J.M. Martín, J. Verdiá- http://www.opusdei.org.br/art.php?p=50038
UM CORAÇÃO À MEDIDA DE CRISTO
Em resumo, a educação das emoções procura fomentar nos filhos um coração grande, capaz de amar verdadeiramente Deus e os homens, capaz de sentir as preocupações dos que nos rodeiam, saber perdoar e compreender: sacrificar-se, com Jesus Cristo, por todas as almas[6]. Uma atmosfera de serenidade e exigência contribui, como que por osmose, para dar confiança e estabilidade ao complexo mundo dos sentimentos. Se os filhos se sentem queridos incondicionalmente, se verificam que agir bem é motivo de alegria para os pais e que os seus erros não levam a perda da sua confiança, se se lhes facilita a sinceridade e que manifestem as suas emoções… crescem com um clima interior habitual de ordem e sossego, onde predominam os sentimentos positivos (compreensão, alegria, confiança), enquanto que o que tira a paz (zanga, birra, inveja) é entendido como um convite para ações concretas como pedir desculpa, perdoar, ou ter algum gesto de carinho.
São precisos corações apaixonados pelas coisas que valem realmente a pena; apaixonados, sobretudo, por Deus. Nada ajuda mais a que os afetos amadureçam do que deixar o coração no Senhor e no cumprimento da Sua vontade; para isso, como ensinava S. Josemaria, há que lhe pôr sete trancas, uma para cada pecado capital: porque em todo o coração há afetos que são só para serem entregues a Deus e a consciência perde a paz
quando os dirige para outras coisas. A verdadeira pureza da alma passa por fechar as portas a tudo o que implique dar às criaturas, ou ao próprio eu, o que pertence a Cristo; passa por “assegurar” que a capacidade da pessoa para amar e querer esteja ajustada e não desarticulada. Por isso, a imagem das sete trancas vai além da moderação da concupiscência, ou da preocupação excessiva pelos bens materiais; recorda-nos que é preciso lutar contra a vaidade, controlar a imaginação, purificar a memória, moderar o apetite
nas refeições, fomentar a convivência amável com quem nos irrita… O paradoxo está em que, quando se põem “grilhões” ao coração, aumenta-se a sua liberdade para amar com todas as suas forças inalteradas.
A humanidade Santíssima do Senhor é o cadinho em que melhor se pode afinar o coração e os seus afetos. Ensinar os filhos desde pequenos a tratar Jesus e Sua Mãe com o mesmo coração e manifestações de carinho com que amam os pais na terra favorece, na medida da sua idade, que descubram a verdadeira grandeza dos seus afetos e que o Senhor se introduza nas suas almas. Um coração que guarda a sua integridade para Deus, possui-se inteiramente e é capaz de se dar totalmente.
Nesta perspectiva, o coração converte-se num símbolo de profunda riqueza antropológica: é o centro da pessoa, o lugar em que as potências mais íntimas e elevadas do homem convergem e onde a pessoa encontra as energias para agir. Um motor que deve ser educado – cuidado, moderado, afinado – para que oriente toda a sua potência na direção certa. Para educar assim, para poder amar e ensinar a amar com essa força, é preciso que cada um expulse da sua vida tudo o que estorva a Vida de Cristo em nós: o apego à nossa comodidade, a tentação do egoísmo, a tendência à exaltação pessoal. Só reproduzindo em nós a Vida de Cristo, poderemos transmiti-la aos outros. Com a correspondência à graça e a luta pessoal, a alma vai-se endeusando e, pouco a pouco, o coração torna-se magnânimo, capaz de dedicar os seus melhores esforços na execução de causas nobres e grandes,na realização do que se apercebe como a vontade de Deus.
Em alguns momentos, o homem velho procurará recuperar os foros perdidos; mas a maturidade afetiva – uma maturidade que, em parte, é independente da idade – faz com que o homem olhe além das suas paixões para descobrir o que as desencadeou e como deve reagir diante dessa realidade. E contará sempre com o refúgio que o Senhor e Sua Mãe lhe oferecem. Acostuma-te a pôr o teu pobre coração no Doce e Imaculado Coração de Maria, para que to purifique de tanta escória e te leve ao Coração Sacratíssimo e Misericordioso de Jesus.
UM CORAÇÃO À MEDIDA DE CRISTO
Em resumo, a educação das emoções procura fomentar nos filhos um coração grande, capaz de amar verdadeiramente Deus e os homens, capaz de sentir as preocupações dos que nos rodeiam, saber perdoar e compreender: sacrificar-se, com Jesus Cristo, por todas as almas[6]. Uma atmosfera de serenidade e exigência contribui, como que por osmose, para dar confiança e estabilidade ao complexo mundo dos sentimentos. Se os filhos se sentem queridos incondicionalmente, se verificam que agir bem é motivo de alegria para os pais e que os seus erros não levam a perda da sua confiança, se se lhes facilita a sinceridade e que manifestem as suas emoções… crescem com um clima interior habitual de ordem e sossego, onde predominam os sentimentos positivos (compreensão, alegria, confiança), enquanto que o que tira a paz (zanga, birra, inveja) é entendido como um convite para ações concretas como pedir desculpa, perdoar, ou ter algum gesto de carinho.
São precisos corações apaixonados pelas coisas que valem realmente a pena; apaixonados, sobretudo, por Deus. Nada ajuda mais a que os afetos amadureçam do que deixar o coração no Senhor e no cumprimento da Sua vontade; para isso, como ensinava S. Josemaria, há que lhe pôr sete trancas, uma para cada pecado capital: porque em todo o coração há afetos que são só para serem entregues a Deus e a consciência perde a paz
quando os dirige para outras coisas. A verdadeira pureza da alma passa por fechar as portas a tudo o que implique dar às criaturas, ou ao próprio eu, o que pertence a Cristo; passa por “assegurar” que a capacidade da pessoa para amar e querer esteja ajustada e não desarticulada. Por isso, a imagem das sete trancas vai além da moderação da concupiscência, ou da preocupação excessiva pelos bens materiais; recorda-nos que é preciso lutar contra a vaidade, controlar a imaginação, purificar a memória, moderar o apetite
nas refeições, fomentar a convivência amável com quem nos irrita… O paradoxo está em que, quando se põem “grilhões” ao coração, aumenta-se a sua liberdade para amar com todas as suas forças inalteradas.
A humanidade Santíssima do Senhor é o cadinho em que melhor se pode afinar o coração e os seus afetos. Ensinar os filhos desde pequenos a tratar Jesus e Sua Mãe com o mesmo coração e manifestações de carinho com que amam os pais na terra favorece, na medida da sua idade, que descubram a verdadeira grandeza dos seus afetos e que o Senhor se introduza nas suas almas. Um coração que guarda a sua integridade para Deus, possui-se inteiramente e é capaz de se dar totalmente.
Nesta perspectiva, o coração converte-se num símbolo de profunda riqueza antropológica: é o centro da pessoa, o lugar em que as potências mais íntimas e elevadas do homem convergem e onde a pessoa encontra as energias para agir. Um motor que deve ser educado – cuidado, moderado, afinado – para que oriente toda a sua potência na direção certa. Para educar assim, para poder amar e ensinar a amar com essa força, é preciso que cada um expulse da sua vida tudo o que estorva a Vida de Cristo em nós: o apego à nossa comodidade, a tentação do egoísmo, a tendência à exaltação pessoal. Só reproduzindo em nós a Vida de Cristo, poderemos transmiti-la aos outros. Com a correspondência à graça e a luta pessoal, a alma vai-se endeusando e, pouco a pouco, o coração torna-se magnânimo, capaz de dedicar os seus melhores esforços na execução de causas nobres e grandes,na realização do que se apercebe como a vontade de Deus.
Em alguns momentos, o homem velho procurará recuperar os foros perdidos; mas a maturidade afetiva – uma maturidade que, em parte, é independente da idade – faz com que o homem olhe além das suas paixões para descobrir o que as desencadeou e como deve reagir diante dessa realidade. E contará sempre com o refúgio que o Senhor e Sua Mãe lhe oferecem. Acostuma-te a pôr o teu pobre coração no Doce e Imaculado Coração de Maria, para que to purifique de tanta escória e te leve ao Coração Sacratíssimo e Misericordioso de Jesus.
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