Embora os evangelhos nos contem poucos detalhes da vida de Maria, inclusive seu "biógrafo" mais fiel, S. Lucas, a tradição sustenta que ela era bem jovem quando a sua missão de mãe do Messias, Jesus, lhe foi anunciada pelo anjo. Estava sozinha, certamente meditando nos escritos sagrados, que conhecia tão bem a ponto de, com eles, compor um cântico belíssimo diante de sua prima Isabel, o Magnificat.
Maria declarou logo seu estado virginal - " Como se fará isso, se não conheço varão?", ao emissário divino. Estava noiva de José, um justo, como o descreve o evangelho. E, ao aceitar essa estupenda responsabilidade, ser a mãe do Filho de Deus encarnado, inevitavelmente previu os dissabores que iria enfrentar nessa situação inusitada, de conceber e gerar sem intervenção do noivo ou de qualquer outro homem.
Também lhe foi comunicado que Isabel, sua prima, sempre considerada estéril e já de idade avançada, tinha concebido e estava no sexto mês. Podemos, então, perceber a disponibilidade total de N. Sª à vontade de Deus e seu amor incondicional a humanidade: em vez de ficar inebriada pela honra que o Altíssimo lhe tinha permitido, com pensamentos de vaidade e auto-indulgência, não perdeu tempo - S. Lucas destaca que foi "com pressa" (Lc1,39-40), viajando pelas montanhas da Judéia para ajudar sua parenta grávida e idosa. Ao chegar, a própria Isabel, por inspiração do Espírito Santo, faz-lhe uma profecia em forma de oração: «E donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?... E disse mais: Feliz és Tu porque acreditaste...» E o bebê em seu ventre, o futuro precursor, S. João Batista, saltou de alegria, já santificado pela presença do Salvador no seio da Santíssima Virgem.
Ficou três meses com sua prima, ajudando-a no fim da gravidez e nascimento do menino. Voltou, então, a Nazaré, quando estava evidente o seu estado de gestação. Podemos imaginar o escândalo que isso deve ter causado na pequena aldeia e no coração de seu noivo José. Essa parte, porém, abordaremos melhor quando nos dedicarmos a S. José.
Pacificado o seu espírito, este a recebeu em matrimônio e cuidou dela até o fim do seu tempo de espera. Mais um percalço, contudo, veio em forma de um edito de César Augusto, segundo o qual todos os judeus deveriam ir a seu lugar de origem se recensear. E tanto José como Maria eram descendentes de Davi, e sua origem estava em Belém. Lá se foram eles, com a Senhora no lombo de um humilde jumentinho, pois eram pobres, para cumprir o decreto e as profecias, que indicavam Belém como a cidade onde nasceria o Messias. As estradas eram ruins, principalmente para uma mulher grávida, nos últimos dias. Mas Maria não reclamou, esbravejou, ou se indignou contra Deus. Guardava tudo no seu coração, que era um altar de amor e serviço, de paciência e alegria, com a vinda daquele que foi tão esperado pelo povo de Israel e pelos homens, ainda que não o soubessem. E, infelizmente, muitos continuam a desconhecê-lO ou a negá-lO.
Próximo texto: O nascimento de Jesus
Maria declarou logo seu estado virginal - " Como se fará isso, se não conheço varão?", ao emissário divino. Estava noiva de José, um justo, como o descreve o evangelho. E, ao aceitar essa estupenda responsabilidade, ser a mãe do Filho de Deus encarnado, inevitavelmente previu os dissabores que iria enfrentar nessa situação inusitada, de conceber e gerar sem intervenção do noivo ou de qualquer outro homem.
Também lhe foi comunicado que Isabel, sua prima, sempre considerada estéril e já de idade avançada, tinha concebido e estava no sexto mês. Podemos, então, perceber a disponibilidade total de N. Sª à vontade de Deus e seu amor incondicional a humanidade: em vez de ficar inebriada pela honra que o Altíssimo lhe tinha permitido, com pensamentos de vaidade e auto-indulgência, não perdeu tempo - S. Lucas destaca que foi "com pressa" (Lc1,39-40), viajando pelas montanhas da Judéia para ajudar sua parenta grávida e idosa. Ao chegar, a própria Isabel, por inspiração do Espírito Santo, faz-lhe uma profecia em forma de oração: «E donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?... E disse mais: Feliz és Tu porque acreditaste...» E o bebê em seu ventre, o futuro precursor, S. João Batista, saltou de alegria, já santificado pela presença do Salvador no seio da Santíssima Virgem.
Ficou três meses com sua prima, ajudando-a no fim da gravidez e nascimento do menino. Voltou, então, a Nazaré, quando estava evidente o seu estado de gestação. Podemos imaginar o escândalo que isso deve ter causado na pequena aldeia e no coração de seu noivo José. Essa parte, porém, abordaremos melhor quando nos dedicarmos a S. José.
Pacificado o seu espírito, este a recebeu em matrimônio e cuidou dela até o fim do seu tempo de espera. Mais um percalço, contudo, veio em forma de um edito de César Augusto, segundo o qual todos os judeus deveriam ir a seu lugar de origem se recensear. E tanto José como Maria eram descendentes de Davi, e sua origem estava em Belém. Lá se foram eles, com a Senhora no lombo de um humilde jumentinho, pois eram pobres, para cumprir o decreto e as profecias, que indicavam Belém como a cidade onde nasceria o Messias. As estradas eram ruins, principalmente para uma mulher grávida, nos últimos dias. Mas Maria não reclamou, esbravejou, ou se indignou contra Deus. Guardava tudo no seu coração, que era um altar de amor e serviço, de paciência e alegria, com a vinda daquele que foi tão esperado pelo povo de Israel e pelos homens, ainda que não o soubessem. E, infelizmente, muitos continuam a desconhecê-lO ou a negá-lO.
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