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domingo, 25 de setembro de 2011

JUSTIÇA MAIOR

Por Maria Teresa Serman

Temos todos presenciado - pode ser assim expresso, tão vivas são as imagens em áudio e vídeo - cenas assustadoras de pessoas que usam a república para enriquecerem e patrocinarem outros membros da família, amigos e conhecidos. Alguns argumentam que corrupção sempre existiu, o que é verdade. Contudo, a magnitude do dinheiro desviado e a desvergonha dos corruptos são um descalabro. Afronta os que sustentam a nação com seu trabalho, especialmente os cidadãos mais humildes, que o fazem com muito sacrifício.

Felizmente, ou infelizmente, pelo número escasso, alguns reuniram-se para enfrentar essa situação e dar sustentação à "faxina", como denominaram a tentativa incipiente de botar o mínimo de ordem na casa.

O povo, que andava hipnotizado por pirotecnias verbais parece ter acordado e anda protestando por cartas. Mas ainda é pouquíssimo, perto do que devemos fazer.

A consciência dos cidadãos deve movê-los a reivindicar o que é seu por direito: um país justo, com educação e saúde de alto nível, compatível, aliás, com o absurdo montante dos impostos. Essa consciência do que é correto precisa nos conduzir a atitudes tão ou mais ousadas do que aquelas que nos prejudicam. Também não podemos nos calar diante, não só das falcatruas e conchavos, mas das tentativas insistentes de calar a lei natural, substituindo-a por leis iníquas, privilegiando grupos e tendências que, por seu poder na mídia, distorcem o bem maior.

Não podemos agir como minoria acuada pelos estertores dessas pessoas. Todo ser humano tem o direito de lutar e se fazer ouvir de acordo com os ditames da sua consciência. O silêncio dos que não compactuam fortalece os gritos dos que querem manipular a ciência a seu favor. Com caridade, com respeito, devemos fazer ouvir nossa voz, sem medo de parecermos ultrapassados, conservadores e coniventes com falácias que se mascaram de verdade.

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