Homenagem a todos os Educadores
O dia 15 de outubro é dedicado aos Mestres. No início de minha carreira há exatos 50 anos, essa data era um dia muito alegre nas escolas e cursos livres. Guardo carinhosa lembrança das muitas festas com bolo, coca cola, flores, belas e surpreendentes mensagens e muitos, pequenos e grandes, presentes. Tenho notícia de que nos dias de hoje essas homenagens já não são tão efusivas. Qual será o motivo? O que vem acontecendo? Os alunos não gostam mais de seus professores? A pergunta poderá não ter só uma resposta, mas se abrir em uma larga discussão. Eu, hoje, não quero polemizar, apenas homenagear todos aqueles que de alguma forma contribuem com a Educação.
Quem ensina nem sempre educa, disso tenho certeza, mas quem educa ensina. Ensina valores, sobretudo. Da lista de educadores eu gostaria que constassem, além de professores, pais, mães, avôs, avós, irmãos, babás, escritores, produtores de filmes e programas de TV, jornalistas, enfim, todos que se dedicam ao desabrochar e ao progresso sadio das crianças e dos jovens.
Como presente do Dia do Mestre, ou seja, Dia do Educador, transcrevo uma curta vivência de uma menina de 10 anos de idade. Chama-se Alice, mas só a conheço pelo que ela nos conta.
“O meu avô se chamava Alfred Avrum Sigall. Ele me contava sobre a primeira vez que ele foi à escola, na Áustria, quando tinha apenas três anos de idade. Não era uma escola pública, mas uma escola de estudos religiosos chamada Chaddar, que apenas homens e meninos judeus frequentavam. O que meu avô me dizia era, mais ou menos, assim:
“Você sabe, eu fui o primeiro menino na família depois de cinco irmãs. Meu pai ia ao Chaddar estudar sempre que ele tinha chance. Eu era o único filho homem e acho que ele queria que eu começasse na escola o mais cedo possível.”
Talvez fosse para impressionar seus amigos. De qualquer forma, assim que completei três anos, ele me levou à escola. Lembro quando meu pai e eu entramos na sala de aula e o professor mostrou meu lugar para sentar. Bem na minha frente havia três ou quatro livros empilhados; em cima dos livros havia um prato com mel e maçãs. O professor disse:
“Avrum, o mel é doce. As maçãs vão alimentar você. Aprender também pode ser doce e pode nutrir você por toda sua vida. Hoje você vai começar a aprender a escrever e a ler e, logo, você vai escrever e ler para aprender.”
Dizendo isso, o professor me levantou em seus braços e me colocou sentado em cima da mesa, de tal fora que eu pudesse ver, olho no olho, todos os meninos e homens da sala. Estas duas ideias – que aprender é doce e que aprender vai me alimentar por toda a vida – sempre permaneceram comigo.” Texto escrito por Alice, 10 anos
Queridas e queridos leitores,
Eu quase não conheci meus avôs. Eles não tiveram tempo de ensinar-me muitas coisas, mas aprendi cedo que aprender pode realmente ser doce, principalmente quando os professores, bem cedo, sabem tornar suas aulas mel e maçãs.
Um caloroso abraço para todos,
Agnes
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
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Um comentário:
Que belas lembranças ,de pessoas que realmente mudam nosaa vida. Conheci meus avos maternos, carinhosos, presentes, formadores.Tiveram vida longa, minha avó ,luterana de origem ensinou-me a ter uma devoção filial a nossa Senhora, acho que aprendeu com meu avó devoto da Màe Imaculada. E conheci também minha avó paterna, a segunda mulher do meu avô,que nos ensinou a gostar de cinema. Tomara possam meus descendentes ter uma lembrança assim. Amar ,ensinar, cuidar.Vamos amar muito nossas crinças.
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