logo

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

“Quem procura acha”


Texto: A. C. Vianna



Chega uma certa idade em que a família nos cobra o tão esperado pretendente para o matrimônio. Claro que essa é só mais uma de muitas expectativas de sucesso que os pais depositam nos filhos, assim como falar a primeira palavra, andar sozinho de bicicleta... Passar no vestibular, conquistar um bom emprego... A fase do casamento é só mais uma dessas etapas tão esperada e aguarda por todos que nos viram crescer.


Porém, para alguns a procura pela pessoa certa pode ser mais demorada do que para outros. E é aí que o conto de fadas começa a ficar entediante... Porque analisando friamente não depende somente da boa vontade e do esforço de quem está disposto a procurar alguém para casar, essa tarefa inclui incontestavelmente duas pessoas, um casal, homem e mulher! Partindo disso, é mais fácil falar, andar de bicicleta e até mesmo passar para uma faculdade de medicina, onde o resultado se alcança mesmo que mais ninguém esteja disposto a embarcar com você nessa aventura.

Em contrapartida buscar a pessoa com quem irá dividir a sua vida não depende só da sua boa postura, suas boas intenções, seu caráter indiscutível, sua aparência impecável... Mesmo que tudo isso seja perfeito e esteja em ordem duas coisas podem ocorrer: ou você não irá agradar a nenhum pretendente em potencial, mesmo sendo essa pessoa super interessante, ou a pessoa que se interessou por você, não tem as qualidades mínimas necessárias para ser seu pretendente.

Isso não é para desanimar ninguém a procurar e muito menos para fazer com que quem esteja nessa busca, relaxe com a aparência, com a postura ou com o seu caráter, por parecer que a missão seja impossível. Pelo contrario, é para se buscar sim alguém para ser feliz o resto da vida, que divida os problemas, as conquistas e que esteja disposto a ensinar e aprender coisas novas juntos. É para ser exigente sim, sem medo de que a espera possa ser longa. Que as pressões externas não façam com que ninguém se acomode e acabe por covardia, com a opção errada.

17 comentários:

Anônimo disse...

Eu também me senti assim quando já estava trintona na casa de meus pais. Muito bem retratada a imagem.
O problema todo reside na escolha de cada lado do envolvimento. É uma verdadeira loteria!

Rita Suarez disse...

Hoje o mais comum é que os rapazes queiram apenas ficar ou fazer o que eles chamam aqui em Curitiba um test-drive.

Tá difícil arrumar um homem decente!!

Anônimo disse...

Muito bem retratada essa fase da vida. Com certeza cada uma de vocês que está nesta fase irá encontrar a pessoa certa, a sua metade da laranja, como diziam os mais idosos.
Um fator muito importante é que gostem das mesmas coisas, as afinidades sejam comuns aos dois, e, principalmente não espere que o príncipe encantado mude, pois ninguém muda radicalmente. Só as mudanças que o tempo e a vida nos impõe. Boa sorte a todas na busca! Lilian Rose

Paula Serman disse...

Será que quem procura acha? Não sei... Acho melhor parar de procurar e tocar a vida para frente. O que tiver que ser vai ser! Mas, concordo com a Lilian: príncipe só na Disney!

Carmem Dias disse...

Depois eu prometo escrever o seguinte texto" Quando o príncipe virou sapo" ahahhahahhaha - será que vocês publicam?

Anônimo disse...

Acho que a proposta do texto não era falar pra não tocar a vida e ficar "caçando" alguém. Pelo contrário, eu entendi que não devo me prender a isso e a essas pressões que os outros colocam sobre nós.
Abraços Julio

Anônimo disse...

Paula,
Talvez não tenha ficado tão claro mas, ninguém fala aqui para procurar um príncipe encantado... E também não se fala em parar a vida em função disso... Pelo contrário, o texto fala que é mais uma fase da vida para aqueles que tem vocação para o casamento. E todos que pensam em casar devem se preocupar em encontrar sim a pessoa que mais combina com ela e não ter medo de que isso demore 5, 10 ou 50 anos.
A.C. Vianna

Rafael Carneiro disse...

Caramba. O site pode investir mais em textos do tipo porque o tema provoca recorde de comentários, hehe... Acho que o ponto consensual do texto e de todos nós que comentamos por aqui é o fato de que os "determinismos" incomodam. Despreocupar-se com aquilo que seria a fórmula certa ou com a ideia perfeita de um conto de fadas seria, antes de tudo, um sinal de maturidade.

Liana Clara disse...

Realmente Rafael, acho que o assunto pode ser desdobrado em outros tópicos. Convoco você a escrever sobre o prisma masculino, sobre esta mesma questão. Combinado?

Paula Serman disse...

Ana e Júlio, eu sei que o texto não propõe "ir à caça" nem aceitar qualquer um só para não ficar sozinha. Só quis brincar com o título do artigo. De fato, a nossa vida não deve girar em função disso, mas ninguém pode negar que, no fundo, procura a pessoa certa, independente das pressões externas. Isso é um desejo natural daqueles que têm a vocação matrimonial. Acho que o Rafael me entendeu um pouco, pois devemos nos desapegar de falsos critérios de perfeição.

Maria Teresa Serman disse...

Não acho que se deva nunca, nem depois de "trocentos" anos de casados, relaxar com a aparência, exterior ou interior(esta aparece muito mais do que a outra), e muito menos com o caráter. Entendo que você quis dizer um relaxamento da procura, da espera, e da cobrança, própria ou de outros. Isso sim, não adianta mesmo, muito bem colocado. Agora, meninas, a verdade é que o dito cujo só vira príncipe depois de muito investimento da escolhida. Dá trabalho, mas vale a pena!

Eunice Guimarães disse...

Aqui o pessoal esta precisando exercitar um pouco mais a interpretação. O interessante que vi nos comentários, foi que cada um interpretou o ponto que mais lhe doeu, deixando o verdadeiro sentido de lado.

Por exemplo: A autora diz que NÂO devemos rexalar com a aparência, aí vem outra e escreve:"Não acho que se deva nunca, nem depois de "trocentos" anos de casados" - na verdade choveu no molhado!

Gostei muito do texto, nada a acrescentar, pegou bem A. C.

Rafael Carneiro disse...

Liana, vou preparar um texto então. Mas adianto que não será polêmico como este, hehe. De qq forma, discordando um pouco da Eunice, acho que comentários de blog podem muito bem funcionar dessa forma: as pessoas comentam um ponto qualquer do texto, abrindo assim a possibilidade de novas reflexões. Justamente por isso a conversa está produtiva. Penso que se ficarmos só no sentido geral do texto, faríamos apenas uma interpretação do que já está dito. Abraços a todos.

Liana Clara disse...

Correto Rafael, os comentários são para debatermos um pouco sobre o assunto. Agradeço a todas as colaborações.
E conto com seu texto em breve.

Lú disse...

Por que esse tema gerou tanta polêmica?
Foi divertido acompanhar os comentários.

Liana Clara disse...

Olá Lu
Acho que gerou polêmica porque de fato é um tema com muitas nuances sobre o mesmo assunto.
É muito comum os pais cobrarem dos filhos situações como a AC falou, o primeiro passo, a primeira palavra, a entrada na faculdade e o casamento e depois filhos, e depois... sei lá mais o que.
Os pais têm muitas expectativas com os filhos.
Assim como os filhos cobram muito dos pais, os pais por sua vezes não fazem por menos.
E o que se busca aqui é encontrar um equilíbriuo nestas cobranças, que serão boas tanto para os pais como para os filhos.

Radanovic disse...

Também esperar 50 anos não. Ou vai ou racha!

Postar um comentário