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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A grande descoberta que fiz: Não somos Deus!

Deus mesmo, no singular, o Deus único, o todo poderoso.

Bem, no fundo sempre soube que não sou Deus, e somos apenas co-participantes na criação, e daí a ser Deus vai uma grande distância, e mesmo assim tinha a pretensão.Assim como eu, alguns pais têm esta pretensão e imaginam-se onipotentes, onipresentes, onisciente e pensam que podem estar em todos os instantes da vida do filho e subestimam toda e qualquer ajuda. Já me explico:

Ao nascer minha 9ª filha, prematura e de baixo peso, julguei-me a toda poderosa capaz de protegê-la te tudo e de todos os inconvenientes, só eu podia cuidar dela e não confiava em mais ninguém. Chegava a virar a noite velando seu sono para ouvir sua respiração e confirmar que tudo estava bem. Em casa só eu podia subir e descer as escadas com ela no colo. Ninguém mais seria capaz de tal façanha, até que um dia eu tropecei no penúltimo degrau e lá fomos ao chão as duas. Graças a Deus, ela não se machucou e a partir de então comecei a permitir que outras pessoas também cuidassem da pequenina que hoje esta com 9 anos e bem saudável, apesar de mim! O que me restou a constatação: “ Não sou Deus”. Não sou capaz de evitar muitas coisas que serão inevitáveis na vida de meus filhos. Pais não são todos poderosos, são seres humanos falíveis.

Agora vocês devem estar rindo e se perguntando: “Só no 9º filho ela foi perceber isso?” Pois é, custei não é? Dizem que o nosso orgulho morre 72 horas após a nossa morte e o meu nunca foi diferente, tinha orgulho demais e pouca visão sobrenatural. E olhem que não me faltaram “quedas” das crianças para dar estalos em mim. Do tipo: “Ei, se olha! Você é completamente falível”! Mas nada, eu seguia me achando, até que nesta última queda eu acordei para minha insignificância.

O meu objetivo com esta história é nos levar a pensar sobre o quanto é importante para a formação e educação dos nossos filhos a colaboração de várias outras pessoas e coisas. Contamos com a ajuda do colégio onde estudam; dos parentes próximos, de alguns amigos disponíveis e de utensílios, coisas, para formar bem estes filhos.

O fato da nossa não onipresença faz com que usemos grades nas janelas, cinto de segurança nos carros, cadeado nos portões, senha nos computadores, TV limitada, telefones celulares, e muitas outras coisas. Sem esquecer que estas “coisas” são apenas um auxílio na educação. Ferramentas. Nunca prescindindo do que é mais importante o diálogo, o exemplo pessoal e acima de tudo o carinho e o amor com os filhos.

E mesmo pondo todas as ferramentas, todos os meios educativos, todos os bons exemplos, ainda existirá a interferência do ambiente onde vivemos. E aí entra a questão mais importante: A confiança na filiação Divina, onde só o Todo poderoso é capaz de atuar e dar o tom. Assim poderemos ter a certeza de que tudo dará certo.

Aqui vem o uso do meu ditado predileto: “Rezando e com o martelo dando”

2 comentários:

Paula Serman disse...

Que lindo! Adorei! Mas essa coisa aí de dar com o martelo...

Liana Clara disse...

Oi Paula, não entendeu o ir dando com o martelo? rsrsrs É ir fazendo a nossa parte!

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