Amor de amigas/irmãs

Por Maria Teresa Serman

Outro dia recebi um desses inúmeros, e infalivelmente melosos, arquivos com mensagens, que, mesmo meloso, pra não fugir à regra, era muito verdadeiro. O assunto era o do título: a importância que amigas queridas e fieis têm em nossa vida, nossa significando a de todas, assim espero, as mulheres. E me deu na veia de meditar sobre o assunto. Eis o resultado de minha meditação.

O amor das amigas/irmãs não é um substituto para outro tipo de amor, nem sequer um complemento. Trata-se de algo único, dissociado de carências e abandonos permanentes ou momentâneos, embora seja um bálsamo nessas horas. Quem, contudo, só procura as amigas nos momentos dolorosos não é digna do nome... amiga.

Coisa ótima é se reunir, trocar ideias e experiências; soltar umas "abobrinhas", ouvir outras tantas; rir da vida e de si mesmas, em conjunto! Não há ninguém mais fiel no sentido mais amplo do termo que uma amiga/irmã, é simplesmente visceral o sentimento, mesmo que haja diferenças e até choques, irrelevantes no caso. Tudo se resolve se construímos uma amizade sólida.

Amigas são como os vinhos - esta é uma comparação meio anacrônica, pois já se encontram bons vinhos novos -, se aperfeiçoam com o tempo. Isso se deixarmos o tempo, esse sábio presbítero, fazer o seu trabalho, amadurecendo-nos para sairmos de nosso casulo em busca da felicidade dos outros, que é também a nossa. Amizade mesclada com confidência e confiança: assim entram as amigas na nossa alma, com ternura e pudor, ainda que com audácia, pois quem ama assim é, audacioso na essência.

Felizes as que são boas amigas; felizes aquelas que as têm e conservam; mais felizes as que virão a tê-las por toda a vida. Juntamos, desse modo, reais tesouros na terra, que com certeza levaremos para o céu, onde a caridade será perfeita e jamais se extinguirá. Obrigada de coração, meninas queridas, vocês sabem quem são!