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quinta-feira, 10 de março de 2011

O que mudou em mim após a MATERNIDADE

Por Patricia Carol Dwyer

Enquanto refletia sobre o que teria mudado na minha forma de ser - de estar no mundo - primeiro através das transformações no corpo, no aguçar da sensibilidade, na minha postura como mulher, esposa, amiga, durante os meses da gestação, e em seguida, com o próprio parto, percebi o principal: eu não mudara nada na minha personalidade. O que houve não foi uma troca de comportamento exterior, nem de sentimentos; foi sim um acréscimo, uma potencialização das características próprias, que vinham amadurecendo com o tempo até culminar na maternidade.

Foi pela necessidade de proteger com a minha vida aquele novo ser humano indefeso, indivíduo totalmente dependente de mim naqueles primeiros tempos, que percebi que aumentara enormemente meu autodomínio, minha força de vontade de lutar para alcançar e manter a felicidade, não só a pessoal, mas principalmente aquela necessária para compartilhar com a família que iniciava ainda bem jovem.

Ao segurar pela primeira vez e amamentar minha linda filha, seus olhinhos procurando focalizar os meus, vivi um momento solene e inesquecível, acredito que deixando uma marca profunda no subconsciente de nós duas, da conscientização de que eu pertencia a ela e ela a mim, para sempre! Que me tornara instrumento de Deus, apto a transmitir um AMOR INCONDICIONAL a outro ser tão especial!

O conhecimento prático aprendido e desenvolvido ao ser mãe pela primeira vez teve um aprimoramento com o nascimento do segundo filho. Houve a necessidade de adaptação a outra forma de tratamento, pelo fato de o irmãozinho não ser apenas mais um bebê para cuidar e amar e sim outro indivíduo, ser humano único, que precisaria de tempo também para se deixar conhecer e desenvolver, segundo suas características e aptidões inatas.

Essa fase inicial, ao aumentar a família, trouxe consigo grandes descobertas pessoais para mim e muitos insights novos em relação à pessoa do OUTRO... tantos quantas são as diversidades entre as pessoas. Após os filhos atingirem a maturidade, tornando-se responsáveis por seus atos, encaminhando suas vidas de acordo com seus valores e a certeza de serem amados, foi emocionante olhar para trás e agradecer a Deus pelo dom da liberdade inalienável que nos concedeu a todos ao nascermos, que permite escolhermos entre o Bem e o Mal, podendo deixar um rastro de Luz pelo caminho percorrido, cientes e felizes por termos procurado viver segundo a Sua vontade!

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