
por Maria Teresa Serman

Só passei, até agora, pela emoção de dar à luz cinco vezes. O "só" não significa "pouco", acreditem, é que ainda não alcanço bem como é ser coadjuvante do nascimento de alguém já tão amado. De sogra a avó, é um acréscimo delicado, não se pode bancar a sábia, enchendo a nora de conselhos e recomendações. Minha nora é ótima, dona de um bom humor inalterável e de uma paciência infinda. Acertaram: por isso nos damos tão bem.
Fui uma mãe muito severa com os três primeiros filhos e "frouxa", na isenta avaliação de duas dessas cobaias, com os dois menores. Preciso acreditar que essa frouxidão se deveu à experiência e sabedoria adquiridas durante o padecer no paraíso, e não ao que as más línguas filiais diagnosticaram como "velhice".

Portanto, sabedoria ou fraqueza, o que quiserem, espero ser para os meus netos, em primeiro lugar para este querido ou querida(ainda não sabemos), um amálgama de aconchego e encaminhamento,diversão e instrução, fonte de amor incondicional como acredito que fui e sou para os meus filhos, apesar dos meus incontáveis defeitos.Antes de tudo, o que peço a Deus, desde que recebi essa notícia, é que possa ser uma avó como é minha mãe, a melhor instrutora no amor a Ele para seus netos, alfabetizadora exemplar nas primeiras letras e nas principais verdades do amor de mãe e avó.
2 comentários:
Abri ao acaso este blog e fiquei emocionada com isto que li. O que me tocou mais foi constatar esta linha fina entre ser sogra e se tornar avó. Espero também conseguir ser discreta nas avaliações sobre a minha nora, com o filho que ela vai educar e criar.
Meus cumprimentos pela belíssima postagem de ser AVÓ, com admiraçâo, uma Avó rescente,
Efigênia Coutinho
Escritora
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