Durante muito tempo a família e a sociedade, de modo geral, mantinham uma educação autoritária, hoje podemos verificar o oposto uma educação libertadora, onde regras e limites não são colocados.
A verdadeira liberdade é uma conquista interior, é saber escolher, é ter um critério, uma busca penosa através do amadurecimento.
O ser humano em desenvolvimento é indeterminado e imaturo, com raízes de vícios e virtudes, que a educação ou o processo de amadurecimento, bem conduzido, pode impedir que se tornem vícios reais. Por ser imatura, a criança, precisa do apoio do mais velho, alguém que fale com autoridade, ajudando-a a decidir, encontrando a segurança. Assim, a família e escola prestam uma ajuda na formação desse ser para que possa atingir a sua própria autonomia.
A educação moral acaba falhando justamente porque as virtudes como sentimentos de honra e dignidade, andam esquecidas. No mundo capitalista se valoriza a superação do outro e não a superação de si ou a sua excelência estimula-se o egoísmo e não a generosidade.
Um exemplo do que se diz acima é sobre o famoso lema: ”levar vantagem em tudo” como ferir a ética, furar fila, ultrapassar pela direita no trânsito, sonegar um pouco aqui, cometer umas mentiras, receber um mensalão ....
Como Kant e Piaget, o objetivo máximo da educação é o aperfeiçoamento da humanidade. O nascimento de obrigatoriedade e respeito nasce de uma relação assimétrica na qual alguém exerce a função de autoridade. Os pais e professores é que colocam valores e limites à ação de seus filhos ou alunos.
Os limites devem ser colocados para manter um bom relacionamento com a família, a escola ou um determinado lugar, mas devem ser flexíveis e que possam ser cumpridos, pois regras excessivas e difíceis de serem vividas aumentam as chances de se burlar .
Tanto a escola como a família deve se questionar sobre que tipo de educação deseja propor, que ser humano se quer formar e qual a sociedade que deseja para o futuro .
Podemos verificar que em alguns casos deseja-se uma felicidade baseada num jogo de compensações, depositando na criança ou adolescente uma realização pessoal , quando na verdade eles desejam apenas serem acompanhados de forma positiva nas suas atividades, receberem afeto, partilharem suas dificuldades e alegrias, podendo contar com a orientação de alguém mais velho e experiente.
Escola e família precisam caminhar juntas, com os pés no chão percebendo que somos responsáveis pela organização das nossas formas de viver, de se relacionar, pelas escolhas que fazemos e por nossas decisões. Por isso, torna-se necessário um plano de ação educativa pessoal e uma ação transformadora em nossos ambientes sociais, profissionais e familiares. O desafio é criar um humanismo novo para este século.
Nossas crianças e adolescentes necessitam de uma educação comprometida, vivencial, aberta ao mistério, sem disfarces diante daquilo que, de maneira mais generalizada, nossa sociedade oferece. Formando pessoas autônomas, que saibam quem são e em que sentido orientar a sua existência. Esse tipo de educação exige da família e da escola um compromisso com valores humanos e sociais.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
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Um comentário:
ÓTIMO PARA SER LIDO EM QUALQUER IDADE! Importante criar tempo na correria diária para falar desses tópicos com os filhos e/ou amigos,
Abraço,
Pat
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