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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Educar o coração - parte 1



Os sentimentos formam-se especialmente durante a infância. Aprende-se a amar desde pequeno e os principais mestres são os pais, como se salienta neste artigo sobre a família.

A educação é um direito e um dever dos pais que prolonga, de algum modo, a geração; pode-se dizer que o filho, enquanto pessoa, é o fim primário para o qual tende o amor dos esposos em Deus. A educação aparece, assim, como a continuação do amor que trouxe a vida ao filho, onde os pais procuram dar-lhe os recursos para que possa ser feliz, capaz de assumir o seu lugar no mundo com elegância humana e sobrenatural.

 Os pais cristãos veem em cada filho uma mostra da confiança de Deus e educá-los bem é – como dizia S. Josemaria – o melhor negócio; um negócio que começa na concepção e dá os seus primeiros passos na educação dos sentimentos, da afetividade. Se os pais se amam e veem no filho o cume da sua entrega, educá-los-ão no amor e para amar; dito de outro modo: cabe aos pais, em primeiro lugar, educar a afetividade dos filhos, normalizar os seus afetos, conseguir que sejam crianças serenas.

 Os sentimentos formam-se de um modo especial durante a infância. Depois, na adolescência, podem produzir-se as crises afetivas e os pais devem colaborar para que os filhos as solucionem. Se quando eram pequenos foram criados calmos, estáveis, superarão com mais facilidade esses momentos difíceis. Além disso, o equilíbrio emocional favorece o crescimento dos hábitos da inteligência e da vontade; sem harmonia afetiva, é mais difícil
o desenvolvimento do espírito.

 Logicamente, uma condição imprescindível para edificar uma boa base afetivo-sentimental é que os pais procurem aperfeiçoar a sua própria estabilidade emocional. Como? Melhorando o convívio familiar, cuidando da sua união, demonstrando – com prudência – o seu amor mútuo diante dos filhos. No entanto, por vezes tendemos a pensar que os afetos ou os
sentimentos transbordam o âmbito educativo familiar; talvez porque parece que são algo que acontece, que escapa ao nosso controle e não podemos alterar. Chega-se, inclusive, a vê-los numa perspectiva negativa; pois o pecado desordenou as paixões e estas dificultam o agir racionalmente.

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