
Colaboração com o blog: Texto de Fernanda Berard
Estava refletindo no artigo sobre a sogra postado neste blog, há uns dias e fiquei pensando em como podemos nos preparar para sermos boas sogras (também vale para o sogro). Sim, porque acho que na verdade, ninguém deseja ser má, ser detestado, ser alvo de piadas, etc. Uma coisa é achar engraçado o chavão das piadas de sogras. Outra é viver pessoalmente a dificuldade de relacionamento entre sogra e nora ou genro. Nessas situações, sempre há sofrimento para um dos lados ou para os dois e o filho ou filha, mesmo que não queira, se vê dividido entre o cônjuge e a mãe.

Antes de tudo, é preciso colocar “uns pingos nos is”: mãe é mãe, mas quando o filho se casa, este deve atender primeiro seu cônjuge, depois seus pais. O matrimônio funda uma nova família e modifica a ordenação do amor. Se anteriormente os filhos deveriam amar na terra os pais em primeiro lugar; quando se casa, o cônjuge ocupa esse primeiro lugar. Depois, os filhos que nascerão desse amor e só depois, os pais.
Não se trata de ingratidão, mas de generosidade, de fazer a vida andar para frente e de fazer o amor se dilatar e não, se retrair. É claro que os filhos devem obrigatoriamente cuidar de seus pais, principalmente quando são mais idosos, mas eles devem saber ocupar o seu lugar de quem já teve sua chance na vida de criar sua família e agora deixar seus filhos fundarem as deles.
Sem dúvida é essa a grande dificuldade de ser sogra! Depois de tantos erros e acertos, de tanto amor dado, arrependimentos pelos amores “não tão bem dados assim”, saudades do filho pequeno que não existe mais, das coisas e costumes que tinha, enfim... de tantos sentimentos... É preciso saber recuar, saber dar chance para o outro tentar!
Às vezes é preciso aconselhar, sem dúvida, mas sabendo que conselho é conselho e deixa espaço para não se
r seguido.Portanto, penso que todos podemos nos preparar para sermos boas sogras (ou sogros). Para os pais que ainda tem seus filhos pequenos (como eu) devemos começar por viver bem o tempo presente, fazendo todo o esforço por educar bem nossos filhos no tempo em que nós somos encarregados de fazer isso.
O tempo de formá-los bem para que possam tomar boas decisões na vida adulta é agora. Não adianta relegar esse dever para outros ou deixar o tempo escorrer, como areia, pelas mãos, por que nossa vida é corrida, por falta de tempo, por que não queremos abrir mão de nossos caprichos, entre outros motivos. A hora de dar as nossas opiniões e de formar bem a deles é agora. Depois, serão palpites!
Porém é preciso que tenhamos a consciência de que não educamos nossos filhos para nós mesmos! É necessário fazer tudo isso, com a abnegação de quem pega o seu melhor e o entrega sem esperar nada em troca.
Aliás, não é essa a verdadeira essência do Amor? O bem de quem faz algo esperando agradecimentos e recompensas não pode ser verdadeiramente chamado de amor!

Sugestão de uma boa leitura sobre ser sogra e ser nora.

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