Por Raquel Suppi
Eu estreei na maternidade como mãe de um menino e, três anos depois, para minha alegria, chegou mais um lindo príncipe em minha vida. Quem me conhece, sabe o quanto me apaixonei pelo universo azul, dominado pelos carrinhos, bolas de futebol, super-heróis, espadas e brincadeiras repletas de simulações de golpes de luta! Tanto é que vivo sendo marcada em imagens e textos sobre as alegrias de “ser mãe de menino” – e me vejo em vários pontos colocados!
Recentemente, li um artigo que falava sobre o modo que os filhos homens enxergam as mães. Entre outras coisas, a autora descrevia as mães como o “ser primordial” da vida deles, ressaltando a forma calorosa e carinhosa com que são tratadas. Também afirmava que, para os meninos, as mães são as pessoas mais lindas, perfeitas e corretas do mundo, por isso querem estar por perto, para protegê-las. Embora, no dia a dia, nem sempre a relação dos filhos comigo pareça assim tão romântica e maravilhosa, eu me identifiquei bastante. O curioso foi que, justo na época que encontrei a tal matéria, aconteceram vários episódios que “comprovavam” isso, envolvendo os meus dois “rapazezinhos”.
Pedrinho, o mais novo – de quase três anos –, mesmo sendo mais agitado e, até certo ponto, arisco, está sempre me surpreendendo com os seus abraços surpresa e vários beijos estalados no meu rosto. Há pouco tempo, começou a dizer “eu te amo, mamãe”, e a ficar mais atento sobre o que estou precisando no momento, para poder ajudar. Ele também é bastante sensível em relação aos meus sentimentos. Muitas vezes parece conseguir “captar” quando estou um pouco triste, e se aproxima, quando menos espero, para fazer um carinho gostoso – trazendo a alegria de volta!
André, o mais velho – de seis anos –, é um príncipe! Ele está sempre elogiando, dando flores e enchendo a geladeira de bilhetinhos ou desenho feitos por ele, para mim. Esses dias, tive uma infecção em um dos olhos e dormi mais cedo, sentindo bastante incômodo. Na manhã seguinte, enquanto ainda estava deitada, ele se aproximou cauteloso, perguntando se eu estava me sentindo melhor. Depois, pediu que eu olhasse embaixo do meu travesseiro. Havia um lindo cartão feito por ele. Meu esposo me contou que, logo que eu adormeci, ele ficou ao meu lado, fazendo carinho e teve a ideia de preparar algo, para me animar. Pediu a ajuda do pai para colocar o bilhete sob a minha cabeça e ficou ansioso para que eu o encontrasse! Muito lindo! Eu me sinto uma verdadeira princesa, uma rainha! (Risos).
Semana passada, por exemplo, estava experimentando dois vestidos, para saber qual deles usaria na festa de aniversário do Pedro e da Clara – de um aninho –, que comemoraria junto. Vesti o primeiro, coloquei o sapato e sai andando pela casa, em direção à sala. O André estava lá, sentado no sofá, jogando no IPad do pai. Olhou-me de relance, para não perder a jogada. Mas, ao me avistar, o rosto dele se transformou. Simplesmente parecia encantando. Deixou o tablet de lado e me olhou dos pés à cabeça, dizendo:
- Mamãe, você está muito bonitona!
A apresentação do dia das mães do seu colégio estava se aproximando, e ele me perguntou se eu iria vestida “assim tão linda”, para a ocasião. Respondi que não, que usaria aquele vestido no aniversário dos seus irmãos. Já para a escola, iria com a blusa própria para o evento, conforme havia sido orientada. Ele sorriu e continuou:
- Então, coloca a roupa que você vai para o dia das mães e vem desfilar de novo, para eu ver!
Tem como não melhorar a autoestima, depois disso?! Nem cheguei a provar o outro vestido, depois de tanto elogio! Eu me senti a top das tops, a maior musa do pedaço! (Risos).
Ser mãe de menino é uma riqueza infinita, que não dá para ser definida ou reduzida a uma lista. Eu fico extremamente admirada ao ver os meus pequenos brincando entre eles e com o pai como “gladiadores” e, em seguida, se transformando em verdadeiros cavalheiros, para tratar as mulheres da casa, com carinho e cuidado.
Assim como amo ser mãe de uma boneca, é simplesmente delicioso e eu amo demais ser mãe dos meus meninos, também! São dois universos fantásticos, entrelaçados em um único e gigantesco amor!
2 comentários:
Oi, Raquel! Quer me fazer chorar de saudades do meu "filhote" de 39 anos, o "caçulinha"?
Quando o visitei em Toronto, ano passado, ele continuava o mesmo de quando tinha 3 aninhos... "me consolava" chegando de mansinho, vindo pelas minhas costas e me tascava um abração...sniff sniff sniff
Acho que mãe nunca esquece dos carinhos, por mais longe ou adulto que os filhos se tornem, né?
Bjo!
Pat
Que lindo, Raquel!! Fiquei emocionada lendo as histórias dos seus meninos! Que graça esses príncipes!! Beijos
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