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quarta-feira, 23 de março de 2011

REFEIÇÃO E TELEVISÃO NÃO COMBINAM, NÃO

Por Maria Teresa Serman

Parodiando o grande poeta, esta não é uma rima, e muito menos uma solução. É cômodo colocar a criança diante da tela para distraí-la e assim ela comer tudinho. Com um vídeo adequado à sua faixa etária, se ela é pequenininha, tudo bem. Porém, quando já fica mais crescidinha, o lugar de comer é na mesa, com o resto da família, no horário pertinente.

Aparelhos de TV só se alimentam de energia, não de comida, todos sabem disso. Então, não tem razão de ser eles serem "convidados" a participar das refeições. Vão se alimentar, sim, nesse caso, da energia que emana da assembléia familiar, da troca de informações sobre o dia de cada um, dos conselhos que os mais experientes dão aos mais jovens, do amor que a comunicação entre as pessoas faz renovar. Perdem-se oportunidades de ouro quando as vozes se calam e o ruído da mídia se sobrepõe. Sem mencionar, mas já lembrando, as imagens escabrosas que ela anda divulgando.

Á mesa se somam as experiências cotidianas e se assimilam novos conceitos de educação, relacionamento humano e serviço. Serviço de quem preparou a refeição; de quem ajudou a por a toalha e os apetrechos necessários; e também daqueles que ganharam o pão de cada dia com seu trabalho bem realizado, pois é essa dedicação que realmente alimenta a união familiar. Essa sensação de fraternidade que brota das refeições conjuntas é tão verdadeira e antiga, que o próprio Cristo instituiu a Eucaristia durante uma delas.

Como é bom comer, beber, brindar, rir, gargalhar, até corrigir com carinho os modos dos filhos, nesses momentos! Vê-los ali relaxados e desnudados de suas preocupações cotidianas é certamente uma das maiores recompensas ao esforço dos pais em manter a família. Não se deve macular esses momentos sagrados com banalidades e baboseiras.
Mesmo o mundo, com suas notícias alarmantes, pode esperar sua vez para ocupar espaço e subtrair a atenção.

Vamos aproveitar as refeições em família para fortalecer os vínculos de amor e atenção entre marido e mulher, pais e filhos, netos e avós, irmãos e cunhados, sogros, noras e genros. Todos aprendem e ensinam muitas coisas, é fatal para a união familiar não aproveitar essas oportunidades, causa danos que nem sempre se consegue corrigir no futuro. Carpe diem, aproveitemos a família à mesa!

Um comentário:

Patricia C. disse...

Beleza de reflexão, Tetê!
Que bom saber que ainda se confraterniza em tantas famílias, com esses bons hábitos, como o de compartilhar assuntos do dia a dia de seus membros, de várias idades e interesses.

Que esse exemplo inspire outras famílias para que não deixem o superficial sobrepujar as grandes verdades...essas que se podem compartilhar no dia a dia, aprendendo daqueles que amamos,disfrutando de um pouco da vida de cada um durante esses momentos de reunião, ajudando a se conhecerem cada vez melhor.

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