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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Para manter a chama acesa

Por Maria Teresa Serman

Temos falado aqui no blog sobre o amor que se mantém ao longo dos anos. Este verbo - se mantém - não é pertinente, e vamos substituí-lo hoje por "se revigora". Mais um estudo recente, da Universidade de Stony Brook, em Nova York, mostra que é possível ficar APAIXONADO a vida toda. Bianca Acevedo, autora da pesquisa, afirma que, quando a paixão amadurece, ela se torna amor, sem perder o romantismo, "com a mesma intensidade, comprometimento e interesse sexual do início. A diferença é que esse sentimento está livre do elemento obsessão, característico da fase inicial do romance".

A afirmação, cientificamente comprovada, por meio de exames de ressonância, confirma o que já havíamos divulgado, quanto às reações químicas dos cônjuges. Porém, nada é garantido, e o que é valioso demanda atenção contínua, pois " o amor romântico está diretamente ligado à satisfação no relacionamento, bem-estar e autoestima", complementa a cientista. Então vamos relembrar alguns procedimentos proativos, de modo a intensificar esse romantismo.

Volte a namorar, lembrando e demonstrando a ele (ela) o que a (o) fez se apaixonar. Convide-o(a) para ir ao cinema, jantar fora, sair pra dançar; enfim, o que costumava (que bom se já fazem isso!) acelerar o seu coração. Priorize a ele(ela), não a carreira, a casa, e deixe os filhos com a vovó, ou não, se já forem crescidos. Avisem que não querem ser perturbados e aproveitem o tempo a dois.

Se brigarem, o que é normal, e até certo ponto (e raramente, de preferência) saudável, mantenham a desavença no limite da educação e do respeito. Não se tornem inimigos, e sim parceiros que discordam por algum motivo, dentro de um universo de fatores positivos, de união e compromisso. Correndo o risco de perder o controle, ou vendo que ele(ela) está no limite, saia de perto, saia de casa, sem bater portas ou fazer teatro. Avise que vai esfriar a cabeça, entre no banho, se não puder ir mais longe. Água e sabonete fazem milagres, comprovadamente. Só retome a conversa quando estiverem OS DOIS pacificados, e pessoalmente tiver conseguido enxergar, mesmo não concordando, o lado dele (dela).

Elogie tudo que puder, sem ser enjoativa (o), é claro. A admiração mútua é um dos sustentáculos fundamentais do amor, assim como a fidelidade, e esta se alicerceia na outra. Seja gentil, afetuosa (o), troque beijinhos, desde o acordar até o adormecer. Demonstre carinho fisicamente, e em bilhetinhos amorosos, estrategicamente escondidos em lugares discretamente encontráveis. Não esqueça o,”por favor, querido(a)" e o "obrigada(o), meu bem". Ele(ela) é seu amor, não um objeto ou utensílio a que se está acostumado e se usa ao bel prazer.

Demonstre que está do lado dele(dela), para bons e maus momentos, em ínfimas e grandes coisas; afinal, você prometeu, não estava brincando, não? A gentileza, o companheirismo, o carinho renovado e explícito alimentam a energia e a química que existem, e precisam ser cultivadas, entre os que se amam. Apóie, confie, encoraje, e você terá isso multiplicado de volta.

Tudo isso é ótimo para vocês e mais ainda para os filhos. Bem mais do que o que nós, pais, dizemos ou indicamos, é esse sentimento recompensador que lhes ensina o caminho do verdadeiro amor, que não morre, e transcende até a eternidade, que começa agora.

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