As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem à vontade nossas amigas.
1 - A. diz:Dra como fazer com minha filha adotada que esta com 14 anos, pra contar sobre a adoção? Nunca contamos, mas agora ela anda muito rebelde e desconfiada.
RESP: Caro(a) A.
Será muito bom que falem logo com sua filha. Vocês conhecem os pais biológicos? Sabem algo concreto sobre ela? Tem outros filhos?
Se tem mais filhos, primeiro falem com ela e depois com os outros ou peçam que ela mesma conte a eles, com sua próprias palavras, para que veja, concretamente que na família se esperava um momento certo para tocar no assunto.
Se é só ela, preparem o momento, com muito carinho, antes do jantar, por exemplo, ou de um lanche que contenha o que ela mais gosta, uma bela mesa bem arrumada dando bastante importância ao assunto. E sejam breves. Digam que desejavam muito uma filha e ao vê-la, sabiam que representava muito bem seu sonho!
Os pais biológicos não a podiam criar ( morreram ? são desconhecidos ?, foi entregue a outros ? ) e vocês realizaram seu sonho. Ela é filha do coração!
Não se admirem se ela já tiver imaginado a verdade ou se alguém já lhe terá contado. Reservem-se de fazer comentários e ouçam o que quer que ela tenha a dizer, com o coração muito aberto. Se for o caso, chorem com ela! Preparem-se porque ela desejará conhecer os pais biológicos e digam que se empenharão em oferecer esta oportunidade, se estiver ao seu alcance. Continuem a tratá-la do mesmo jeito e saibam respeitar se ela se fechar em si mesma, ou se disser que deseja morar com os pais biológicos ( o que na minha experiência, não costuma acontecer...).
Não demorem muito a ter esta conversa. Já estão 14 anos atrasados... Não se sintam culpados, mas felizes por este gesto belíssimo de oferecer amor e ternura a alguém!
É sua filha, DE VERDADE, não hesitem em dizer isto a ela, alto e bom som! Rezem muito e falem! Fico às suas ordens! Mannoun
2 – M. diz: Como conversar com meu filho adolescente pra saber o que lhe aflige? Somos de falar pouco entre nós em casa. Meu marido também é muito calado e o menino é filho único.
RESP:Cara Sra. M.
Com muita simplicidade e sem rodeios, achegue-se a ele( especialmente quando ele já estiver na cama, à noite ) e diga que deseja muito ajudá-lo e não sabe como fazer, necessitando que ele mesmo a ajude...
Repita isto mesmo que me disse, que na família são de conversar pouco mas que o amam muito e que de todo coração desejam sua felicidade ! Se ele quiser e quando quiser, vocês estão inteiramente disponíveis e acolhedores... Creio que esta pequena introdução fica bem como um início de diálogo e ele perceberá seu esforço, mas também sua alegria por conseguir vencer-se em algo que lhe custa, POR AMOR!
Boa sorte e peça ao pai que faça o mesmo, em datas diferentes, talvez indo com ele a um Centro Esportivo, ou algo Cultural, dependendo dos costumes familiares.
Fico a seu dispor , Mannoun
3 - A. diz: Minha filha de 11 anos já ficou menstruada desde os 10 anos e agora tem ficado 3 vezes no mês. O que devo fazer?
RESP:Caro(a) A.
Se sua filha tem habitualmente um médico que a assiste, este será a pessoa mais indicada para orientá-la. Em princípio, com as pacientes que acompanho e não apresentam enfermidades habituais, apenas tranqüilizo sem medicar nem mudar seu ritmo de vida habitual. Os ovários das meninas estão iniciando uma nova função e por si mesmos entrarão num ritmo próprio.
Por favor não escutem leigos e curiosos que falarão mil e uma coisas, nem usem hormônios ou medicamentos para interromper aquilo que é um acontecimento sem maiores implicações, a menos que o Médico de família que conheça o organismo de sua filha veja alguma indicação.
Pode voltar a falar comigo quando desejar. Atenciosamente, Mannoun
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Como posso ajudar um adolecente a sair das drogas? Por onde começar?
Dra meu marido bebe muito e constantemente e tenho medo de que meu filho de 15 anos se torne um alcoolatra pelo exemplo do pai, o que me sugere fazer?
Obrigada desde já Marlene
Postar um comentário