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quarta-feira, 27 de abril de 2011

NAMORO SANTO

Por Maria Teresa Serman

Um conhecido jornal publicou recentemente, em um de seus suplementos, uma reportagem com o título do texto de hoje. A jornalista entrevistou algumas pessoas, entre as quais uma atriz, uma Miss Brasil e profissionais variados, homens e mulheres, fiéis de uma religião ou não, entre eles psicólogo e psicanalistas. O resultado foi interessante e muito instrutivo.
O "namoro santo", ou castidade no namoro, como preferimos chamar, não é novidade nos tempos atuais. Há um movimento nos EUA, que se iniciou em 1993, denominado "Quem ama espera", de origem batista, de incentivo aos jovens, para que só iniciem a vida sexual no casamento. Como a Igreja Católica, nossos irmãos protestantes defendem o valor positivo da castidade. Positivo sim, pois não se trata de NÃO fazer sexo, mas de partilhar e aprofundar o verdadeiro amor.

As pessoas que resolveram adotar essa postura se dividem entre as que já tiveram experiências e as que resolveram se guardar desde o início.


Os depoimentos do primeiro grupo reforçam a ideia de que a banalização dos relacionamentos vem levando à frustração e ao fracasso no encontro homem/mulher. Comprovaram isso na sua própria vida e resolveram mudar.

Estes enfrentam muito menos oposição, suspeito eu, do que os outros, pois o mundo considera os que desejam se manter virgens ( a palavra é esta, não é palavrão, embora ouvidos deformados façam-na soar como ) anormais, fundamentalistas e "conservadores", o que atualmente é pior do que xingar a mãe. As declarações deixam essa diferença bem clara, aliás.

Engraçado, assim classifico, se teimarmos em conservar (é isso aí, somos conservadores!) o bom humor, é que tais pessoas, muitas, infelizmente, exigem que seu pensamento liberal e atitudes promíscuas sejam respeitadas como direitos seus. Porém, na contramão dessa aclamada liberdade, condenam e rotulam os que ousam pensar e agir de modo diferente. Seria essa a reação das consciências feridas?

Há um detalhe sutil e divertido, na opinião da conhecida atriz entrevistada, que contraria um argumento, bastante gasto e inverídico, de que se deve experimentar antes, para conferir se a vida sexual do casal será boa. Ela inteligentemente diz que o beijo entre os namorados vai revelar isso, pois, agora acrescento eu, sexo não se resume à junção de corpos no ato em si, mas a muitos fatores internos e externos, antes, durante e sempre. Quem ama a mesma pessoa há bastante tempo sabe que sexo de boa qualidade deve vir precedido e acompanhado de carinho e dedicação de excelentíssima qualidade.

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