
Nicolau chamou, então, os seus servos que o amavam muito e lhes falou: “Tragam-me frutas de seus pomares e colheitas de seus campos para que possamos saciar os famintos.”
Os servos trouxeram cestas com maçãs e nozes. Em cima colocaram pão de mel feito pelas mulheres do lugar. Trouxeram também sacos cheios de grãos dourados de trigo. O bispo Nicolau ordenou que todas as dádivas fossem levadas num navio. Era um navio grande e bonito, todo branco e sua vela era azul, como o azul do céu e do manto do bispo Nicolau.

O vento soprou na vela do navio para que ele andasse, e quando o vento se cansou, os servos pegaram os remos e levaram o barco para o Ocidente. Viajaram muito tempo: sete dias e sete noites.
Quando chegaram à grande cidade era noite e não se via ninguém nas ruas, mas as luzes brilhavam pelas janelas das casas. O bispo Nicolau bateu numa janela. A mãe que morava na casa pensou ser um viajante pedindo abrigo e mandou o filho abrir a porta. Não havia ninguém na frente da porta. A criança correu até a janela. Também não viu ninguém, mas encontrou uma cesta cheia de nozes e maçãs vermelhas e amarelas, e não faltavam pães de mel. Ao lado da cesta havia um saco repleto de grãos dourados de trigo.
Todas as pessoas comeram das dádivas e ficaram fortes e alegres. Agora São Nicolau está no céu.

Todos os anos, na data de seu aniversário, ele viaja para a Terra, monta seu cavalo branco e vai de estrela em estrela. Lá encontra a Virgem Maria; ela recolhe fios de ouro e de prata para fazer a camisolinha de Jesus. Maria então lhe diz: “Querido São Nicolau, volte para as crianças. Leva-lhes tuas dádivas e dizei-lhes que o Natal, o nascimento do Menino Jesus, se aproxima.”
Conto extraído do livro “Erziehungskumst” de Emmy Proske. Tradução de Bárbara Trommer.
Agnes G. Milley
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