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quarta-feira, 2 de março de 2011

Amor e ciência

Por Maria Teresa Serman

"NOVA YORK - Para algumas pessoas o sentimento de amor intenso não desaparece com o tempo. Em um estudo recente, ao ver fotos dos amados, o cérebro dessas pessoas foi ativado em uma área de lembranças profundas e sentimentos motivadores - as mesmas áreas que respondem ao estímulo em pessoas apaixonadas.

O estudo, focado em 17 adultos que tinham sido casados por entre 10 e 29 anos e ainda nutriam fortes sentimentos por seus parceiros, mostrou ainda que parceiros que apenas se esforçam para estarem felizes juntos podem não atingir o objetivo, segundo o neurocientista Arthur Aron, da Stony Brook University, em Nova York.


- Isto é inspirador para casais que estão juntos há muito tempo - diz.

No laboratório, os participantes olhavam para as fotos de seus parceiros e depois para várias outras pessoas, incluindo pessoas próximas. Durante o experimento o cérebro deles foi escaneado e os resultados foram gravados.

Quando comparados com os resultados de pessoas que tinham acabado de se apaixonar, o experimento mostrou algumas diferenças: só os novos apaixonados apresentaram atividade cerebral na região do cérebro relacionada a tensão e obsessão. E só os parceiros de muito tempo mostraram atividade extra em áreas relacionadas à dedicação e ao vínculo. Os dois grupos mostraram atividades cerebrais compatíveis na região de processo de dopamina.
- Isto dá mais segurança, é a confirmação de que há algo real aqui e não duas pessoas se enganando - diz o pesquisador."

Resolvemos reproduzir este texto na íntegra, pois ele é muito claro. Só gostaríamos de destacar dois pontos que julgamos notáveis. O primeiro é a certeza de que "apenas se esforçar" não é o suficiente para alcançar a felicidade. Parece mesmo muito medíocre. É como andar na esteira ou carregar sacolas de supermercado. Não, é preciso dar o sangue e a alma por inteiro. Fazer de si mesmo a morada do ser amado, parodiando o poetinha. Amar sem trégua, o que não é mero romantismo, mas a realidade.

O outro aspecto é a conclusão final: não há engano, costume ou preguiça de procurar outro, com muitos afirmam, mas "a confirmação de que há algo real ali", não é impressão, a ciência comprova o que já sabíamos. Viver a vida juntos e felizes é mais do que possível, é recomendável.

Um comentário:

Paula Serman disse...

Esse estudo só ratifica conclusões tiradas de tantos outros que mostraram que o amor verdadeiro experimentado por casais que vivem há muitos anos juntos é motivador, impulsionador, estimula a criatividade e fator protetor de várias doenças, inclusive depressão e doenças neurodegenerativas. Por isso, continuamos na busca e na espera desse amor... É uma questão de saúde pessoal e pública!!! Excelente artigo!

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