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quarta-feira, 9 de março de 2011

Um pouco de médica – por que não?

Como mãe é uma figura que compreende muitas tarefas e muitas especializações, não pode faltar a nenhuma de nós a especialidade de para-médica.

Conforme os filhos vão crescendo, aprendendo a andar, os tombos vão sendo causas de sustos para a mãe. Alem de ter que descobrir que o filho esta com 38 graus de febre mesmo pulando e correndo. E também saber o que fazer quando algum dos seus anjinhos ingere um produto de limpeza por mera curiosidade e atração, porque achou que tinha a cor de suco de morango.

A capacitação médica vai evoluindo junto com as artes e peripécias deles e também nas idas e vindas ao pediatra, decifrando suas letras, traduzindo para o atendente da farmácia (sempre achei que médico devia fazer caligrafia durante a faculdade) e também as doses a administrar ao doentinho.

É impressionante a falta de tato destes que lidam com mães de primeira viagem, escrevendo suas receitas com garranchos e até caracteres em grego! E quando a mãe vai dar a medicação surgem as dúvidas: quantas gotas? Qual é a dose do xarope? Aí começa outra especialização: tradutora de termos médicos, e toma de pesquisa na internet: será FELDENE ou TELDANE? Um erro e podemos transformar um anti-inflamatório em um Anti-histamínico H1, e complicar toda a situação.

Gosto muito do pediatra dos nossos filhos, apesar da letra ser um desafio, é muito explícito nas suas receitas e recomendações. Ele relê conosco a receita e explica como devemos ministrar cada medicamento, forma e horário.

Nunca vou esquecer de ele me dizendo que eu poderia usar uma seringa para dar o antibiótico líquido a um filho pequeno, mas que não esquecesse de tirar a agulha antes! Ele sempre repetia isso ao sugerir esta forma de dosar o remédio e introduzir na boca do neném. Era hilário! Imagine se eu ia dar o remédio com agulha.

Ele afirmava que não podia deixar de avisar isso, pois muitas mães não tinham a menor noção e levavam a idéia às últimas consequências.

Pediatras assim, tão dedicados, ajudam muito a formação das mães para-médicas. Ajuda, porém, se já chegarmos dizendo claramente os sintomas da criança, as providências que já foram tomadas e o que é crítico no momento. Mães também podem ser pragmáticas e racionais, quando se concentram.

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