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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Livros - Como e quando lê-los

Sempre tive o costume de ler os livros recomendados nos colégios dos meus filhos, por esta razão não é difícil para mim, conhecer bons livros infanto-juvenis. Leio de tudo, dos melhores aos piores, não me escapa nenhum. Primeiro pra saber qual é a linha do colégio, depois pra conversar sobre o livro com o filho ou filha e conversar com o colégio caso não seja uma boa leitura para as crianças.

Vários dos livros sugeridos pelo Colégio de São Bento, foram causadores do interesse maior pela leitura dos meus filhos. Estes livros, bem escolhidos, deram a partida para a busca e seleção de livros e hoje os rapazes gostam muito de ler e conseguem selecionar uma boa leitura.

Por isso é fundamental fazermos boas escolhas de leitura para a garotada desde cedo. Ajudá-los na seleção é de grande valia, pois temos critérios firmes a respeito do que é uma boa literatura e a respeito do que é próprio para nosso filho na sua idade.

Muitos livros têm títulos sugestivos que atraem a criança, mas seu conteúdo nada diz para sua formação, nem para seu lazer.

Quando não temos muita experiência no assunto é bom consultar alguns amigos ou conhecidos que sejam bons no assunto, não só com formação literária mas também com boa formação humana.

O livro precisa ser digerido como os alimentos o são. Gradualmente introduzidos na alimentação intelectual para que seu sabor seja devidamente apreciado. E também para verificarmos se há rejeição ou não. Existem alguns que até podem provocar alergias ou indigestões.

Quando o bebê nasce, aos poucos, após o período de aleitamento materno, vamos começando com os alimentos sólidos, com sabores diferentes, não só para aprenderem a comer de tudo, mas também para testar a aceitação dos mesmos. Com o livro a situação deve ser encarada da mesma forma, ver o que é próprio para cada idade e dependendo da maturidade de cada um ir aos poucos aumentando o nível de dificuldades e de “sabores”.

Outro dia ouvi uma mãe dizendo que seu filho de 9 anos já leu toda a coleção de livros de Shakespeare, o que achei pouco provável, mas fiquei questionandoaté que ponto foi útil e bem aproveitado pela criança. Mesmo que tenha lido, dificilmente deve ter conseguido absorver todo o conteúdo lido e muito menos absorveu da forma devida.


Como assim?
Da seguinte forma: com uma boa INDIGESTÃO. Pode ter engolido todinho, mas o fígado (no caso o cérebro) reclamou do excesso e absorção pode provocar efeitos colaterais inimagináveis. Não é só ler por ler é ler pra saborear, pra divertir, pra ter gosto pela leitura, para dar um sabor à vida e para tirar bons proveitos dos mesmos..

Então vamos ensinar aos filhos a moderação na hora dividir o tempo para cada atividade, tanto as escolares como as de lazer, como de culturas extraclasses.

"Leio porque é livro, porque se fosse comida saborearia!"

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