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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Na casa de um bom cristão, só se parte pão com as mãos.

Esse deve ser um ditado português, pois meu avô adorava repeti-lo sempre que íamos comer na casa dele, e meu pai manteve o mesmo costume, repetindo-o às refeições. Acredito que se referia ao nosso próprio pão, no nosso prato, assim sendo, podemos dizer que era uma ótima regra de etiqueta a ser respeitada. E quanto a rima do cristão com as mãos, deve ser para lembrar-nos de que Cristo na última ceia também cortou o pão com as mãos.

A existência do pão consta de longas datas, desde a pré-história, com algo bem rudimentar, semelhante ao pão. Existiam pães em todas as ocasiões e lugares, principalmente em ocasiões litúrgicas, pois foi a igreja a responsável pela sacralização do pão: pão de natal, de Páscoa, de colheitas, etc. Era sempre feito um ritual com a intenção de unir as pessoas numa cerimônia. Em quase toda a Europa Central era usual dar às boas vindas com pão e sal. O repartir do pão nas cerimônias como em outras simples refeições, fortalecia os laços de amizades.

O pão sempre foi usado nas religiões, como no Cristianismo, ele, na consagração, se transforma no corpo e sangue de Cristo, no sacramento da comunhão, em forma de hóstia. Na religião judaica, também tem muitos significados, eles costumam abençoá-lo antes das refeições. E no Islamismo, mesmo não tendo um ritual, o pão é considerado uma dádiva de Deus.

Os pães, se não contêm nada que possa escorrer ou pingar, são sempre comidos com as mãos, em todas as suas variedades. O pão é sempre partido com a mão, bocado a bocado.

O pão nunca é cortado a faca, mas partido com as mãos, e esta norma aplica-se ao pão de queijo, ao pão de batata, croissant, etc. Separa-se pedaços que correspondam a duas porções, e desta tira a primeira porção a ser comida e a segunda é levada na vez seguinte, antes de se partir outro pedaço. Se houver manteiga (em eventos formais é pouco comum), cada pedaço é untado no momento de ser levado à boca.

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