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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Experiências de família – parte 1

Hoje eu pensei em contar algumas das nossas, minhas e de meu marido, experiências como pais.

Tivemos a felicidade de ter muita ajuda, como bons cursos, alguns ministrados pela Dra Mannoun, que nos foram muito úteis para formarmos melhor nossos nove filhos.Nos cursos que fizemos, tivemos muitas dicas boas e que produziram excelentes efeitos, como: desde pequenos terem tarefas em casa; arrumarem suas coisas depois de brincar; ter horários para estudar, brincar, tomar banho, ver TV. Transformar tarefas domésticas em brincadeira com os maiores, como ver quem consegue juntar mais pares de meias - já notaram que em toda casa existe um buraco negro onde as meias desaparecem e deixam apenas um dos pares?

Mãe e pai precisam repetir inúmeras vezes as ordens, não dá pra fugir disso, mas ajuda ter um quadro de avisos com as tarefas da semana de cada um, assim facilita o aprendizado e a ordem da casa. Ter nove filhos não é problema, é simples, eles nascem, da mesma forma que nascem os filhos de quem tem um ou dois. A diferença está em saber educá-los para que mais tarde sejam homens e mulheres de bem. Sem permitir que percam suas individualidades.

Como três nonos dos filhos já estão criados, posso afirmar com bastante certeza que os métodos utilizados foram eficazes, e, sempre atualizando para a época vigente, estamos tentando o mesmo com os filhos menores.

Uma coisa boa pra começar, desde bem pequeninos, é falar de forma correta, sem muitos diminutivos e sem erros de português - aquela velha história de falar “tatibitati” é péssimo para a criança na hora de começar a falar. “ Coisinha fofinha da mami”, “nenê vem papá”, “ cadê a inheco inheco do papai?” , tudo isso só contribui para empobrecer o vocabulário e criar pequenos ignorantes assassinando o vernáculo. Vejo gente falando com criança de uma forma que nem dá pra reproduzir aqui. Completamente errado e beirando o ridículo. Lembrem-se de que os filhos crescem, e rápido, e se tornarão os homens e mulheres bem sucedidos de amanhã (ou não). Ninguém quer formar analfabetos funcionais no futuro.

Na minha época de escola, eu tinha amigos bem inteligentes, ótimos alunos, mas que, na hora de falar, diziam coisa do tipo: “ tauba”, “pobrema”, “procês” e assim por diante, pelo hábito de ouvir os familiares em casa pronunciando as palavras dessa forma. É o que se chama "ambiente linguístico", decisivo para a interiorização da norma culta da língua. Os erros e vícios aprendidos então são dificílimos de perder, mesmo com uma alta escolaridade. Vemos doutores falando barbaridades por aí. Pobre língua portuguesa!

Hoje, vejo na internet, a garotada escrevendo pior ainda do que eu ouvia falar no passado. Escrevem como falam, “ Aki ñ podi”, e demonstram a falta de vocabulário, substituindo tudo pela palavra “coisa”; “"Onde tá a coisa de coisar o negócio?".

Mesmo sendo apenas um dos itens da nossa lista de preocupações como pais, é importantíssimo para o seu desempenho acadêmico e profissional. Nas empresas modernas se exige habilidade e competência no emprego da linguagem escrita e falada.

Aos poucos vamos colocando outras dicas, conforme a memória permitir e as idéias forem surgindo.

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