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sábado, 8 de maio de 2010

O que é ser um bom filho?

Por: Maria Teresa Serman

O dia das Mães está chegando. Sabemos que a data foi criada com propósitos comerciais ( o dia dos Pais foi para vender gravatas; o das Mães, um infinidade de coisas! ), o que não nos impede de aproveitar a data para meditar em como nos temos saído como filhos. É, vamos inverter um pouco o ponto de mira e falar dos filhos em relação a suas genitoras. Porque, afinal, só existe mãe porque acontecem filhos. Digo "acontecem", pois aí incluo os não gerados pelo útero, mas pelo coração.

O que faz um bom filho? Colocando melhor, como ele (ela) se comporta para merecer o adjetivo? Ser o substantivo é natural; já ganhar o acréscimo demanda uma prática que deve ir se aperfeiçoando ao longo da vida, nossa e delas. Não é fácil: quando somos adolescentes, ficamos rebeldes; jovens, estamos ainda imaturos para um afeto mais exigente; depois, maduros os filhos, idosos ( ou quase ) os pais, e é difícil passar de cuidados a cuidadores.

"Ninguém te ama como eu" - este trecho de uma música religiosa nos lembra logo o amor de mãe, a que o próprio Jesus Cristo comparou o amor de Deus. E como definir o amor filial? Perto da fonte inesgotável de carinho que brota do coração materno, os filhos estão todo o tempo "correndo atrás do prejuízo", se sentindo em débito, a conta sempre no vermelho. Para aliviar esse sentimento, queremos lembrar a todos os filhos que suas mães são, antes de tudo, filhas. É verdade, não se lembraram disso, filhos em conflito?

O tipo de filhos que somos é inexoravelmente ditado pelo modelo que nos passaram nossos pais, eles próprios como filhos. Há exceções, mas a regra é esta. E assim continua, de geração a geração. A Sagrada Escritura lembra que honrar pai e mãe "apaga uma multidão de pecados". Não é à toa que desta virtude Deus fez o quarto mandamento. S. Josemaria Escrivá chamava-o de "doce preceito".

O que significa honrar? Não é só amar, no sentido de acarinhar; transcente isso. Pressupõe obedecer, respeitar, cuidar, acolher, e manter, se necessário.Se a mãe quer que seus filhos a honrem, honre primeiro os avós deles ( os sogros estão incluidos ). Do mesmo modo, os pequenos aprenderão a respeitar seus progenitores também, e os mais idosos em geral.

É um círculo virtuoso que se origina na família e permeia as relações humanas na sociedade. Os bons filhos serão bons maridos e esposas, bons pais e seres humanos dos quais o mundo está muito necessitado. Fala-se bastante em tornar as pessoas mais solidárias. Não podemos esquecer que a semente da fraternidade brota em solo familiar e se ramifica para o exterior, se for generosamente adubada e regada por mãos paternas.

Feliz dia dos Filhos e das Mães!

2 comentários:

Flor Martha S. Ferreira disse...

Posso pedir para você assinar o cartão virtual cumprimentando os 32 sacerdotes que se ordenam hoje.http://vidaemsociedade-sa.blogspot.com/

Liana Clara disse...

Assinarei sim. Obrigada pelo convite. Abraços

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