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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Minha opção pela família

Por Priscila Cristian*

Tenho 31 anos, sou casada a 5 anos com Thiago (28 anos) e temos 2 filhas (Isabella, 4 anos e Clarissa, 3 anos).

Meu marido e eu nos conhecemos há mais de 10 anos, em um curso de inglês. Começamos a namorar em 2004, em 2010 nos casamos, e logo tivemos a Isabella.

Sou formada em Sistemas de Informação (fizemos faculdade juntos), sempre trabalhei na área de informática. Quando engravidei da Isabella eu trabalhava com Teste de Software, amava meu trabalho! Era muito dedicada, muito boa no que fazia. Trabalhava de segunda a segunda, de madrugada, se preciso fosse, Tive que diminuir o ritmo após a primeira. Passei a trabalhar 6 horas, em outra área que tomava menos tempo, mesmo assim ainda trabalhava final de semana e feriados, por estar em uma área de sistemas críticos, não podiam parar de funcionar. Voltando da licença maternidade arrumei ajudante pra cuidar da minha filha, na minha casa; foi um período difícil Sem contar que ela estava ficando muito mal criada e desobediente, (1 ano é uma idade de formação muito crítica e é preciso muito discernimento pra educar nessa fase).

Quando Isabella fez 1 ano engravidei da Clarissa, e isso foi um baque no meu serviço, mal acabara de voltar da licença maternidade, e já estava grávida novamente. Diante das dificuldades com a primeira, nós dois sentamos para conversar sobre a possibilidade de eu deixar de trabalhar quando a Clarissa nascesse.  Confesso que tive que “dormir sobre o problema” algumas noites pra poder digerir o assunto, o pensamento de que “não tinha estudado tanto pra ficar em casa” me rondava dia e noite.

Relutei, mas sempre pedi a Deus um coração dócil, para aceitar o que Ele tivesse pensado pra mim; e fui aceitando a ideia, e vendo que era o melhor. Percebi que teria mais tempo pras meninas, pra casa, e poderia criá-las como eu achasse certo, enfim, teria muitos “prós”. Nós nunca pensamos no dinheiro como um “contra”, afinal, se Deus estava nos propondo isso Ele mesmo se encarregaria de suprir nossas necessidades.

Hoje temos mais dignidade que antes. Podemos fazer coisas juntos que antes não podíamos, como por exemplo: viajar. Deus tem cumprido a promessa de nos sustentar e tem sido rico em misericórdia na nossa vida. Vivíamos correndo atrás de dinheiro o dia todo e não tínhamos a dignidade que temos hoje.

Quando acabou minha licença maternidade eu pedi demissão. Um dia eu tinha salário, e no outro não tinha mais; sem nenhuma reserva pra “segurar as pontas por um tempo”. Foi um início difícil, mas sabíamos que era a vontade de Deus pra nós, e tudo se resolveria.

Na época que conversamos, eu e meu marido acordamos que essa seria uma decisão temporária, até as meninas irem à escola e eu voltaria à trabalhar fora, mas penso que isso tenha mudado um pouco com o passar do tempo. Hoje penso que talvez um emprego onde eu possa trabalhar em casa seja o ideal. Não me vejo ficando fora de casa 8 horas por dia. Sinto falta do ambiente de trabalho, mas essa sensação é mais frequente quando me sinto estafada com os afazeres de casa.



Thiago me ajuda muito em casa,  isso foi um fator que pesou muito na minha decisão, ele me vê como uma “trabalhadora”. Nossa relação, como casal, melhorou muito. Porque hoje eu tenho mais tempo pra cuidar do meu marido e das minhas filhas. Meu marido fica muito agradecido e isso reflete positivamente no nosso relacionamento; e a educação das minhas filhas é ótima! Não temos problemas em relação a nada com elas.

*Priscila, Brasiliense, casada, católica, mãe de 2 filhas, formada em sistemas de informação há 7 anos mas decidiu ser mãe em tempo integral há 3. Amante de ScrapBook nas horas vagas (raridade).

2 comentários:

Patricia Carol disse...

Que beleza a sua estória, Priscila! Parabéns ao Thiago que soube ser o "São José" que Jesus pedia a ele: ajudando tanto no sustento material quanto no físico e ESPIRITUAL.

Lembro que eu sempre quis ser "só"(?) mãe de família, mas depois de os meus dois filhos estarem quase adolescentes, me dei ao "luxo" de trabalhar em meio período, pois já viúva, precisava mesmo modificar o meu orçamento. Como? Pela bondade e acolhimento dos meus pais,aluguei o nosso apê, para nos mudamos para o apê bem grande deles na época, e conseguimos nos entender muito bem sem estarmos na nossa casa tão querida.Claro que pesava às vezes, a perda de independência total em que vivíamos, agora tendo que sempre comunicar aos meus pais onde íamos, quando voltávamos, etc, em respeito à preocupação natural deles naquela situação difícil na vida familiar. Mas, como você diz Priscila, a gente ENTREGA A DEUS A NOSSA VIDA INTEIRA, e ELE se encarrega do resto! Com a filha já casada e mudando para sua nova casa com o marido, meu filho quis continuar seus estudos como MÚSICO, e me pediu que o acompanhasse na mudança para Floripa, onde poderia continuar na 2ª faculdade. A 1ª foi a de Comunicação, na PUC-RIO, com muito esforço pra manter a bolsa de estudos até se formar. Lá em Foripa foi onde ele fez a faculdade de Música, em Universidade Estadual(UDESC) e eu tb. aproveitei a "carona" fazendo outra faculdade lá. Daí pra frente, seu sonho o levou a procurar estudar fora do Brasil, e após muito esforço, conseguiu a Cidadania Canadense!

Voltei à casa dos meus pais, para desta vez, já aposentada como TRADUTORA, cuidar de minha mãezinha quase centenária! Se Deus quiser, ainda a teremos aqui por algum tempo, visto o seu bom humor permanente, apesar de só poder se locomover em cadeira de rodas.

O filho "Canadense" abriu em Toronto uma escola de música junto com a noiva, tb. musicista, e além de shows noturnos com sua própria banda e às vezes em trio, dão aulas particulares,e ainda fazem uma espécie de "Camp" de férias, ensinando músicas populares nos Ukeleeles, em grupos de 40 às vezes! para os gurizinhos.

Priscila, DESCUUUUUUUUUULPE A FALAÇÃO, rs rs rs, mas, quando a gente tem uma vida muito movimentada, com tantas mudanças repentinas, parece que a gente acelera mais a vida, e começa a apreciá-la mais e a rejuvenescer! Daí, essa estorinha muito longa!

Fico ansiosa para ler algum novo comentário seu no "nosso Blog"!
Abração,
Pat falareta e FELIZ!

Anônimo disse...

Obrigada, pat!!!! Desculpa a super demora em responder, mas sou super nova por aqui e nem vi q tinha comentários..rsrs mas q bom que temos estórias pra compartilhar que nos ajudam, né?! Que venham os próximos posts!!!

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