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sexta-feira, 19 de junho de 2015

O amor pelo primogênito.

Por Verônica Lunguinho

Amor de mãe é a coisa mais inexplicável do mundo. Por mais que a gente tente demonstrar, conceituar, não tem jeito. Há um sentimento interior dentro de cada uma de nós que não nos permite externá-lo com palavras. Até tentamos explicar, mas quem não é mãe jamais vai entender em sua totalidade o que é a maternidade.

Quando meu primeiro filho nasceu eu não me cabia de tanto amor. É uma intensidade de sentimentos tão forte, parecia que eu ia explodir. E, embora eu tenha dito que não há como explicar o amor de mãe, garanto que muitas vão se identificar com esse clichê. Porém, esse “excesso de amor” também me intrigava. Meu filho mal completou um mês e eu me perguntava: “E quando vier o segundo? Será que eu vou amar do mesmo jeito?”.

Lembro que minha mãe me tranquilizava dizendo: “Claro que sim”. Mas eu só posso dizer que sim, você também passa a amar o segundo filho, porque agora eu vivo isso. Meu segundo bebê está a caminho, guardadinho aqui no meu ventre, ainda sem nome. E, desde já, é muito desejado e amado. Nisso eu já posso dizer que minha mãe – e as outras que me disseram “Claro que sim” – têm razão.

Mas a minha cabeça insegura também tinha outra dúvida sobre o amor aos filhos: E o meu primeiro? Vou continuar a amá-lo tanto quanto o amo hoje? Como vou dividir esse amor? E a resposta é: Amor não se divide, se MULTIPLICA. Não existe subtração e divisão na matemática do amor. Apenas soma e multiplicação. Aquele sentimento de encantamento pelo meu primogênito quando ele nasceu nunca diminuiu. Ele tomou novas formas. Agora meu amor é mais contido, porém, não é menor. Afinal, se eu fico demonstrando que o amo o tempo todo com beijos, abraços e mimos, terei uma criança mimada. E amar também é disciplinar, educar.

Hoje, quando pego na minha barriga e, ao mesmo tempo, olho para meu primogênito, reforço o quanto amo meu pequenino. Afinal, ele foi meu cobaia com a minha insegurança de mãe de primeira viagem. Com ele cometi, e ainda cometo, os erros que terei a chance de evitar com o segundo. Ele é minha companhia quando meu marido não está em casa. Ele é, e sempre será, a primeira criança da qual vivenciei de perto a pureza da infância, o valor de um sorriso verdadeiro.

3 comentários:

Patricia disse...

Oi, Verônica,
Não sei como, o comentário que fiz sobre o teu post apareceu logo abaixo do post anterior! Distração minha, provavelmente, rs rs rs

Vou reproduzi-lo parecido, aqui: Achei muito linda a descrição no teu post de hoje, 6ª feira, sobre o nosso amor de mãe. Que ELE continue te abençoando muito com os filhos que te confia! E pensar, Verônica, que esse nosso amor imenso de mãe, é apenas uma "gotinha refletida" do grande AMOR DE DEUS por seus FILHOS!

Abração,
Patricia

Liana Clara disse...

Com certeza Pat! O amor de Deus por nós é infinitamente maior.
Agora, as mães tem um amor bem grandão por cada um de seus filhos

Unknown disse...

História linda de amor! Quando nasce um filho, nasce tbm uma mãe! Chorei Vê, parabéns!

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