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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Como ser uma boa sogra?


Colaboração com o blog: Texto de Fernanda Berard

Estava refletindo no artigo sobre a sogra postado neste blog, há uns dias e fiquei pensando em como podemos nos preparar para sermos boas sogras (também vale para o sogro). Sim, porque acho que na verdade, ninguém deseja ser má, ser detestado, ser alvo de piadas, etc. Uma coisa é achar engraçado o chavão das piadas de sogras. Outra é viver pessoalmente a dificuldade de relacionamento entre sogra e nora ou genro. Nessas situações, sempre há sofrimento para um dos lados ou para os dois e o filho ou filha, mesmo que não queira, se vê dividido entre o cônjuge e a mãe.

Antes de tudo, é preciso colocar “uns pingos nos is”: mãe é mãe, mas quando o filho se casa, este deve atender primeiro seu cônjuge, depois seus pais. O matrimônio funda uma nova família e modifica a ordenação do amor. Se anteriormente os filhos deveriam amar na terra os pais em primeiro lugar; quando se casa, o cônjuge ocupa esse primeiro lugar. Depois, os filhos que nascerão desse amor e só depois, os pais.

Não se trata de ingratidão, mas de generosidade, de fazer a vida andar para frente e de fazer o amor se dilatar e não, se retrair. É claro que os filhos devem obrigatoriamente cuidar de seus pais, principalmente quando são mais idosos, mas eles devem saber ocupar o seu lugar de quem já teve sua chance na vida de criar sua família e agora deixar seus filhos fundarem as deles.

Sem dúvida é essa a grande dificuldade de ser sogra! Depois de tantos erros e acertos, de tanto amor dado, arrependimentos pelos amores “não tão bem dados assim”, saudades do filho pequeno que não existe mais, das coisas e costumes que tinha, enfim... de tantos sentimentos... É preciso saber recuar, saber dar chance para o outro tentar!

Às vezes é preciso aconselhar, sem dúvida, mas sabendo que conselho é conselho e deixa espaço para não ser seguido.
Portanto, penso que todos podemos nos preparar para sermos boas sogras (ou sogros). Para os pais que ainda tem seus filhos pequenos (como eu) devemos começar por viver bem o tempo presente, fazendo todo o esforço por educar bem nossos filhos no tempo em que nós somos encarregados de fazer isso.
O tempo de formá-los bem para que possam tomar boas decisões na vida adulta é agora. Não adianta relegar esse dever para outros ou deixar o tempo escorrer, como areia, pelas mãos, por que nossa vida é corrida, por falta de tempo, por que não queremos abrir mão de nossos caprichos, entre outros motivos. A hora de dar as nossas opiniões e de formar bem a deles é agora. Depois, serão palpites!

Porém é preciso que tenhamos a consciência de que não educamos nossos filhos para nós mesmos! É necessário fazer tudo isso, com a abnegação de quem pega o seu melhor e o entrega sem esperar nada em troca.

Aliás, não é essa a verdadeira essência do Amor? O bem de quem faz algo esperando agradecimentos e recompensas não pode ser verdadeiramente chamado de amor!

Sugestão de uma boa leitura sobre ser sogra e ser nora.

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