o ovo. Sove a massa ainda quente, até ficar consistente e homogênea. Depois, enrole a mistura em um pano de prato úmido e deixe na geladeira por uns 30 minutos. Retire e vá fazendo os pastéis.

Para os pastéis: Molde em formato de meia-lua ou abra com o rolo e corte com o cortador e em seguida frite em óleo bem quente. Sirva. Os recheios podem ser variados, de frango desfiado, ou de queijo e até mesmo de camarão. Todos ficarão deliciosos.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Sugestões de filmes – Relato Selvagem e Em busca da perfeição

Por Patrícia Carol Dwyer

1 - RELATOS SELVAGENS: A Direção e também a autoria das seis estórias que compõem o filme são do argentino Damian Szifrón. Foi nomeado para concorrer ao OSCAR de melhor filme estrangeiro.

Todos os seis relatos são muito bons e surpreendentes... Um misto de sustos e risos!
O prólogo já arrebata. Num avião, os passageiros percebem ter algo em comum: todos conhecem um sujeito chamado PASTERNAK. A coincidência vai acabar de forma assustadoramente divertida. A partir daí, os demais relatos trazem a vingança (divertida) como tema... E o humor negro faz a festa!

A recomendação da VEJA é para 14 anos...  eu concordo desta vez, por alguns dos temas serem às vezes mais pesados.


2 -    WHIPLASH - Em Busca da Perfeição.
No drama, Andrew Neiman tem 19 anos e estuda num prestigiado conservatório musical de Nova York. Seu objetivo é virar um profissional da bateria, mesmo que, para isso, tenha que renunciar à vida em família, aos amigos e aos amores.

Não por acaso, seu talento nas baquetas ganha o reconhecimento do professor Terrence Fletcher. Andrew então  passa a integrar a banda de jazz do mestre, composta apenas de estudantes do primeiro time. Se o professor se mostra um carrasco irascível, o aluno parece ter prazer com a extrema rigidez. Tem um final inesperado e de prender o fôlego da plateia, (especialmente, se a gente for "mãe de músico", rs rs rs).

Assim como o jovem protagonista, o diretor Damien Chazelle, prestes a completar 30 anos, tem uma fabulosa capacidade de entrega para o trabalho. Bem aceito no Oscar 2015, Whiplash concorre a cinco categorias: melhor filme, ator coadjuvante (J.K. Simmons), roteiro adaptado, montagem e mixagem de som.  (Recomendam para 12 anos... e eu concordo).