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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Educação Libertadora X Crise dos limites

Durante muito tempo a família e a sociedade, de modo geral, mantinham uma educação autoritária, hoje podemos verificar o oposto uma educação libertadora, onde regras e limites não são colocados.

A verdadeira liberdade é uma conquista interior, é saber escolher, é ter um critério, uma busca penosa através do amadurecimento.

O ser humano em desenvolvimento é indeterminado e imaturo, com raízes de vícios e virtudes, que a educação ou o processo de amadurecimento, bem conduzido, pode impedir que se tornem vícios reais. Por ser imatura, a criança, precisa do apoio do mais velho, alguém que fale com autoridade, ajudando-a a decidir, encontrando a segurança. Assim, a família e escola prestam uma ajuda na formação desse ser para que possa atingir a sua própria autonomia.

A educação moral acaba falhando justamente porque as virtudes como sentimentos de honra e dignidade, andam esquecidas. No mundo capitalista se valoriza a superação do outro e não a superação de si ou a sua excelência estimula-se o egoísmo e não a generosidade.

Um exemplo do que se diz acima é sobre o famoso lema: ”levar vantagem em tudo” como ferir a ética, furar fila, ultrapassar pela  direita no trânsito, sonegar  um pouco aqui, cometer  umas mentiras, receber  um mensalão ....

Como Kant e Piaget, o objetivo máximo da educação é o aperfeiçoamento da humanidade.  O nascimento de obrigatoriedade e respeito nasce de uma relação assimétrica na qual alguém exerce a função de autoridade. Os pais e professores é que colocam valores e limites à ação de seus filhos ou alunos.

Os limites devem ser colocados para manter um bom relacionamento com a família, a escola ou um determinado lugar, mas devem ser flexíveis e que possam ser cumpridos, pois regras excessivas e difíceis de serem  vividas aumentam as chances de se burlar .

Tanto a escola como a família deve se questionar sobre que tipo de educação deseja propor, que ser humano se quer formar  e qual a sociedade   que deseja para o futuro .

Podemos verificar que em alguns casos deseja-se uma felicidade baseada num jogo de compensações, depositando na criança ou adolescente uma realização pessoal , quando na verdade eles desejam apenas serem acompanhados de forma positiva nas suas atividades, receberem afeto, partilharem suas dificuldades e alegrias, podendo contar com a orientação de alguém mais velho e experiente.

Escola e família precisam caminhar juntas, com os pés no chão percebendo que somos responsáveis pela organização das nossas formas de viver, de se relacionar, pelas escolhas que fazemos e por nossas decisões.  Por isso, torna-se necessário um plano de ação educativa pessoal e uma ação transformadora em nossos ambientes sociais, profissionais e familiares.  O desafio é criar um humanismo novo para este século.

Nossas crianças e adolescentes necessitam de uma educação comprometida, vivencial, aberta ao mistério, sem disfarces diante daquilo que, de maneira mais generalizada, nossa sociedade oferece. Formando pessoas autônomas, que saibam quem são e em que sentido orientar a sua existência. Esse tipo de educação exige da família e da escola um compromisso com valores humanos e sociais.

Um comentário:

Patricia disse...

ÓTIMO PARA SER LIDO EM QUALQUER IDADE! Importante criar tempo na correria diária para falar desses tópicos com os filhos e/ou amigos,

Abraço,
Pat

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